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Compromisso, a lição de evoluir

Compromisso, a lição de evoluir
Simone Belkis
set. 8 - 4 min de leitura
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Eu aprendi uma coisa muito importante nos últimos tempos, e entendi que só aprendemos algo verdadeiramente, quando somos capazes de reproduzir o aprendizado na prática, é quando conhecimento vira sabedoria.

Eu aprendi que as crianças são amadas e que (nós) adultos amamos. Isso pode até parecer meio óbvio, mas não quando chegamos à fase adulta e descobrimos que a vida não anda porque estamos no desamor.

Na Bíblia, em uma carta para os Coríntios, Paulo diz: "- Ainda que eu fale a língua dos homens e (até) dos anjos, sem amor eu nada serei". Essa sempre foi a passagem mais marcante para mim. E só agora compreendi porque. 

Como a grande maioria, nasci em uma família disfuncional, com muitas dores e esqueletos no armário (trazidos até da ascendência Negra e suas (des)naturais consequências). Vivi lições muito duras, que terminaram por acarretar traumas muito pesados. Apesar de ter sido criada de uma forma que me garantiu a sobrevivência física e intelectual, espiritual e emocionalmente fiquei muito defasada. Como já disse em artigos anteriores, depois de um longo processo, começo a concordar com o que foi, como nos ensinam as Constelações Sistêmicas.

Tive o meu bocado de dor e aprendizado, para então compreender que por não ter sido amada como queria ou precisava, tornando-me adulta essa tarefa passa a ser minha, pois só eu posso me amar agora. Não que outras pessoas não possam me amar como sou, é que se não reconheço o amor em mim, não posso sintonizar com a frequência delas.

Então, entendi que a lição que vim aprender é o compromisso. Entendi que vivi meus relacionamentos como um passeio no parque, sempre esperando que tudo fosse um divino dia de Sol, e me frustrando amargamente sem saber o motivo. Pois que ser adulto, ainda que seja uma arte, é um ofício difícil de ser aprendido quando se passa os anos brincando de ser uma eterna criança.

Não vou dizer que tenha equiparado as idades cronológica e emocional ainda, mas estou mais perto disso do que nunca estive. E já devo comemorar. Mas, essa jornada, ao mesmo tempo que trouxe muitos aprendizados, também trouxe perdas, principalmente de tempo (e essa é, agora, a perda que mais lamento). O compromisso é palavra-chave de tudo que aprendi nesses últimos tempos, onde a vida me impôs a perda de coisas e pessoas que valorizava, porque dava mais importância a valoração externa do que a minha própria. 

Aprendi (e sigo no exercício) de amar a mim mesma, reconhecer meus valores e determinar os limites e a ampliação do meu território. Chorei muito, mas cada lágrima derramada foi exatamente por mim. É importante, quando nos tornamos adultos, entender que só fazemos por nós mesmos. O outro sempre será um espelho. Isso pode até parecer egoico, mas lembremos que o ego não é de todo mal. E que amor-próprio é bom e todo mundo gosta, quando reconhece.

Passei a vida esperando que alguém, um amor, meus amigos, minha família se comprometessem a me dar as garantias da sua aceitação e me agradassem porque sim. Não que eu não mereça. Mas, é que essa já é uma tarefa minha. E ninguém reconhece melhor meus próprios louvores.

Outra coisa que entendi é, que embora sejamos diferentes e sigamos nossos próprios desígnios, a lição de evoluir é a mesma. Amar!!! E se ama só quando se assume um compromisso.


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