Antes da minha primeira filha tive um aborto espontâneo. Ele ficou em meu ventre somente por um mês, mas foi o tempo suficiente para que houvesse uma conexão entre nós de muito amor.
Na época, o médico disse que não tinha como saber ao certo, mas depois daquele acontecido eu mudei muito. Eu me sentia acompanhada, protegida. E tive imensa vontade ter um filho homem e quase todos os meninos que eu via me encantavam, até me emocionava.
Um dia, em um seminário da Seicho No Ie, num momento de uma cerimônia para as almas das crianças abortadas, pude confirmar com toda certeza que foi aborto. E ainda pude ver meu filho, o Rafael.
Depois tive minhas duas filhas (esse mesmo médico disse que eu nunca poderia ser mãe e que não adiantava nem tentar, pois tenho útero retrovertido). E minha casa sempre foi frequentada pelos amigos e amigas delas, com muita animação.
Como elas dizem que amaram a infância! Eu as motivei muito às artes, era tinta, pincel, massinha de biscuit, argila e livros pela casa toda e a criançada adorava! E principalmente a primeira filha Rafaella passou a maior parte da infância brincando com meninos. Quanto a Giovanna, os melhores amigos dela são homens.
Quando a professora Olinda falou em uma aula, "a única forma de ajudar nossos filhos é permitir que os amigos entrem em nossa casa" eu senti uma alegria grandiosa, eu vi que eu fiz isso mesmo! E ainda, o filho de uma prima muito amada foi praticamente criado aqui. Ele me chama até hoje de mamãe Caca e sempre expressa seu amor por mim. Hoje ele tem 21 nos.
Eu agradeço todos os dias ao Nosso Pai Maior. Meu sonho era ser mãe e Ele me concedeu essa graça e ainda tive meu tão desejado filho, meu anjo Rafael que sempre que possível me visita falando que tudo vai dar certo e que é para eu continuar firme. Tenho certeza que ele, assim como a Gi e a Rafa, está feliz por eu estar nesse caminho de tanto amor e cura com nossa amada Olinda Guedes!
Cada aula, uma compreensão, uma cura.
Gratidão também à Danúbia e Flávia pela partilha nessa aula! Eu honro vocês!