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Constelações Sistêmicas e Psicodrama

Constelações Sistêmicas e Psicodrama
Vicente Duarte
nov. 22 - 3 min de leitura
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Vejamos uma outra visão das constelações, para um melhor entendimento daquilo que lá acontece e como acontece, para além da transgeracionalidade.

Constelações Sistêmicas e Psicodrama

Os comportamentos de cada participante no decurso de uma sessão de constelações sistêmicas resulta de um complexo conjunto de fatores. Uns, são externos, surgem da própria situação da sessão e da influência do grupo; outros, são internos e dependem da personalidade dos participantes.

Kurt Lwevin mostrou como todos os fatos que existem, num determinado momento, tanto para os indivíduos como para o grupo, constituem, segundo a terminologia das ciências físicas, um verdadeiro campo psicológico e que, num campo desta natureza, tal como no campo físico, uma certa distribuição de forças determina o comportamento do indivíduo, ou do grupo. 

O campo das sessões de constelação, portanto, além de um certo número de variáveis dependentes da personalidade e de habilidades metodológicas, supõe um conjunto de constantes que dão à situação um quadro de referência. Essas constantes dizem respeito à improvisação psicodramática e suas leis, aos efeitos da representação e à dinâmica do grupo.

A improvisação dramática e as suas leis

Numa sessão, o paciente, o constelado, realiza uma ação, “um drama”. O tema é tirado da realidade ou da experiência cotidiana.

Quando o tema é inspirado num tema já conhecido, a escolha feita pela cliente mostra que, desde o início, um certo atrativo existe, correspondente a seus desejos e fantasmas.

Ao contrário, quando o tema se refere a uma experiência passada, ou presente – a situação familiar, por exemplo - o acento é posto sobre a representação e a repetição. Trata-se de um ato passado, já realizado, que o constelado revive na cena psicodramática. Portanto, podia ser feita uma oposição entre temas imaginários, ligado aos desejos infantis, e temas realistas, ligados ao passado do cliente. Mas esta distinção é artificial, porquanto toda a ação virtual, realizada graças ao psicodrama, é marcada pelas ações passadas, e a representação psicodramática não se pode desligar completamente da história do constelado, nem do seu poder de motivação.

De um modo inverso, quando o cliente acredita estar a repetir uma situação, efetivamente vivida, esta repetição, fora do seu contexto natural, marca com um traço artificial a repetição da conduta.

A representação é sempre uma criação, suspensão parcial do tempo, parêntesis no encadeamento natural do comportamento.

Esta ambiguidade encontra-se no âmago do psicodrama, neste caso, a sessão de constelação. Ela põe, na realidade, o duplo problema das relações entre o constelar (o psicodrama) e a representação, entre o constelar (o psicodrama) e a vida real.

Texto adaptado do livro “O psicodrama Infantil”¨, de Daniel Widlocher. Editora Vozes, 1970.


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