"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir", assim escreveu o poeta Fernando Pessoa.
Todo mundo sabe que escrever é terapêutico, e é uma poderosa forma de autoconhecimento. Ao escrever conseguimos expressar nossas emoções, alegrias e angústias antigamente as pessoas usavam o diário como um confidente, e talvez nem imaginavam o valor terapêutico desse hábito.
Hoje quero contar depois de uma longa conversa com minha terapeuta, eu sentia muita necessidade de falar para uma pessoa toda a raiva e frustração que eu vinha sentido, mas se eu falasse “cara a cara”, a possibilidade de ficar desempregada era grande. Então foi sugerido que escrevesse uma carta para essa pessoa, daquelas que a gente não entrega. Lembrei-me da “Carta aos antepassados”, que é o primeiro exercício sugerido pela mestra.
Escolhi um lugar calmo, tranquilo onde não seria interrompida. Peguei papel e caneta, fiz o exercício de respiração consciente. Depois de respirar, simplesmente deixei fluir a escrita.
Permiti que tudo o que sentia viesse a tona, as emoções se apresentaram, com a percepção, o sentimento que vivi em cada situação. Pranto, raiva, letras maiúsculas representando gritos, traços firmes, palavras nada educadas. Falta falar mais alguma coisa? – ah sim, muito obrigada!
Quando a carta ficou pronta finalizei com Ho'oponopono. Meu coração estava leve, minha ansiedade havia passado, minha gastrite foi embora junto com a água do banho que tomei logo depois, o corpo fala, grita.
Um beijo!