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BELINHA E A MARGARIDA

BELINHA E A MARGARIDA
Isabel Felipe
ago. 14 - 8 min de leitura
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Belinha acordou toda feliz! Escovou os dentinhos, lavou seu rostinho, sentou-se para tomar seu café com pãozinho, manteiga e docinho e, fala pra sua mamãe:

“-  Posso brincar?”
 “- Sim, Belinha… Pode… Mas hoje você não vai lá no vovô?”
“- Mamãe, hoje vou no jardim.”
“- Filha, cuidado para não estragar as flores…”
“- Tá, mamãe!”
“- Você vai lá ver os pássaros?”
“- Sim, mamãe… Eu vou ver os pássaros e vou olhar as margaridas. Posso colher algumas pra colocar no vasinho?”
“- Não, Belinha! Elas ficam mais lindas lá no jardim!”
“- Mas mamãe, posso colher uma só, pra eu brincar de bem-me-quer, mal-me-quer?”
“- Uma pode, Belinha.”

Belinha então foi e entrou no jardim… Os pássaros sobrevoavam o jardim, os beija-flores vinham beijar as flores e Belinha lembrando do que prometeu à sua mamãe diz:

“- Eu sou obediente. Vou colher só uma margarida.”

Belinha colhe a margarida... Quando ela vê, uma abelha senta na margarida e ela diz:

“- Xô, xô, xô… Dá licencinha, dá licencinha… eu vou brincar de bem-me-quer, mal-me-quer… E você não sabe brincar, abelhinha.”

Belinha já imaginando que a abelhinha quisesse brincar com ela, diz:

“-  Vou ver se o vovô José me quer… Eu vi a Joana fazer, pra saber se o Chiquinho gostava dela… Então eu vou fazer…”

E enquanto Belinha puxa uma pétala da margarida, diz:

“- Bem-me-quer…”

Puxa outra e dizia:

“- Mal-me-quer…”

E continuou:

“- Bem-me-quer… Mal-me-quer… Bem-me-quer… Mal-me-quer… Mal-me quer..? Hãh!”

Nisso, Belinha se desespera e começa a chorar, chorar e chorar… E a mamãe de Belinha corre pra ver e pergunta:

“- O que estava acontecendo Belinha?”
“- Mamãe, o vovô José não me quer! Buááá… ”

De repente o vovô José também chega correndo e perguntando:

“- Oi, meu amor… O que foi, Belinha?”
“- Vovô, você não me quer!”
“- Claro que eu te quero, Belinha!”
“- Vovô, olha aqui… As pétalas que eu contei, deu que você não me quer… Você mal me quer...”
“- Belinha, meu amor… Como você pode pensar isso de mim? Eu sou o teu avô, minha filha! Claro que eu te amo!”
“- Isniff.. Vovô, eu estava aqui brincando com a abelhinha… Eu pedi pra ela me dar licencinha… e eu passei vergonha, vovô… Porque deu aqui que você não me quer, vovô.”
“- Ô, minha filha! Quanta imaginação, filhinha! Claro que eu te quero!”
“- Vovô, você me quer mesmo?”
“- Sim, Belinha… Eu te quero! Eu já falei que eu te amo, Belinha. De onde você tirou essa ideia que eu não gosto de você, minha filha?”

Nisso, a mãe de Belinha interrompe:

“- Ah, seu José… A Belinha pediu pra brincar com a margarida… Quando ela viu que deu mal-me-quer na última pétala, ela ficou desesperada.”

Vovô José pega Belinha, senta-se ao lado ela e fala:

“- Ô, filhinha… Por que você fez isso, Belinha? Vovô te ama, minha filha! Isso que você fez é só uma brincadeira. Quer ver? Você se distraiu, e pegou duas pétalas juntas da margarida… É por isso que deu ‘mal-me-quer’, meu amor.”
“-  Não, vovô… Não foi!”

Vovô pede licença, vai buscar uma margarida e começa:

“- Vovô bem-te-quer... Vovô mal-te-quer… Vovô bem-te-quer… Vovô mal-te-quer… Vovô bem-te-quer…”
“- Ahhh! Deu vovô bem-me-quer!”

