Foram dois anos para chegar até aqui, sim precisei de um tempo a mais, resignificar tanta, mas tanta coisa nestes meus quarenta e tantos anos. É, não foi simples e pode parecer até uma gestação fora do comum, mas olhando para trás, vejo hoje que precisei olhar, não somente a gestação e o parir de minha genitora, mas também tudo o que veio antes, os abortos de meus ancestrais, os abandonos, mas também o genitor... é, era muita mágoa, muita raiva do masculino, eu não tinha permissão para olha-lo como tive para olhar para minha genitora.
Mas sendo adulta e disposta a me curar e curar tudo o que foi e o que será, me entreguei ao Renascimento cada vez que ele me foi proposto. O curso em si me libertou de muitas amarras invisíveis, padrões de pensamento e de ação que ecoavam traumas de meu nascimento, mas também traumas que vinham de muito além de mim.
Pude perceber que minha infância também me trazia questões a serem curadas, então mais uma vez me entreguei, deixei que as respostas viessem e acreditem, elas chegaram de muitas formas, mas o mais importante é ressaltar a paz de espírito que me inundou, trazendo de volta o partilhar. Sim, reencontrei meu eixo e ele se encontra na partilha, no amparo, no desmistificar e no empoderar.
Me aceitar como sou, sem medo nem vergonha, não deixando nunca mais calarem minha voz ou meus atos, porque somente eu sei o quanto lutei pra estar aqui, VIVA e hoje vivendo uma vida épica, graças a Deus, a todo conhecimento que chegou até a mim, às famílias Guedes e Real.