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CARTA AOS ANTEPASSADOS

CARTA AOS ANTEPASSADOS
MARLI LOPES TEIXEIRA
set. 8 - 4 min de leitura
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Queridos antepassados, hoje vos falo do meu coração, trazendo amor, perdão, reconciliação, inclusão, aceitação, respeito e gratidão à todos vocês.

Devido à convivência mais estreita com o tronco familiar materno, sei um pouco mais da história dos meus avós Jesuíno da Silva Lopes e Necy Forbeck.

O casal teve 09 filhos natimortos até que nasceu minha mãe Maria do Rocio que era considerada e se considerava filha única.

Ao realizar uma constelação em grupo para trabalhar meu relacionamento com minha mãe, me deparei com esse fato que, naquele momento, me impactou profundamente. Senti coisas estranhas por alguns dias e dediquei um tempo para reconhecer aquelas crianças esquecidas, meus tios.

Minha avó era descendente de alemães e meu avô não sei ao certo. O bisavô dela veio da Alemanha e se estabeleceu no Paraná. O avô era militar do Exército e lutou na Guerra do Contestado. Necy o admirava muito e contava várias histórias de quando o acompanhava ao quartel vestida de menino, de ter aprendido a cavalgar e atirar com ele. Sua avó casou-se aos treze anos e, quando o marido chegava em casa a encontrava brincando de boneca. A família vivia numa chácara no bairro Portão em Curitiba/PR, onde naquele tempo ainda mantinham alguns escravos.

Tive a oportunidade de conhecer e conviver com as bisavós Hilda (mãe de minha avó) e Ernestina (mãe de meu avô). Ambas moraram, quando idosas, com meus avós. Hilda era costureira e quando foi abandonada pelo marido alcoolista trabalhou muito para criar os três filhos. Vó Hilda faleceu por complicações de diabetes. Ernestina era viúva e já havia sido internada para tratamento de depressão (faleceu de câncer). Eu gostava de brincar com a Vó Ernestina que me mimava bastante.

Da família paterna temos descendência portuguesa por parte de meu avô Manoel Teixeira e italiana da avó Bruneta Mansani. Ele veio de Portugal e começou a trabalhar como mascate, depois se fixou em Palmeira/PR onde abriu um armazém e posteriormente se tornou madeireiro. Adoeceu pouco antes do casamento de meus pais e faleceu de câncer meses antes de meu nascimento. Meus pais foram morar com minha avó durante minha gestação, mas nora e sogra tinham conflitos e posições antagônicas. Quando eu nasci a avó paterna declarou que os filhos dessa união seriam netos da Necy, e ela se dedicou aos netos dos demais filhos.

Houve uma usurpação dos bens deixados pelo meu avô por parte de um irmão da vó Bruna, deixando a família em sérias dificuldades financeiras. Meu pai não perdoa o tio até os dias de hoje. Nunca tivemos contato com essa parte da família.

Minha mãe faleceu em dezembro de 2019 vítima de um câncer de fígado descoberto há apenas dois meses antes.

Meu pai está com 84 anos e desde fevereiro de 2020 (quando apresentou algumas alterações de saúde) vim morar com ele já que estou divorciada há nove anos e morava sozinha. Fomos surpreendidos pela pandemia e tentamos acertar as dificuldades na convivência.

Meu filho (31 anos) mora com o pai, está namorando há nove anos, mas não trabalha e mesmo tendo concluído curso superior de Sistemas não quer exercer a profissão.

Eu continuo me dedicando ao trabalho como psicóloga.

Sinto vários emaranhamentos em minha história familiar e pretendo, com muito respeito, tentar buscar os esclarecimentos necessários.

 

MARLI LOPES TEIXEIRA


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