O ser humano se molda a partir de seu núcleo familiar, cuja a origem remonta a lugares e tempos imemoriais. Por isso, honrar nossa ancestralidade é uma prática fundamental para que a harmonia e o equilíbrio estejam sempre presentes em nosso sistema.
Infelizmente, demorei e sofri muito para reconhecer a minha pequenez diante daqueles que vieram antes de mim. Não queria dar-lhes a dignidade que apenas os grandes têm e que se converte em nossa força assim que o aceitamos como são e os integramos em nossa história e a repassamos aos nossos descendentes.
A constelação sistêmica me fez reconhecer meu lugar e perceber que ao permanecer nele eu consigo estar bem comigo e com o mundo.
Consegui também reverenciar minha ancestralidade e aceitar tudo o que viveram, ao preço que custou a cada um, ao mesmo tempo que lhes peço a bênção para que eu possa fazer um pouco diferente e permitir que minha descendência também o faça.
Abro-me aqui para dizer inclusive que meu vazio pelo falecimento precoce de meu pai foi curado por meio dessa abençoada ciência que é capaz de criar um campo em que podemos fazer essa reconciliação benigna e curativa.
Hoje com muito amor posso sentir meus antepassados, sem ao menos tê-los conhecido, e reconhecê-los em mim quando olho no espelho e isso é libertador, porque não existe mais solidão. Descobri que em minha alma estão as almas dos que me antecederam, ao mesmo passo em que estamos conectados a uma Alma Maior e Dinâmica que rege toda a humanidade.
Queridos papai e mamãe, avós e avôs, bisavós e bisavôs e todos os que os antecederam, eu sou muita grata por ser parte de vocês e espero sempre estar na bênção e no fluxo do que nos proporciona cura e paz e, desejo, imensamente que me abençoem e às minhas filhas para que possamos sempre seguir em busca da Vida.