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LINGUAGEM E CURA

LINGUAGEM E CURA
Juliana Menuzzo Lauandos
fev. 26 - 4 min de leitura
030

                                                                                                     Aula Master do dia 24/02/21

Aqui segue o ditado da Mestra conforme eu consegui registrar: 

A postura sistêmica é simples e, por ser simples, exige profundidade.

Por vezes, estuda-se um certo tempo e atua-se sem supervisão, sem o cuidado necessário e, ao invés de ajudar, mais emaranhamentos são provocados; ou mais fortalecidos se tornam os emaranhamentos. Uma intervenção terapêutica precisa ser feita com todo o cuidado para dissipar o trauma e memórias traumáticas, para trazer o amor de volta. Um terapeuta sistêmico necessita praticar filosofia, praticar a lógica do pensar.

Então, uma pessoa pergunta ao terapeuta: o que tem de errado em não querer que nossos filhos sofram?

E acrescenta: "enfraquecemos este filho?” O terapeuta responde: “não há nada de errado. Querer que nossos filhos não sofram é uma benção. É uma expressão de Deus. Deus quer nossa felicidade”. 

Então, por meio da lógica, nós ajudamos nosso cliente a constelar. Ajudamos a desfazer os nós. Ensinar a pensar precisa ser uma prática além do aparente de todo constelador. Então, pelo diálogo, podemos chegar ao tema, ao núcleo de sofrimento, ao ponto que deve ser verdadeiramente tratado. Quando o cliente utiliza conjunções adversativas (mas, porém…) significa que ele está se aproximando do corpo de dor, por muitas vezes, revelando as partes mais conscientes do seu corpo de dor. Neste caso, a cliente disse: “mas eu não queria falar…”. E a cliente completa: “eu não queria ser culpada por ela não tentar”. A culpa de amar neste caso não é proporcional ao contexto, muito menos esse diálogo interno. Se ninguém disse para esta pessoa que é errado não querer que os filhos sofram significa que veio da sua voz interior “quem teria dito isso a ela?”.

Diretamente proporcional ao lugar dos filhos, temos o lugar dos pais. No caso, a mãe. 

Uma mãe que diz “eu não me importo que você sofra porque isso seria errado” torna a criança órfã. Quem não se importa abandona. Quem não se importa com o sofrimento não valoriza a felicidade. No aparente do aparente, é uma mãe preocupada com o bem estar da filha. Além do aparente, é uma criança que foi abandonada e se sente culpada quando percebe seus justos sentimentos em relação a quem a abandonou. Tudo que ela gostaria de dizer é “Largue tudo, volte para casa e seja a minha mamãe”.

Quando não recebemos amor de graça, enquanto não curarmos nossos vínculos de amor interrompido, sempre que a vida demandar amor de graça, esses conflitos se tornarão ativos e a pessoa ficará ambivalente.

Se  pensarmos em florais, trataríamos com chicory, holly, energia de mãe, energia de pai, com estrela de Belém para curar uma memória traumática, e com “ELM” para que todo esse sofrimento possa se transformar numa virtude. Um Karma que se transforma em Dharma.

Sempre que nos deparamos com destinos difíceis, devemos ajudar para que o sofrimento se transforme em bênção. Conflitos de pensamento criam um fortalecimento do corpo de dor. Estes conflitos também mostram o corpo de dor, onde o amor parou. 

Quanto mais temos conjunções adversativas, maior é o corpo de dor.

Sempre que a vida está indo para frente, nossa fala é repleta de conjunção aditiva, por exemplo:

eu caso E eu aumento a minha liberdade E vou trabalhar mais…. A nossa vida é somar, é agregar.

Quanto mais a vida tiver “E” mais cura terá.  

Gratidão por mais essa linda aula! 

 


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