E eu sigo aprendendo com a vida, e tive nesse últimos tempos algumas novas compreensões.
Eu gosto muito de entender tudo, como uma boa geminiana de ascendente e com o Sol em Virgem. Ambos os signos regidos por Mercúrio, o rei da comunicação. Mas, não viemos aqui para falar de signos ou de mim, e sim das percepções que tenho tido, não é mesmo?
Então!
Acabei por me dar conta que muitas palavras do nosso vocabulário cotidiano vão adquirindo novos sentidos e perdendo seus significados originais. Aí você vai dizer:
Pô, Simone, fala sério!! Você não sabia disso?
E eu respondo:
Sim, eu sabia disso, e sei também que isso torna a língua viva.
Mas, a grande questão é que percebi que alguns significados ficam tão misturados e confusos, que as pessoas trocam conceitos uns pelos outros sem nem ter ideia do tamanho do problema que isso gera.
E me dei conta da séria confusão que isso pode causar, observando os conceitos sobre consciência e mente racional que reparei em algumas conversas. Percebi que para, talvez um grande número de pessoas, isso signifique a mesma coisa. O que leva muitos a acreditarem que quando racionalizam situações, estão fazendo isso de forma consciente.
Mas qual seria então a diferença entre esses dois conceitos?
Partamos do princípio que o nosso cérebro é dividido, didaticamente, em três partes fundamentais: o neo córtex - racional, o límbico - emocional e o reptiliano - instintivo. Tudo isso de uma forma bem simplificada. Não sou cientista, só geminiana. Hehe.
Cada uma dessas partes atua em suas próprias funções e nem sempre estão de acordo entre si.
A mente racional tem como função compreender, assimilar, julgar e perceber a nível racional. Como já sabíamos e se não sabíamos, agora ficamos sabendo, não é ela quem toma as decisões. Essa nossa mente pode, no máximo, ponderar e questionar algumas das nossas atitudes ditas inconscientes. Ela é meio que o nosso grilo falante.
Para que esse grilo possa cumprir com a sua missão de nos levar a pensar um pouco mais antes de tomar alguma decisão importante, virá a consciência que costuma abarcar nossa objetividade, subjetividade, percepção sensorial, nosso lado emocional e o ambiente em que nos desenvolvemos. Ou seja, é a ação conjunta da nossa verdadeira essência. E que não está na mente, é maior do que ela.
Isso, a meu ver, é consciência. Quando racionalizamos uma situação sem considerar todos os lados e interesses, não estamos sendo conscientes porque não estamos levando em conta todos os aspectos de uma questão.
Por certo que é muito fácil nos tornamos extremamente racionais em um mundo violento e egoísta onde o nosso cérebro precisa estar ligado no modo sobrevivência quase que 24 horas por dia. Onde herdamos, geneticamente, uma mentalidade de escassez e medos. Nesses casos parece que ser racional é tudo o que se pode ou se deseja ser.
Não podemos confundir consciência com utopia ou elucubrações holísticas, acreditando que ser racional é a principal capacidade do humano sobre os outros reinos. Não estou querendo, e fique claro, desprezar nossa capacidade de racionalizar.
Pois que ela é fundamental, e como geminiana eu afirmo que o entendimento de algo pela mente racional é de suma importância. Mas que não devemos e não podemos jamais esquecer que não somos apenas um ser pensante e "consciente" de si mesmo, já que outros seres também o são.
O que torna o humano o guardião do Planeta não é sua capacidade de racionalizar, mas sim a sua consciência de si mesmo e do seu entorno.