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COVID-19 SOBRE PANDEMIA E MEMÓRIAS TRAUMÁTICAS

COVID-19 SOBRE PANDEMIA E MEMÓRIAS TRAUMÁTICAS
Franciele Gazola
mar. 13 - 7 min de leitura
0430

13 de março de 2021, sábado. Verão.

Aula Bônus com Olinda Guedes

Autoria: Olinda Guedes

Transcrição: Franciele Gazola

Tudo o que nos move é o amor!

Quando trabalhamos as constelações, nós necessitamos compreender que tudo o que nos move é muito simples.  
Que tudo o que nos move é apenas o amor.
Que tudo o que nos move é um desejo profundo de vivermos em um estado de amor. De que ninguém seja excluído, de que ninguém fique para trás.
Que ninguém mais esteja ameaçado, inseguro.
Que ninguém mais passe fome.
Que  ninguém mais pereça.

São esses sentimentos que movem todos nós, o tempo todo.

Todos temos uma ânsia de paz, de segurança, de nos sentirmos amados.
De encontrarmos a nossa própria casa.
E entre nós e esses desejos vitais e essenciais, surge o que nos separa. Surge o nosso corpo de dor.

Então, nós observamos isso todo o tempo.
Nós queremos os nossos pais, nós queremos voltar para casa, e então, surge a angústia e a ansiedade.

E quando somos obrigados a ir para casa ou a permanecer em casa, esse corpo de dor emerge, ele fica totalmente exposto. 
O vivente encontra o seu próprio vazio. Encontra o lar vazio. Encontra a orfandade.

"Onde estão os pais"?

Então surge toda dor, todo sofrimento, todo desespero, porque muitos têm apenas genitores, há várias  gerações.

Então muitos experimentam depressão, porque em outras circunstâncias, quando não é obrigatório ficar em casa, quando não há um perigo de exposição, esse corpo de dor fica escondido.

A pessoa vai às compras, busca o pai.
A pessoa vai aos ambientes de entretenimento e encontra sua criança interior.
Vai aos restaurantes e encontra a mãe.
E o simples fato de se movimentar, alivia a dor interna.

O movimentar-se, o deslocamento, o ir e vir, remetem a uma memória primária de liberdade e autonomia que o bebê experimenta logo nos primeiros meses. Por volta de 3, 4 ou 5 meses, o bebê já consegue se virar no berço, na cama.

O movimentar-se é uma memória primária de sobrevivência, de sentir-se capaz, de se proteger e se defender.

Tanto é que muitas pessoas relatam isso de forma espontânea: "Quando estou angustiado, preciso me mover, caminhar, me mexer".

Outras pessoas  também relatam de outro modo, a mesma coisa.
"Me sinto tão bem quando caminho, quando corro, quando danço, quando limpo a casa, quando capino o quintal"....
Alguns mais letrados, dizem: "Para mim é uma terapia".

E isso é totalmente verdadeiro e fisiológico. É constelatório se movimentar.

Portanto, estamos vivendo uma época de uma grande noite escura coletiva. Um vírus, um movimento da natureza acordou uma grande noite escura.

Essa noite escura coletiva atua sobre todos nós, que mostra como estamos em relação aos nossos pais. Em relação à casa, em relação ao amor.

Este momento que vivemos, nos coloca totalmente diante de como está o amor em nós. De como estão as nossas memórias em relação aos pais, em relação à casa, em relação aos perigos, em relação à natureza, em relação aos irmãos.

Enquanto adultos, estudiosos, estudantes, devemos ter empatia e então, poder cuidar. As memórias arquetípicas que carregamos, de orfandade, elas são demonstradas pela quantidade de pessoas que experimentam:
 - Angústia:  é falta de mãe.
- Ansiedade:  é falta do pai.
- Síndrome do Pânico: é falta dos dois.
- Depressão: chegar em casa e ter que cuidar da mãe, ser mãe da mãe, ter que ser grande quando ainda é pequeno.
- Desespero: quantos que vieram antes de nós, quando tiveram que  voltar pra casa, não encontraram mais a casa; quantos que para sobreviver, tiveram que fugir de casa; a casa foi invadida pelo perpetrador; a casa tornou- se um local de angústia.
Quantos que, para sobreviver, tiveram que abandonar a casa para ter alimento. Quantos tiveram que ficar escondidos em casa, com medo, com fome, para sobreviver às batalhas, ao inimigo.

Casa não é âncora positiva para a maioria das pessoas.
Para a maioria das pessoas, casa não é santuário, pai não é proteção e mãe não é acalanto.

Portanto,  na época atual, todos precisamos de nos colocar à disposição para ajudar os nossos irmãos, principalmente os terapeutas, os professores, os religiosos, ou aqueles que estão relativamente conscientes, porque realmente estamos em uma batalha. É uma guerra onde não há inimigo, onde se há um grande perigo.
Onde o único movimento necessário e possível, é concordar e obedecer.

Hellinger disse tantas vezes: "A paz vem da mãe. A paz vem do feminino"!

E nós, como poetas ou religiosos, sabemos o quão necessária foi Maria.

O único movimento necessário nessa grande constelação coletiva que estamos vivendo, é o amor à mãe, a mãe enquanto o grande arquétipo coletivo de mãe, principalmente a mãe natureza!

Como nós demonstramos que amamos a mãe? Por meio da obediência. Ouvindo os conselhos da mãe, a voz da mãe. Nos inclinando, nos dobrando perante ela.

Ajudando nossos clientes, irmãos e familiares, a perceber que agora eles não estão mais sós. Que todo trauma já cessou. Apesar dos grandes perigos, a obediência, a humildade, disciplina, dedicação e o amor podem nos salvar.

E como nós vamos fazer isso? Fazendo isso de verdade.

O ano passado, no início da pandemia aqui no Brasil, existiu um movimento coletivo, talvez pequeno, não foi governamental. Foi um movimento de pessoas comuns. As pessoas colocavam nas suas redes sociais, e elas faziam de verdade,  ofereciam disponibilidade para buscar alimentos. Jovens colocavam bilhetes nas portas oferecendo ajuda. Foi um lindo movimento constelatório, principalmente dos jovens.  Dizendo, além do aparente: "Eu vejo você", "você pertence" "você não está mais sozinho" , "não existe mais abandono".

Quando as pessoas ficam com medo, e todo corpo de dor traz medo, os vírus, mesmo os muito conhecidos pelo nosso organismo, podem nos adoecer.

Quando estamos inseguros, tristes, melancólicos, angustiados, nosso sistema imunológico fica fragilizado, desorientado, disfuncional.

Muitas vezes, ao invés de nos proteger, ele nos ataca (doenças alérgicas). Ao invés de proteger nosso organismo, eles entram em conflito, recuam e então vêm as doenças virais.

É muito lindo como o corpo é sábio.

Então, para fortalecer nosso sistema imunológico, nós ingerimos vitaminas, porque os nutrientes ajudam nosso sistema imunológico a ficar em equilíbrio.

É comum pessoas que estão em conflitos de relacionamentos ou com altas demandas relacionais, terem déficit de vitamina C e vitamina D.

E quando se está vivendo relacionamento com filhos ou cônjuges que trazem alta demanda energética, é comum ter anemia.

Pesquisadores relatam que 5 miligramas de ácido fólico são fundamentais para a recuperação, em qualquer idade, principalmente os idosos, mas também jovens, adolescentes e crianças.


Olinda Guedes


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