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Autoestima se constrói?

Autoestima se constrói?
Simone Belkis
jul. 3 - 5 min de leitura
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Confesso que ando orgulhosa de mim, mas só um pouquinho, pois que tudo que é demais faz mal. E tudo o que é de menos, também. Mas, vamos lá explicar o motivo do meu "orgulhinho" (hehe). Eu estou construindo minha autoestima. Porque estima pouca também faz mal.

É claro que preciso explicar que autoestima se constrói. Não sei se mais alguém não sabia disso.  Eu não sabia!!!! Achava que autoestima tinha que vir pronta, já que o mundo a minha volta era a referência do quanto eu era boa, especial e digna de ser amada. Não quero ser presunçosa, achando que só eu não sabia disso, pois que creio que nos foi ensinado, no geral, que temos que seguir os passos daqueles que nos aprovam, para que eles realmente nos aprovem.

Um dia desses, assistindo um dos fantásticos vídeos da filósofa Lúcia Helena Galvão*, (que recomendo firmemente, aliás), deparei-me com o conceito de que autoestima se constrói sim. Choquei!!! Entendi o conceito, mas não percebia por onde fazê-lo. Porém, antes de explicar o que compreendi sobre esse conceito, quero contar o motivo de acreditar que minha autoestima dependia da aprovação alheia. Eu sempre fui uma pessoa meio "rebelde", no sentido de não comprar prontos e nem engolir inteiros os conceitos que ouço por aí. Durante a infância e adolescência, recebi muitos castigos por isso.

Mas, internamente, lá no fundinho do meu subconsciente, eu ansiava pelo amor e a aceitação dos meus pares, no caso, pais e irmãos. Não é preciso entrar no mérito da questão para compreender que nossas famílias nem sempre são um terreno seguro (e por favor, entendam que isso não é uma crítica, apenas uma constatação realista). Vivendo nessa selva de pedra, fica fácil entender o quanto o desamor tomou conta, como erva daninha que gruda nas rochas da vida.

Posto isso, o que quero dizer é que não me sentindo valorizada, desconhecia e negava meu próprio valor e, assim, não via meios de construir, ou melhor, reconstruir minha autoestima.

Agora podemos prosseguir, mas antes, outra coisa importante é entender (ainda que tecnicamente) o que é autoestima. Vamos ao conceito (adoro um conceito kkkk): "Autoestima é a qualidade que pertence ao indivíduo satisfeito com a sua identidade, ou seja, uma pessoa dotada de confiança e que valoriza a si mesma". (Referência: Site Significados).

Em sua explanação, a filósofa não disse diretamente que se constrói uma autoestima, pois que me pareceu ter isso como algo certo. Na verdade, o que me marcou no que ela disse foi o fato de que quando fazemos aquilo que amamos, quando nos damos o tempo para estar absortos naquilo que fazemos (de melhor), preenchemos um espaço vazio que poderia, em nossa expectativa, ser preenchido por outras pessoas. Não foi com essas exatas palavras que ela transmitiu a ideia, foi de uma forma bem mais poética, mas foi assim que eu compreendi.

Naquele momento, achei tudo lindo. Sempre acho lindo o que ela fala, e recomendo de novo o seu trabalho. Mas, não tinha captado toda a mensagem ainda. Pois, que com o passar dos dias, é que acabei por me dar conta do quanto tenho gostado de escrever esses textos (por exemplo) e percebido, que mesmo que eles possam não ser lidos (ou seja, ainda que não fossem, afinal o objetivo é que sejam vistos e que possam ajudar de alguma maneira), eu ainda me sentiria preenchida por estar fazendo algo que é meu, algo que me é natural e que mostra o meu valor de contribuição e que isso é mais que suficiente para que eu compreenda que simplesmente tenho valor, não só pelo que faço de melhor, mas por ser o que sou.

Então, de fato, podemos construir ou reconstruir nossa autoestima. Podemos, de fato, usufruir de nossos valores pessoais, desde que os reconheçamos, é claro. E foi por isso que disse que não havia absorvido de todo a ideia quando a ouvi, porque eu ainda não tinha colocado os olhos, verdadeiramente, no que sinto quando realizo meus talentos, que não me "orgulhava" de estar acrescentando algo ao mundo. É dessa forma que se (re)constrói a autoestima, dando-se o devido valor àquilo que somos, ainda que tenha sido pisado, torcido e negado por aqueles que "deveriam" nos ensinar o senso de valor próprio.

*Canal do Youtube: NOVA ACRÓPOLE - Escola Internacional de Filosofia.


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