Quando eu era muito, muito criança eu queria uma grande família. Eu nunca me imaginei solteira, sozinha, num apartamento bonito, cheinho de ordem e tudo no lugar, feito coisa de revista.
Sempre desejei uma grande família. Queria ser mãe. Realmente eu imaginava uma grande mesa, com os filhos todos juntos. Aiii.. que alegria!
Meu avô tinha uma mesa grande em sua casa, mas quando a mesa chegou os filhos moravam longe e raramente eu via essa mesa com os lugares todos preenchidos. Parecia grande demais e nós víamos a vovó sentada num dos lados, olhando para uma pequenina TV movida à bateria de carro. Era assim.
No meu coração a realidade era essa.
O tempo passou.
Os filhos não chegavam.
Precisei realizar minha jornada de cura, minhas tarefas todas. A vida não é fácil para ninguém.
Sei que sou uma pessoa de muita sorte. Ao completar cinquenta aniversários tenho tudo isso em minha vida:
- filhos lindos, alunos maravilhosos... uma mesa grande que é pequena para nós.. porque sempre está cheia. Nossa família vai além de nós: sempre tem alguém que nos ajuda, juntinho, um professor, um vizinho, um compadre, uma amiga, um parente. Assim seguimos tão felizes.
Quando eu digo para as pessoas que terapia é fundamental e que constelamos o tempo todo, eu gostaria que lembrassem deste meu relato.
Um abraço muito feliz!
OLINDA GUEDES é mãe da Nina e Camila Maria, apaixonada pela vida, escreve com o coração o que cabe em palavras. É mãe de mais outros cinco príncipes na terra, e quatro anjos no céu.
Já teve vários anjos pelo caminho.
Conduz, no Instituto Anauê-Teiño, a Escola de Saberes Úteis. Uma iniciativa cujo objetivo é trocar saberes das diversas ciências com o propósito de uma vida mais feliz, próspera e saudável.
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