Estando já imersa na Formação Real em Constelações Sistêmicas, mergulhei também em quatro aulas de Imersão que me fizeram ver ainda mais, ver além e mais profundamente.
Em um processo de trabalho pela cura dos traumas que às vezes nem sabemos que temos, Olinda Guedes nos presenteia sempre, tão generosa e abundantemente, que parece nos envolver em um mergulho aconchegante, quentinho em água morna, como relatou uma cliente ao final da sua Constelação, na quarta aula dessa Imersão.
Sobre o que vi, ao mesmo tempo em que agradeço por esse presente, preciso dizer algo aos antepassados.
Senti um aperto, um nó no meio do peito durante a Constelação de uma mãe com seu filhinho autista, entrei de carona com a bipolaridade que existe em minha família, e senti vontade de dizer - com as palavras da Olinda - a todos vocês, queridos antepassados: todos estão, eu vejo vocês, todos agora estão livres!
Olhando para os meus, quero destacar os de origem alemã, turca, polonesa e espanhola (provavelmente de cultura cigana), porque esses falaram tão alto, nesse momento, ao meu coração, e olhando para os que chegaram a mim através do meu marido e pai dos meus filhos, os de origem austríaca, portuguesa, judia, africana, indígena, polonesa e ucraniana, porque senti que bateram à porta junto com aquela criança que quis entrar no campo, como a dizer: eu pertenço!
Sinto que os perpetradores e as vítimas, em toda a história, os que foram obrigados a capturar e os que foram capturados, os que foram obrigados a mudar a identidade para fugir da captura... todos agora podem se libertar! Essa imersão ajudou a ver e incluir para liberar.
Todos nós brasileiros, os descendentes de nativos e os que descendem de outras pátrias, todos que trazemos histórias trágicas na memória, agora olhamos para o passado das nossas famílias e concordamos com tudo como foi, com tudo o que nos trouxe.
Todos agora estamos livres para seguir, para nos curarmos como povo, como famílias e como indivíduos.
O peso agora sai da cabeça, sai das costas... sai da alma!
Tudo já passou, e podemos cantar para alegrar e acalmar as crianças em sua pureza e inocência, para saudar as mulheres - nossas mães, avós, bisavós... com sua dor, seus medos, sua angústia e sua força - e para honrar os homens, também com sua dor, seus desejos, seu poder; todos com vontade de viver!
Gratidão pela vida que chegou a nós!
Sinto muito, por todo o sofrimento que vocês passaram!
Procurarei, cada vez mais, fazer o melhor que eu puder com tudo o que recebi.