Nós nascemos para evoluir. Eu acredito nisso, e gosto da ideia. Até porque faz mais sentido imaginar que passamos por tantas coisas por razão que vale tanto sacrifício. E ao final, vamos poder "comemorar" em uma dimensão de vida melhor.
Mas, pensando bem, esse lance de evolução também dói um bocado. Não apenas porque passamos o tempo todo por coisas inesperadas, mas também porque somos incapazes de captar todas as razões.
Então, vale a pena refletir, fazer uma pausa para olhar a quantas anda nosso processo evolutivo. Quero dizer, esse processo que se passa dentro da gente, e que parece ser o único que realmente conta.
Tudo bem, é claro que você pode e deve se tornar um profissional melhor, ter uma vida financeira mais abastada, nada contra. Mas, será que essa dedicação toda às coisas externas estão te dando a oportunidade de ser alguém melhor. Não apenas o melhor da classe, o funcionário do mês, o profissional do ano?
Será que as pessoas que lhe estão mais próximas podem no dia a dia concordar que têm mais prazer em sua companhia, ou se sentem mais apoiadas ou até mesmo têm prazer em lhe ajudar? Porque afinal, não é só dando que evoluímos, mas também quanto aprendemos a receber.
Olhar para dentro de nós mesmos e refletir sobre o quanto vale (ou não) se reconhecer equivocado e pedir desculpas, ou se sentir poderoso e permitir sentir-se orgulhoso (sem resquícios de ego inflado, certamente). Descobrir afinal que somos bons quando de verdade estamos bem com a essência de nossa alma?
Estamos em transição. É assim que evoluímos, nunca paramos de verdade em lugar algum, mas nossa mente pode nos pregar peças e fazer-nos acreditar que ainda estamos estagnados nos medos velhos, nas memórias de dor, nos erros não perdoados. E é nesse processo de transitar pela alma, ou como queira chamar sua parte mais íntima, aquela que só você mesmo habita e às vezes nega a si mesmo, que se pode avaliar: afinal, evolui?