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Carta a uma criança sagrada

Carta a uma criança sagrada
Rosangela Almeida
out. 19 - 2 min de leitura
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Querida criança, escolhida e amada.

Eu sei tudo que precisa para ser visto. E, eu lhe vejo.

Ao ser gerado, criou-se uma expectativa em toda a família e parentes. Será que, agora chegará um menino?

Pai branco, mãe negra. Nasceu “Preto”. O pai, carinhosamente, o apelidou.

Assim lhe conheci e assim foi amado por todos.

Sorrisos, espertezas, vibração por tecnologias, brinquedos e conversas de colegas mais abastados. Abastado queria sê-lo. Porém, papai se foi. Levou a vida de festas, roupas boas, brinquedos caros, escolas e até alimentos suficientes para nutrir seu sagrado corpinho.

Com você ficaram mais dois irmãos menores e mamãe, ainda estava cultivando um amor cego.

Ela não quis buscar os recursos que o genitor poderia proporcionar.

Nos primeiros anos posteriores, pobreza e sofrimentos. De casa em casa, vivendo com ajuda de alguns parentes e com o baixo salário que a mãe conseguia como doméstica.

Adolescência já fez uso de drogas ilícitas, aos 15 anos, cometeu pequenos delitos. Ao voltar para a casa do pai foi violentamente surrado, na frente daquela com a qual seu pai o deixou quando pequeno.

Aos 16, conheceu uma pessoa carinhosa e foi pai de uma menina linda.

Mas, o sentimento de rebeldia persistia e enredou por caminhos perigosos novamente.

Detido aos 18 anos e o pouco que desfrutava da vida se perdeu. Conheceu o horror, carimbado de agredido e agressor. Anos e anos de obscuridade e exclusão. Passou toda uma existência trancafiado em suas desilusões.

E, agora sagrada criança, recorde o quanto foi querido e esperado?

Eu lhe vejo e sei do que precisa para ser feliz. Curar-se de tantos traumas familiares, do amor adoecido pela separação e maus tratos. Assim, poderá vislumbrar o sucesso tão almejado.

Pai e avô. Já é hora de acolher e ser acolhido.

Diga, em seu coração, aos seus pais:

“Eu os vejo, vejo que fizeram por mim tudo que podia ser feito dentro de suas possibilidades de dar e receber amor. Agora, posso ter as minhas próprias dores e alegrias e os senhores as suas. Deixo as amarras do passado no passado. Sou grato por tanto e por tudo!”


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