Belinha fica feliz, abraça o vovô, dá um beijo nele e diz:

“- Então é verdade? Você me quer, vovô?”
“- Ô, Belinha… A gente te ama… Todos nós te amamos, Belinha! Você é a nossa alegria, Belinha!”
“- Vovô… Sabe o que é que eu estava aqui pensando? Lembra, vovô, que você falou da caridade?”
“- Sim, Belinha… Você já mudou do assunto da margarida pra caridade?”
“- Sim, vovô! Aproveitando que você me ama, me ensina o que é caridade?”
“- Belinha, caridade… A gente pega algo… Uma quantia de dinheiro, vai, compra e leva para uma criança necessitada...”
“- O que é necessitada, vovô?”
“- Criança que falta alimento, roupas… E também a gente leva pros idosos… Pros idosos a gente leva remédios, cobertores… Porque aqui faz bastante frio no inverno…”
“- Vovô… sabe que me veio uma ideia? Quando eu crescer, eu vou fazer uma coisa, que eu vi outro dia o senhor fazer… Então aquilo era caridade, vovô?”
“- Como assim, Belinha?”
“- Aquele dia que o senhor levou leite e açúcar pros moços que estavam trabalhando… porque eles não tinham o que comer… Só tinha farinha e água… E o senhor levou o leite com o açúcar, pra eles poderem preparar melhor o café? E depois o vovô fez almoço com a vovó e levaram pra eles comer lá na roça..? Isso é caridade, vovô?”
“- Sim, Belinha… Isso é caridade!”
“- Vovô… Eu tô aqui pensando: você me ama mesmo?”
“- Sim, Belinha… Como eu te amo! Olha lá as crianças brincando, enquanto eu estou aqui cuidando de você, meu amor...”
“- Vovô… Então eu vou ser igual a você quando eu crescer… Eu tô aqui imaginando que eu vou escrever um livro e vou doar uma parte p’ra cada lugar onde fazem caridade, vovô. Em cada lugar onde for divulgado o meu livro, eu vou ajudar as pessoas que fazem caridade… E isso vai acontecer quando eu crescer e ficar bem grande… Será num tempo bem distante, vovô.”
“- Ah, Belinha… Você andou ouvindo que se eu pudesse eu faria algo pra doar uma quantia pras instituições de caridade, não é? Então, Belinha... Você escreve seu livro, conta a sua história, pois é tão linda a sua história, né?”
“- Claro, vovô… Eu vou contar a minha história… e ela é tão linda, porque tem o vovô José… Vovô, você é tão maravilhoso! E cada livro que eu vender, eu vou separar uma quantia bem generosa pra doar… Pros orfanatos onde tem as crianças… Vou doar pros asilos, pra poderem cuidar melhor dos idosos… E também os Hospitais… Quero levar roupas, alimentos… E comprar remédios pros que estão lá doentes… Sabe porque, vovô?”
“- Mas Belinha… Pra fazer tudo isso precisa ter muito, muito, muito dinheiro!”
“- Não, vovô! Eu vou vender milhares e milhares de cópias do meu livro, vovô… E vou fazer isso: vou dar uma parte desse dinheiro para as instituições de caridade. Eu vou escolher, vovô… É claro! E sabe por quê? Porque eu quero seguir o teu trabalho, vovô… E quero poder continuar ajudando as pessoas… E pras crianças que sempre chegarem perto de mim, eu sempre vou compartilhar minhas balas e docinhos… Porque eu, Belinha, amo todas as pessoas do Mundo! Porque como você mesmo diz: ‘Belinha ama fazer caridade’..!”
“- Eu até me sinto comovido agora, minha filha!”

E vovô José enxuga uma pequena lágrima no canto do olho...

“- Vovô, eu tenho um sonho… Um sonho onde eu estou enviando caminhão nos lugares pra entregar donativos… aviões e navios levando ajuda pra quem precisa…”
“- Mas pra fazer isso, precisa ter muito dinheiro, Belinha.”
“- Mas, vovô… Lembra que uma vez você falou que pra Deus nada é impossível? Então, vovô… Isso não é só um sonho, porque um dia isso vai ser realidade na minha vida… Eu vou ajudar todas as crianças e todos os vovôs e vovós do Mundo! Eu te amo, vovô… E amo todas as pessoas do Mundo!”


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