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Conhecer para curar: jornada que perpassa gerações

Conhecer para curar: jornada que perpassa gerações
Angela Helena Bona Josefi
set. 30 - 4 min de leitura
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Ah, se eu tivesse conhecimentos sobre o chamado Saber Sistêmico há uns trinta e cinco anos! Ah, se, melhor ainda, a minha mãe os tivesse, afinal Bert Hellinger já era praticamente adulto quando ela nasceu...

Ah, se...

Não, definitivamente não é essa a questão!

Se tive acesso aos conhecimentos das Constelações Familiares, se acessei o  Saber Sistêmico, sei que meros lamentos saudosistas não curam, sei que posso encontrar cura para os meus relacionamentos, buscando curar o primeiro que tive, aquele de onde se vive e aprende o amor de graça: o meu relacionamento com minha mãe.

Meus lamentos saudosistas me assaltam muito mais as lembranças do ser mãe do que aquelas de filha. Mas a aula com Olinda, em 29/09/2020, colocou-me de frente com essas duas lembranças, a de filha e a de mãe, e fez com que minha alma de filha e de mãe chorasse tanto... por minha mãe, por mim, por meus filhos.

Isso sinaliza que ao mesmo tempo em que estou me curando e alcançando cura para o meu Sistema - porque aprendi que o choro libera - sei que essa busca é jornada, é exercício.

Ah, se eu soubesse... ou melhor, ah, agora eu sei!

Sei que minha mãe esteve ausente (refiro-me ao estado de presença amorosa e funcional) porque a ela também não houve amor presente, não que ela pudesse perceber, sentir... porque minha avó era tão triste, tão amargurada, tão sem gosto pela vida, que certamente não conseguiu lhe expressar amor de graça.

Ela nasceu e ficou órfã, foi dada em adoção. Disso a nossa família sabia, mas não sabia quem foram seus genitores. Minha mãe tinha vagas informações sobre a origem dela.

Minhas buscas atuais trouxeram revelações impactantes, tanto sobre vovó quanto sobre mamãe!

Hoje sabemos quem era a mãe de vovó, seu nome, sobrenome, origem, sua extrema pobreza, sua perda de visão na gestação, seu possível falecimento logo após doar a filha. Sobre seu papai, sabemos apenas nome e sobrenome.

A amargura, o desgosto pela vida, a falta de amorosidade com os filhos, eram então, posso dizer, lamentos saudosistas presentes na minha avó e depois na minha mãe. Saudades que a alma criança sentia da mãe ausente!

Minha mãe passou a vida procurando por amor, hoje eu vejo, e sinto muito!

Minha alma criança sentiu tanto a falta do seu amor! Agora minha alma adulta sabe que estamos no caminho do encontro, e que cura é jornada, que não basta apenas saber.

Se eu soubesse antes, talvez eu não tivesse tido depressão pós-parto, talvez meus filhos se sentissem mais amados quando crianças...

ah, eles sabem o quanto foram e são amados, e certamente suas saudades trazem também lembranças do amor recebido, porque com eles já foi diferente, afinal o amor não morre, ele renasce e volta, porque é eterno, e cada nova geração o encontra melhorado.

Gratidão por esse caminho de busca, de aprendizado e de encontros.

Ah, minha mãe, de tudo o que você tinha, deu-me o suficiente, hoje eu sei. Ah, minhas filhas, meu filho, tão amados, ao olhar para as minhas lembranças vejo suas carinhas tão lindas me olhando, e sou tão grata!

Minha alma de mãe olha para a minha alma criança e diz: venha comigo, agora eu lhe dou amor, proteção e cuidado.

Estamos no caminho!


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