Amada mestra Olinda,
Uma querida cliente de psicoterapia está passando por uma situação bastante desafiadora.
Mora em uma casa em um terreno com outras casas, onde moram a mãe e as irmãs. O genitor da cliente cometeu graves violências e há 5 anos teve que sair da casa após medida protetiva.
Agora, o genitor está reivindicando o valor que é dele por direito em relação às casas (50% é dele e 50% é da mãe). A cliente e a mãe estão aflitas, pois não têm o valor necessário para comprar as casas. Por outro lado, querem permanecer lá, onde estão há muitas décadas.
Sobre a história transgeracional, percebi que há um padrão de violência dos homens com as mulheres do sistema. Também há preconceitos em relação à cor. A cliente conta que sua mãe é negra clara e seu pai é negro escuro e que sua avó materna não gostava de negros escuros.
Além disso, houve conflito de terras na história dos antepassados.
Estamos pensando em constelar esse tema. Por favor, gostaria de ouvir suas orientações.
Gratidão Imensa!
Obs.: a cliente me autorizou a publicar a questão.
Amada!
Constele sim, porque me parece que algo tão interessante surgirá.
Contudo, recomendo que procure um excelente advogado de direito sucessório ou algo assim porque me parece que diante desta situação este homem perde seu direito ao bem. O que é algo totalmente justo: ele, perde o direito porque atentou contra a integridade delas devido à violência.
Ele deveria renunciar ao bem, se tivesse consciência sistêmica.
Recomendo que você fortaleça sua cliente para que ela se coloque verdadeiramente como protagonista e lute por seus direitos, colocando o perpetrador no lugar dele: fora!
Ele que vá se arrepender dos danos causados.
O papel de um Terapeuta Real, amada, é ser um ativista dos Direitos Humanos.
Um abraço com carinho e flores!
Olinda Guedes