As noites escuras da alma são sofrimentos pelos quais passamos. Elas chegam para todos nós e independem da nossa vontade. São pessoais e intransferíveis. As noites escuras da alma são épocas em que atravessamos um deserto pessoal, épocas em que mergulhamos em memórias pessoais e trans-geracionais.
Uma memória traumática, para ser acessada, basta ter a mínima similaridade com a vida presente da pessoa. Quando os sofrimentos são extremos, podem levar a psicose, ou seja, a uma resposta emocional desproporcional ao contexto e ao estímulo.
Analisando o nosso sistema percebemos as noites escuras da alma, em alguns de forma mais branda em outros muito acentuada.
Casos de depressão e ansiedade estão presentes em todos nós, pais, filhos, netos. Temos casos de deficiência intelectual de um sobrinho, esquizofrenia com bipolaridade em um irmão, tia com psicose, que necessitou de internação, avó paterna com doença mental e casos de depressão com suicídio e tentativa de suicídio.
Existe também uma resistência muito grande quanto a busca de intervenções sensoriais para auxiliar nessa travessia. Busca-se intervenção através da alopatia, que na grande maioria das vezes mascara o sofrimento, dopa.
Depois do suicídio do meu papai, passei pela minha noite escura. Depressão, ansiedade, insônia. Momentos muito difíceis que me fizeram procurar entender esses sofrimentos. Não queria ficar escondida em uma caixa de remédios por toda a vida. Iniciei então a minha busca.
Tenho percebido o grande sofrimento que o nosso sistema passou, passa.
- A vida não é fácil pra ninguém. Ela é um grande desafio;
- A vida começa quando a gente sai da ignorância.
Segundo Bert Hellinger, toda noite escura carrega em si a luz divina.
Noites escuras são oportunidades de transmutação, de cura, de transformação.
As intervenções sensoriais, como as Constelações Sistêmicas, são excelentes ferramentas de cura.