Começo este tema tão difícil com esta frase: "Não deixe para amanhã a pessoa maravilhosa que você pode ser hoje!"
Quantas vezes paramos para olhar com profundidade o sentido de suicídio? O que leva alguém a tirar a sua própria vida?
Me faz pensar muito, não tenho memórias de suicídios no meus sistema, porém tenho memórias de rejeições e exclusões, mães desistindo de seus filhos, de suas casas, de suas histórias e se afastando de todos, e me pergunto:
- Isto também não seria um suicídio?
- Deixar tudo para trás, abandonar tudo e se excluir de todos?
- Suicidando a vida que tinha, abandonando tudo.
Sim, para mim também é uma forma de suicídio, de sacrifício pela dor daqueles que lhes foi tirado o direito de ter um lar, uma mãe, uma família. A partir deste abandono, foi gerado tantas dores no meu sistema, exclusões, esquizofrenia, depressão, rejeição, depressão...
Julgamos muito e olhamos pouco, quem está neste campo de dor é porque já não tem nenhuma expectativa boa da vida. A dor da morte se torna menor que a dor que carrega dentro de si, são noites escuras, existe ali uma urgência em livrar-se da dor e do sofrimento. Este fenômeno está presente em todas as culturas e em todas as épocas e trazemos, sim, na nossa memória genética, experiências traumáticas. Não herdamos somente a cor dos olhos, mas também as escolhas e experiências experimentadas pelos nossos antepassados.
Muitas vezes, a rigidez nos fala sobre a falta de perspectiva ou outras soluções e o pensamento de morrer permanece como única saída possível, na verdade, devemos olhar com amorosidade e profundidade, como tudo na vida, precisamos ter uma coerência e um olhar para cada movimento e para cada membro de nossa manada.
Podemos usar frases de cura e de amor ao sistema: "você é importante", "você importa para mim", "você importa para nós", "agradeço a cada movimento", "você faz parte de nós".