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Como foi com meus antepassados?

Como foi com meus antepassados?
Tania Mara Rauber
out. 16 - 6 min de leitura
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#aula2.mod3

Na aula 2 do módulo 3 a prof. Olinda pediu para escrevermos sobre como nossos pais e avós se conheceram e casaram, e também sobre como as crianças de nossa família eram tratadas. Logo me vieram algumas memórias dolorosas. É, o corpo de dor presente. 

Não conheço a história do casamento de meus avós, mas de meus pais eu recebi as informações. Meus pais se conheceram nos torneios de voleibol da comunidade. Minha mãe foi quem me contou os detalhes um dia. Meu pai, de uma família grande, eram 24 irmãos (18 vivos na época), e origem alemã. Minha mãe de família de origem italiana. Ao todo 10 irmãos, 3 homens e 7 mulheres. O encontro na comunidade aos domingos à tarde era comum. 

Em uma dessas tardes, meu pai pediu para acompanhar minha mãe, juntamente com seus irmãos, até a casa dela. Ela disse que ele levava uma garrafa de cerveja na mão, bebendo, feliz da vida. E assim foram, todos juntos. Porém, quando chegaram na casa de minha mãe, meu avô materno os recebeu com agressividade. Não gostou da presença de meu pai. Mandou minha mãe ir com ele embora. 

Não lembro ao certo as palavras que minha mãe me contou, com tristeza nos olhos e dor no coração. Eu consegui sentir isso. Só lembro que eram palavras cheias de ódio e rancor. Minha avó materna não falou nada. Minha mãe teve que deixar a casa e ir embora com meu pai. SINTO MUITO MAMÃE! 

O meu avô paterno recebeu minha mãe e levou ela até a casa de uma filha, para não ficar morando junto com meu pai. Naquela época isso, antes do casamento, era algo não bem visto.

No dia seguinte meu avô paterno foi na casa da família de minha mãe, na tentativa de falar com meu avô materno. Esse episódio me foi relatado aos detalhes por um tio, irmão mais velho de minha mãe. 

Meu avô materno não quis receber meu avô paterno. Foi esse meu tio quem falou com meu avô materno e combinou os detalhes do casamento. Foi ele inclusive quem entrou com minha mãe na igreja. Sempre vi as fotos, mas nunca me perguntei o porquê era ele e não meu avô. 

GRATIDÃO TIO! SUA PRESENÇA NAQUELE MOMENTO FOI MUITO IMPORTANTE!

Sinto que esse tio tem um sentimento muito bom em relação a meu pai e nós, eu e minha irmã. Agora entendo o porquê!

Pois bem, assim foi. Meus pais não se conheciam. Se casaram de uma forma inusitada, sem poder escolher. 

SINTO MUITO PAPAI! SINTO MUITO MAMÃE! E OBRIGADA PELA VIDA! 

Já senti muita raiva de meu avô materno. Ele sempre foi machista. Minha avó se submeteu a tudo. Mulher forte, guerreira e valente. Ela quem cuidou de tudo. Meu avô passava o tempo nos bares, jogando. Até hoje ele passa o dia sentado em uma cadeira. 

Todos falam que ele não gosta das filhas. Todas, as 7, tiveram casamentos conturbados. Traição, violência, abandono. 

Eu nem sei o que sinto pelo meu avô. É estranho. Como se eu conseguisse sentir tudo o que minhas tias e tios passaram. É difícil ser grata à ele. Olhar para ele com gratidão e respeito. Ainda não consegui. Porém, tento. 

Comecei mandando um abraço à ele quando ligo para minha mãe. Perguntando como ele está. Antes eu só lembrava da minha avó. Os dois estão idosos. Minha mãe passa bom tempo com eles. Se preocupa muito com eles. Que ironia não? Ela quer cuidar deles. Meu avô não aceita que ninguém cuide dele. 

Minha avó sempre ali, do lado dele. Preocupada com os filhos e netos. Reza e reza. Eu a admiro por tudo que fez, apesar de não entender porque não defendeu a filha (minha mãe) na época. 

Já a família paterna eu sei que teve muitas dificuldades. Meu pai me contou alguns fatos. Também ouvi de meus tios. A família era grande. Como dar atenção e carinho para todos? Minha nona, como chamávamos, contou com ajuda das filhas mais velhas para cuidar das crianças. Meu pai mesmo, foi cuidado por uma irmã mais velha. 

Bem novo, ele teve que sair de casa. Ir morar com irmãos. Trabalhar com eles. E assim ele foi para o mundo. Viveu um pouco aqui, um pouco ali. O caçula. Sempre tão querido. Mas arredio. E ele se encontrou com o álcool. Minha mãe conta que isso ocorreu quando ele começou a sair para jogar baralho. Ela estava grávida de mim. Já tinha minha irmã mais velha. Temos 3 anos e 9 meses de diferença. 

Bem, tanto na família paterna quanto materna, a vida foi dura, sem muito afeto e paciência. SINTO MUITO! 

Talvez por isso eu passei grande parte de minha vida sendo muito dura. Afinal, a vida é dura não? 

Sou grata pelas Constelações, por esta Formação, que tem me proporcionado encontros com o AMOR. Hoje, me sinto mais plena, mais amada, mais feliz, mais em paz. O vazio e a dureza da vida estão ficando menores. 

Teria muito mais para escrever aqui, mas por hoje é isso.

ENTÃO A MINHA VIDA AGORA É DE TRANSFORMAÇÃO, AUTO CUIDADO, ENCONTRO COM O AMOR! 

belas crianças


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