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O sentido da vida é sentir.

O sentido da vida é sentir.
Sandy Duwe dos Santos
set. 14 - 5 min de leitura
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>> Conclusão do Módulo 2.

Apagar e reescrever inúmeras vezes o início de um texto muitas vezes demonstra a busca de palavras certas para expressar o sentimento que queremos transbordar, pois bem, acho que já reescrevi algumas vezes o início deste e não sei ao certo se conseguirei ser transparente e repassar totalmente tudo o que senti enquanto fui avançando as aulas deste segundo módulo. Nossa mestra Olinda nos ensina através de sentimento, há um real calor em suas palavras.

Durante o módulo 2 aprendemos sobre as leis do amor e os movimentos que curam e que muitas vezes não conseguimos ser felizes, pois existe um sentimento de lealdade dentro de nós, e muitas vezes esse sentimento pode apresentar a necessidade de inclusão de algum antepassado dentro do sistema, pois todos nós temos o desejo de pertencer e por este motivo fazemos de tudo para que isso ocorra, inclusive  renunciamos a nossa própria felicidade colocando-a em segundo plano e este é o conceito de lealdade, o amor sempre trazendo de volta.

Pode parecer confuso que o amor renuncie a felicidade mas entendemos que nem sempre lidamos com o amor romântico que nos é ensinado desde criança, o amor é pertencimento também, ninguém fica excluído na lei do amor, pois todos biologicamente já pertencemos à algum lugar. Permanecemos a um universo, pertencemos a um Deus, pertencemos aos nossos pais... Então como o amor não nos traria de volta?!

Aprendemos que nascemos de famílias diferentes com pessoas singulares e isso só ressalta que as nossas experiências individuais não são “argumentos” para julgar a dor do coletivo e que as coisas seriam muito mais belas se perdêssemos o tempo amando e compreendendo na mesma proporção que passamos julgando e condenando. Em um dos seus maravilhosos poemas Shakespeare diz: “ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação. Sempre existem dois lados”.

Precisamos estudar e nos aprofundar sempre mais para nos libertamos da ignorância e libertar mais pessoas também, quebrar paradigmas e libertar nossas correntes de padrões estipulados pela sociedade antiga, devemos olhar o destino e sofrimento das pessoas com empatia, sentido de verdade e compreendendo que toda vida é feita de dores e lutas e que ninguém precisa carregar a dor sozinho dentro do coração pois enquanto um semelhante meu sofre, eu também sofro. Somos um coletivo em construção.

Os emaranhamentos e vínculos de amores interrompidos podem ser desfeitos, nunca é tarde para ter uma vida feliz, nunca é tarde para tomar a autenticidade da sua vida e decidir o que fazer com ela, sempre será possível mudar de estratégia e isso é tão lindo, ao contrário do que muitos pensam todos nós temos muitas chances de sermos cada vez melhor, o sentido da vida é evoluir, sempre. E essas chances estão nos pequenos atos de amor, aquele despercebidos no dia a dia. Foi para este contexto que a constelação  sistêmica foi criada, exatamente para libertar todos os sofrimentos humanos e fortalecer o amor de espírito dentro dos nossos corações, a constelação é uma ponte para a cura e quando somos curados, aprendemos muito mais  que o sentido da vida é sentir. Sentir a dor do outro, sentir compaixão, sentir que ainda há tempo de reparar e se arrepender, sentir que enquanto respiramos podemos decidir o nosso destino e o que fazer com a vida que nos foi entregue. No filme “ a sociedade dos poetas mortos” é citada a frase de Robert Frost que diz: “Em um momento haviam dois caminhos a percorrer. Eu escolhi o menos percorrido, e isso fez toda a diferença.”

Vivemos rodeados da falta de amor e quando compreendi isso eu entendi que não há necessidade de mudar o mundo, precisamos desejar mudar a nós mesmo e aos nossos e o resto vai se transformando. O mundo não precisa mudar, precisa amar.

As vezes gosto de pensar que deveríamos amar as pessoas assim como Van Gogh amou a arte, as estrelas, os girassóis, o amarelo. Deveríamos amar com mais intensidade e verdadeiramente, encontrar mais beleza nos nossos dias e noites, pois como Van Gogh dizia “Ache belo tudo o que puder. A maioria das pessoas não acha belo o suficiente.”

Gostaria de terminar essa breve conclusão do modulo 2 com a letra de uma música que gosto muito:

“Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer

Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração “

- Titãs, Epitáfio.


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