Por Mariele Wanderlene Vieira Cequinel
Eu sempre achei importante saber o que é, o que faz, como funciona, o que nos mostra e seus resultados, principalmente para aqueles que nunca ouviram falar a respeito. Então ao fazer a leitura do livro, ah, Que bom que eu sei! Senti o desejo de escrever a respeito, compartilhando parte do aprendizado tido neste livro. Só para desmistificar, só a constelação não faz milagre, não muda nossa vida, nos mostra um problema sim, mas a solução para nos sentirmos melhor depende de nós, de nossas ações a respeito.
A Constelação é um método terapêutico que trata traumas pessoais, feridas físicas e espirituais, que bloqueiam a energia vital, que se alinham em nosso inconsciente e trazem consigo sintomas, comportamentos e sentimentos fixos ligados não apenas à acontecimentos relacionados à infância mas, muitas vezes, ao movimento interrompido em direção a mãe ou ao pai, às pessoas importante para a criança e mais tarde, em direção ao parceiro e aos filhos.
Ao constelar tem-se um movimento para um contexto mais amplo do vínculo e solução em relacionamentos. Frequentemente sofremos com problemas que resultam de acontecimentos vivenciados por nós mesmos, mas que resultam de consequências de traumas que têm sofrido por outras pessoas do nosso sistema familiar.
Na constelação com figuras pode-se a princípio soltar os problemas através da mudança de comportamento, através do aprendizado, da criatividade, os pensamentos que bloqueiam e nos limitam. Estamos ligados ao longo das gerações na comunidade de destino da família e clã, pelos efeitos de traumas que têm a ver com um sistema inteiro de relações e pelas “ordens do amor” que nos emaranham nos destinos de outros, sem que queiramos ou saibamos.
Através das intervenções feitas com as constelações podem-se chegar as seguintes soluções:
- Deixar que cada um possa pertencer igualmente e tomar o lugar que lhe é adequado;
- Que cada um carregue o seu próprio destino e renuncie a interferir nos destinos de outrem, através de uma ilusão e amor cegos;
- Que vejamos o preço que outros pagaram, algumas vezes com a própria vida, e que tomemos ganho, reverenciando o preço que o outro pagou, sem pagarmos novamente através de um sofrimento pessoal;
- Que possamos deixar no passado o que passou e não fiquemos presos a um sentimento de justiça que vai além da morte;
- Que a culpa e o sofrimento cruel possam pertencer conjuntamente;
- Que os mortos conservem seu lugar em nosso coração, em paz e com amor.
Nós olhamos para os processos de vida e morte, felicidade e infelicidade, saúde e doença, relações que obtêm sucesso e que fracassam. Trata-se de pertencer e ser excluído, dar tomar, culpa e compensação, substituição e destino pessoal, sendo esses os temas trabalhados nas constelações com figuras, grupos, etc.
Trechos extraídos do livro “Ah”! Que bom que eu sei! – A visão sistêmica nos contos de fadas. De Brigitte Gross e Jakob Schneider. Pag. 149 e 150.