Do que tentamos nos curar?
Do que tentamos nos livrar?
O que tentamos esquecer?
Das dores que sentimos?
Das lutas que vivemos?
As memórias que guardamos?
Mas, não há como fugir...
Para onde mais devemos ir?
Então seguimos, buscando e encontrando: mais respostas, mais pessoas, mais histórias... De sofrimentos e curas.
E compreendendo que não somos os únicos, nem os piores, nem os melhores...
Apenas “somos”, e em essência, seres preciosos, formados por tudo que vivemos, por tudo que sentimos, por tudo o que não esquecemos.
E sem culpa, vamos entendendo que tudo o que somos, sentimos ou fazemos, parece-se muito com uma grande e linda colcha de retalhos.
Olhando para as partes, parecem feias e assustadoras, mas unindo cada uma, formam um lindo desenho, um lindo trabalho, cada uma contribuindo para a “arte final.”
E assim, a plenitude vai se achegando, e vamos entendendo que tal como a colcha, cada parte da nossa vida, foi importante, foi crucial. Porque se uma só, por menor que fosse, ali não estivesse, já não seria completa, já não seria o que é.
E na aceitação, de que cada peça ocupa o seu lugar exato e devido, de que cada retalho foi importante e necessário, e que ao final cada parte está interconectada... então podemos seguir confiantes, percebendo que ao final, nenhuma obra fica inacabada.
Cada “colcha de retalhos” é tecida pelas mãos do tempo, com as linhas das memórias, com a agulha da aceitação e os retalhos da Vida, resultando na mais perfeita obra de arte.
Obra que está a serviço de algo maior, de outras histórias, do Amor!