Um dos maiores entendimentos sobre a constelação familiar é que a natureza não exclui e todos tem direito do pertencimento.
A natureza não joga e nem descrimina; o pertencimento no âmbito familiar ele vai acontecer ou pelo amor ou pela dor.
Podemos compreender que tudo que acontece tem um porque, nada fica escondido nada é excluído em um momento ou outro esse emaranhamento vai ganhar um foco e ele vai ser mostrado.
E cabe a nós resolvê-lo.
Dentro do sistema familiar os princípios conversam entre si o tempo todo: o pertencimento, a compensação e a ordem.
Nós pertencemos a uma família, a um sistema e temos que honrá-lo, pois através dele sabemos a nossa origem: esse é o pertencimento sistêmico.
Pertencer a uma família é nos colocar no nosso lugar, pois também temos que seguir a ordem e a hierarquia: cada um deve ocupar o seu devido lugar e agir de acordo com ele, quem chega primeiro tem prioridade e essa é a principal característica deste princípio pois a ordem nos traz o amor, o equilíbrio e o progresso.
A compensação vem através do dar e receber, do equilíbrio da ordem, mas tenho dentro do âmbito familiar o amor de pai e mãe aos seus filhos não são cobrados. Os filhos devem honrar seus pais por ter ganho o maior presente que é a vida.
Uma das maneiras em que os filhos podem compensar os pais são tendo filhos ou algo grandioso para honrá-los.
É importante compreender que cada família traz consigo suas singularidades e suas dores, ou seja, seus emaranhamentos: os que são conflitos dentro do seu sistema familiar.
Também é importante ressaltar que cada um tem o seu destino, tem o seu próprio caminhar.
Para nos sentir pertencente a nossa família muitas das vezes somos leais às crenças que nos limitam, que nos prendam e isso faz com que muitas das vezes não consigamos atingir algo que almejamos ou mesmo nos sentirmos paralisados, pois somos leais ao sentimento de não merecedores.
Para pertencer não precisamos ser leais a esses sentimentos, podemos sim, compensar de outras formas.
Podemos ser leais ao nosso sistema sem necessariamente seguir os padrões dos nossos antepassados, mas temos que honrar e respeitar esses padrões.
Podemos criar nossos novos caminhos respeitando o nosso lugar dentro do sistema e reverenciando os que estiveram aqui primeiro.
Não precisamos ter dó ou pena de alguém, pois isso pode enfraquecer o sistema por um todo, mas podemos sim , ter compaixão, simpatia com a dor do outro para ajudá-lo e a fortalecê-lo sem precisar vivenciar essa dor.