Desde muito cedo me percebi em desordem, como "mediadora" dos conflitos conjugais dos meus pais. Eles se encontraram, se apaixonaram e se casaram em pouco tempo.
Minha mãe duplamente órfã e meu pai se excluiu, voluntariamente da sua família de origem. Com muitas dificuldades financeiras investiram nesse projeto de vida à dois. Porém eram diversos os desafios.
Desníveis de todas as ordens, social, cultural, de ideais, de espiritualidade e de visão de mundo. Mas minha mãe se propôs a formar uma família e a abrir mão de tudo em nome desse propósito. Tiveram um casal de filhos, meu irmão mais velho e eu.
Nunca nos faltou proteção e afeto, mas os conflitos conjugais foram se avolumando. Meu pai um homem forte, corajoso e racional, muito determinado em construir um patrimônio sólido e minha mãe uma sonhadora, admirava poesia e impotente para administrar a sua carência.
Por muitas vezes mediei conflitos, me posicionei, interferi e me emaranhei cada vez mais nesse relacionamento. Fiz xixi na cama até os 7 anos de idade e na adolescência engordei absurdamente.
Hoje observo minhas lealdades. Como é lindo e inocente o amor da criança! Fui me distanciando do meu pai na medida em que "escolhia" proteger minha mãe na condição de vítima.
Hoje como uma mulher adulta e consciente e, após me constelar, pude reconciliar-me com meu pai e curar o masculino excluído e ferido em mim. Pude reconhecer o n grande medo da solidão, que motivou minha mãe a permanecer em um relacionamento disfuncional por 60 anos até a data de hoje.
Atualmente, encho meu coração de gratidão a ambos por terem me dado a vida e com ela a chance de me curar, porque atraí uma infinidade de relacionamentos disfuncionais para a minha vida.
Como a vida sempre ensina hoje posso dizer SIM às escolhas que meus pais fizeram e seguir com o melhor deles em meu coração!
Do módulo 3 levarei a luz do conhecimento para abraçar cada vez mais a minha criança interior e a praticar o AMOR QUE CURA me despedindo do AMOR QUE ADOECE!