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CARTAS PARA A MINHA CRIANÇA INTERIOR - SEMANA 3 - PARTE 2

CARTAS PARA A MINHA CRIANÇA INTERIOR - SEMANA 3 - PARTE 2
Isolene Schmitz
dez. 24 - 5 min de leitura
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Carta 19

Vamos lá ,menina corajosa, passar por mais uma noite escura!

Quando perdemos a alegria de viver e vibramos coisas negativas, atraímos mais sofrimentos. Foi o que aconteceu, perdi meu pai, a minha irmã mais velha, cunhado... Todos em um único acidente, logo em seguida a minha filha de 15 anos sofreu um acidente gravíssimo, com fraturas expostas...

Se você não sabia o que fazer para ocupar seu tempo, tem ocupações suficientes para preencher o vazio. Ficar em um hospital por varias semanas, quase sem dormir, e depois de cuidar em casa por mais alguns meses, clamando a Deus por milagres.

Como diz a nossa mestra Olinda, “a vida mais parece com uma britadeira, ou você sai polido ou despedaçado".

Amanheceu o sol, começou a brilhar! As preces foram ouvidas e os milagres aconteceram. A filha se recuperou completamente, comecei a gostar de cozinhar e a ter uma alimentação saudável, aprendi a gostar de atividades físicas e a fazer caminhadas longas. Peregrinei a pé até Santa Paulina, em ação de graça. Foram 60 km de caminhada. Com isso tomei a decisão de voltar a estudar.

Hoje eu sei que somente o conhecimento nos liberta, que é a grande oportunidade de mudar o script de vida que foi determinado na infância.

Carta 20

Então princesinha, preparada para resgatar sua majestade?

Eu sei que você não gosta de estudar, mas que sempre foi muito curiosa para aprender. Chegou a hora de deixar de lado todas aquelas ferramentas que você sabe manusear com tanta agilidade: machado, foice, enxada, facão, vassoura, balde, rodo, panelas... Agora são canetas, cadernos, livros. E aprender!

Ai meu Deus, estudar para que? Aprender para que? Não sei, mas vai ser bom para sair de casa e ocupar o tempo, então vamos!

Depois de cinco anos de muita dedicação, fazendo todos os exercícios sem faltar em nenhuma aula, já terminando o ensino médio... E agora, o que fazer?

Trabalhar na área da saúde, porque de doenças já sei quase tudo! Talvez psicologia, na qual já participava de encontros mensais de mulheres com uma psicóloga e já estava encantada com a mente humana.

Em uma conversa com uma amiga da infância eu comentei sobre o meu desejo de voltar a trabalhar, com isso ela me convidou para fazer um curso e trabalhar no aeroporto como agente de proteção de aviação civil... Nossa! Isso era um sonho.

Aquela menina da roça, descalça, trabalhando de salto, maquiada, com roupas sociais... Até de gravata, que chique! Até cirurgias plásticas fiz e fiquei nesta profissão por cinco anos. Todo o ano tinha reciclagem, prova e então no quarto ano reprovei na prova do RX...

Males que vem pro bem.

Carta 21

Minha pequena, mais uma vez você precisou enfrentar humilhação, tristeza e punições, ser transferida para o setor de cargas, para uma sala pequena, sozinha, sem ter muito que fazer, já que apenas alguns envelopes ou caixas passavam por lá.

Se desesperou, pois estava acostumada com o movimento dentro do aeroporto e aquela realidade parecia mais uma prisão.

Reconheço que isto me fortaleceu, pois muitas pessoas estão se sentindo assim com o isolamento social. Já não gostava mais da minha profissão, queria sair mas não tinha coragem... Trabalhava durante final de semana, feriado, final de ano e tornei a adoecer. Sabia que precisava tomar alguma decisão e tinha certeza que não queria mais aquilo!

Comecei a ler Augusto Cury, adorava! Falava de terapia... tive muita vontade de saber o que era aquilo. Uma amiga me convidou para vermos uma palestra em uma cidade próxima da minha casa, e o nome era “O amor que cura”.

Quase voltamos na metade da viagem, pois um temporal interditou ruas e houve dificuldades para encontrar o local. Aquele esforço valeu, chamo aquela amiga de madrinha e anjo, pois foi naquele dia que conheci o primeiro casal de terapeutas - Osmar e Zulmira - da constelação sistêmica, e tive toda certeza que era aquilo que eu queria ter, aquela ferramenta para curar emoções e traumas pessoais, trans geracionais e levar esse milagre para outros seres.

Carta 22

Enfim minha querida criança, o filme acabou. É tempo de dizer adeus a todos os medos, crenças limitantes, ilusões de buscar a felicidade no ter, no fazer, no outro, nas coisas.

Chegamos à outra margem e você é a autora e protagonista desta historia e dos capítulos futuros, colocando em pratica tudo o que aprendeu nos cursos que fez, com aquilo que seus mestres ensinaram e aquilo que você leu...

Agora você cresceu e a liberdade chegou!

Você pode escolher fazer um filme colorido de muitas alegrias. Viver em plenitude e abundância com um olhar de contemplação, vivendo em um estado de graça, vendo Deus em tudo. Quiçá até escrever um livro, “Despertando Curadores”. Título sugerido pelas pessoas que participaram do meu grupo, pela minha filha Elisa... pois muitas pessoas fizeram o curso e se tornaram curadores atuando como terapeutas.

Eu me ensinei, eu me curei, eu me aprendi, eu me curei.

Gratidão Olinda!

 


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