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RELAÇÕES CONJUGAIS E RELACIONAMENTOS DE PAIS E FILHOS

RELAÇÕES CONJUGAIS E RELACIONAMENTOS DE PAIS E FILHOS
Rosinéia Censi Lenfers
nov. 27 - 5 min de leitura
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A infância do pai, apesar de ter trabalhado desde cedo, foi uma infância feliz. Ele é o primogênito e sempre gostou de fazer muitas brincadeiras com os irmãos e amigos da escola.

Ele conta várias histórias engraçadas da infância e acha muita graça em todas.

Umas das histórias conta que havia chovido e formaram poças na terra e ele e um amigo gostavam de brincar de luta para derrubar um ao outro nas poças. Ele conta que o amigo havia caído várias vezes na poça e estava todo molhado e sujo e foi para casa trocar de roupa para voltarem a brincar. A mãe do amigo avisou que se ele se molhasse novamente não teria mais roupa limpa, porém ele caiu novamente na poça e foi para casa.

Meu pai achou que ele não voltaria mais para brincarem, mas ele voltou, porém estava usando um vestido da irmã porque não tinha mais roupas secas. Meu pai chora de tanto rir lembrando da cena do amigo chegando de vestido.

Meu pai fala da infância com leveza. Ele teve uma infância feliz no conceito dele. Minha avó paterna era mais calma e até de certa forma, mais amorosa com os filhos, já o avô era muito bravo. Meu avô perdeu seu pai quando tinha 3 anos e mais tarde, minha bisavó casou-se novamente com um viúvo que também tinha filhos.

Meu avô paterno teve 20 irmãos no total, sendo alguns meios-irmãos. Com uma família assim tão grande, consigo imaginar a orfandade que havia.

A infância da mãe foi bem atribulada, ela é a primogênita e morou com os meus bisavós maternos até os 5 anos de idade. Quando voltou a morar com eles precisou cuidar dos irmãos, da casa, trabalhar na roça. Foi retirada da escola pelo vô para ajudar em todas essas tarefas.

Meus avós maternos (seus pais) brigavam excessivamente.

O casamento dos meus pais também não foi aprovado, assim como dos meus avós maternos. A não aprovação se devia a questão de raça, alemães e italianos. Meus pais se conheceram por morar na mesma região, quase vizinhos.

Meu pai conta que minha mãe era bem tímida e foi difícil se aproximar dela. Meus pais tiveram muitos desafios na vida conjugal, primeiro a não aprovação dos avós, depois as dificuldades financeiras, sair do campo para a cidade, etc.

Quando éramos crianças a minha irmã e eu presenciávamos inúmeras discussões dos pais pelos mais variados motivos. Vivíamos com medo de que eles fossem se separar em função das brigas.

Me dou conta que por ter vivenciado muitas brigas, aliado a memórias trans geracionais, fiz xixi na cama durante quase toda a minha infância até a adolescência. Na época a mãe me levou a alguns médicos para descobrir e tratar essa questão de fazer xixi na cama e lembro que foi orientada de tudo.

Um dos médicos falou para eu não beber mais água a partir das 18:00 horas, mas imagina, no verão de Blumenau...

Também tive que fazer uma simpatia que era comer a crista de galo, tadinhos dos galos, não tinham nada com isso, enfim nada resolveu. Me lembro de ter feito xixi na cama a última vez quando tinha uns 14 anos.

Ao estudar o módulo 3, quando Olinda fala que xixi na cama é porque a criança está se sentindo insegura e desprotegida, faz total sentido para mim.

Também sofri muito com pneumonia e bronquite, desde bebê com 9 meses até uns 7 anos. Quando completei 7 anos, minha mãe fez uma promessa religiosa e nunca mais tive problemas dessa ordem.

No caso da minha irmã, essas situações (discussões entre nossos pais) desencadearam compulsão por comida. Desde criança tem problemas para manter-se com peso saudável. Ela também tem trauma de relacionamentos afetivos.

Teve um relacionamento com o pai da minha sobrinha que foi muito tumultuado.

Atualmente nós duas temos uma doença autoimune: Tireoidite de Hashimoto.

Conforme a Olinda explicou na aula do dia 04 de agosto de 2020, doenças autoimunes significam que a pessoa está desorganizada no seu sistema familiar e as células também se desorganizam. Tenho uma tia materna que também tem Tireoidite de Hashimoto.

Acredito que essa doença se originou por conta de memórias trans geracionais e pelo contexto da nossa vida atual.

Sinto muito amor e respeito pelos meus pais porque são pessoas de bem, sem vícios, trabalhadores, porém não tiveram amor de graça suficiente dos seus pais, tiveram vínculo de amor interrompido e memórias de orfandade. Sou muito grata por terem me dado a vida.

Tornei-me adulta, posso buscar minha cura e auxiliar na cura do meu sistema.

 

CONCLUSÃO DE MÓDULO: RELAÇÕES CONJUGAIS E RELACIONAMENTOS DE PAIS E FILHOS


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