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BÔNUS III - CONSTELAÇÕES ÉPICAS

BÔNUS III - CONSTELAÇÕES ÉPICAS
Eliziane Schaefer Buch
mar. 27 - 4 min de leitura
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Olhando mais profundamente para o amor, para transformação do ser, para a sabedoria humana, atuando sobre temas difíceis da vida e com questões sobre a morte, acolhendo as angustias, incertezas, solucionando as dores do mundo como um todo, surgem as constelações épicas, através da observação e experiência de Olinda Guedes.

Assim surge o olhar para o perdão, sem cunho religioso, com uma visão mais filosófica, mais intuitiva, conduzido em um trabalho de sensibilização, observando o campo, sem julgamento e com muita empatia.

Sendo assim, temas de vida e morte são divisores de águas dentro do sistema das constelações épicas e exigem do constelador reconciliação consigo e com os demais, disposição para fazer o que e necessário, cuidado ao falar de vida e morte, pois existe muita culpa, muito ressentimento, muita dor e sofrimento, muitos comportamentos inadequados a vida e sentimento de não aceitação de temas traumáticos vivenciados no pessoal e no transgeracional.

Os filhos se conectam com questões que os pais guardam em seus corações. Também pais e filhos mostram estar em ressonância com os filhos abortados, ao sentir dores fortes no corpo ou não fluir para a vida. Quanto ao reconhecimento dos filhos abortados, a inclusão destes filhos é de suma importância para o sistema, pois traz força de vida para todos no sistema atual e a cura o sistema como um todo, isto pode acontecer com um movimento sistêmico.

Eu mesma tive esta experiência, quando inclui meus filhos abortados espontaneamente, que a princípio eu imaginava que eram dois, pois estes eu havia me submetido a curetagem, ainda descobri que tinham mais três despois dos meus cinquenta anos, por uso de DIU. Até fiz uma estrelinha na minha correntinha, simbolizando eles, juntamente com meus dois filhos vivos. Eu os coloquei em ordem  e este movimento me trouxe muito alivio, chorei muito. Também percebi que meus filhos fluíram com mais leveza.

Logo em seguida, numa próxima intervenção, descobri que meu terceiro filho estava deitado junto a uma das irmãs abortadas, pois as crianças que nascem com até dois anos de diferença entre um e outro são considerados gêmeos sistêmicos, existe uma sintonia com o irmão que nasceu antes ou depois. E ele estava entre dois irmãos abortados e também meu marido olhando para uma das crianças abortadas e não olhava para os filhos vivos. Estes por sua vez sentiam a falta do pai visivelmente, eu já havia percebido.

O movimento trouxe cura para o meu sistema, foi lindo. Este movimento foi feito em um grupo presencial.

São vários os sintomas que podem ocorrer neste caso como: relacionamentos disfuncional entre irmãos, relação abusiva,  amigos imaginários, ciúmes, melancolia, vazio, desejo de morrer, sentimento do existir, sentir-se  “não visto”, filhos inquietos, ansiosos, parece que sempre está procurando por algo ou por alguém. No caso do meu filho era a obesidade, comia pelas irmãs que não puderam vir a vida e eu mantinha um corpo de grávida, barriga e seios vastos para amamentar estas crianças.

Agora eu sei, agora eu curo, agora podemos seguir felizes, saudáveis e prósperos, pois todos foram vistos, incluídos e cada um tem seu lugar. Vale ressaltar que tenho enorme gratidão a todos os conhecimentos adquiridos através da professora Olinda Guedes, porque assim como eu, minha terapeuta Daiana Ruscinski somos formadas por Olinda. E assim seguimos curando nossas vidas e os nossos sistemas.

Compreende-se que o atendimento ao paciente/cliente é subjetivo e único, bem como o desfecho nos processos terapêuticos, mas que nossa formação como terapeutas é continuada e pautada na promoção da humanização, da dignidade e do respeito para busca da melhoria do sofrimento humano, da cura do emaranhado.

Estar sempre atento, as memórias traumáticas, sejam pessoais ou transgeracionais e fazer de nossa vida uma caminhada sistêmica faz toda a diferença na felicidade.

Claro que temos a liberdade, o livre arbítrio,  o poder da escolha, mas o ideal é dizer "Sim" para vida e olhar com muito carinho para nossos insights.

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