As crenças limitantes são opiniões e pensamentos que aceitamos como verdade. E por terem efeito negativo em nossas vidas, elas brecam a nossa capacidade de crescimento pessoal e profissional. Essas crenças acabam prejudicando o nosso dia a dia porque se tornam verdades absolutas em nossas vidas.
E por isso, muitas vezes desistimos facilmente de realizar algum sonho ou nem chegamos a tentar, por conta das crenças limitantes. As crenças limitantes se caracterizam por terem cunho negativo, o que nos leva a desacreditar da possibilidade de alcançar os nossos objetivos.
Veja alguns exemplos abaixo:
“Não importa o quanto eu trabalhe, nunca vou conseguir juntar dinheiro”
“Não consigo aprender a fazer isto, não tem jeito”
“Nunca serei bom o suficiente para alcançar meus sonhos”
“Não posso/consigo fazer isto”
“Eu não mereço ganhar isto”
As pessoas que alimentam crenças limitantes vivem num ciclo sem fim que gira em três etapas: começar a fazer, terminar antes de começar, arrepender-se e tentar novamente ou desistir de vez. Todas as crenças citadas acima têm as mesmas características: cunho negativo, sensação de impotência e desvalorização pessoal/profissional.
As crenças limitantes que criamos ao longo das experiências em nossas vidas podem destruir a nossa liberdade e nos prejudicar em todos os âmbitos da vida.
No livro OS 4 COMPROMISSOS – UM GUIA PRÁTICO PARA A LIBERDADE PESSOAL, o autor traz um guia para transformarmos essas crenças limitantes.
Para o autor do livro, a única liberdade é a liberdade interior, é aquilo que pensamos e que reflete no que queremos e no que somos. O problema é que, ao longo da vida, vamos nos inferiorizando e criando dentro de nós limitações, que temos como verdades absolutas.
Assim, em vez de usarmos nossas experiências para impulsionar o nosso crescimento, acabamos utilizando-as para nos limitar por conta do que pensamos ou do que outras pessoas nos disseram.
A filosofia Tolteca (Povo Antigo do México) formulou um passo a passo, que ensina as pessoas a viverem sem serem influenciadas por crenças e culturas que podem limitar os seus potenciais de crescimento.
Em “Os 4 Compromissos”, Don Miguel Ruiz lista esse passo a passo da filosofia tolteca. Confira abaixo quais são os compromissos que devemos assumir para sermos, de fato, livres:
1. Seja impecável com a sua palavra!
O primeiro compromisso é ser impecável com a palavra, ou seja, ser autêntico, sincero e dizer sempre a verdade, defendendo o que acha certo. Esta é uma atitude de coragem em um mundo em que se valorizam as aparências. Os toltecas ressaltavam a importância da palavra na vida do ser humano. Para eles, a palavra nos aproxima de Deus.
Quando falamos, estamos criando e materializando os nossos pensamentos.
Dependendo de como é usada, ela pode libertá-lo ou escravizá-lo mais do que imagina. E pela lei da ação e reação, os resultados podem ser benéficos ou maléficos.
Nesse sentido, a palavra tem uma força estrondosa em nossa vida, ela é capaz de construir e descontruir sonhos, de nos limitar e de nos fazer crescer. Por isso, o ato de ser impecável com a palavra significa assumir nossos pensamentos, nos responsabilizar por nossos atos.
Ser impecável com a própria palavra é empregar corretamente a sua energia; é usá-la na direção da verdade e do amor por você. Se você se compromissar a ser impecável com sua palavra, basta essa intenção para que a verdade se manifeste por seu intermédio e limpe todo o veneno emocional que existe em seu interior.
Imagine só o que você pode criar com a impecabilidade da palavra. Pode transcender o sonho do medo e viver uma vida diferente.
2. Não leve nada para o lado o pessoal
O segundo compromisso é não levar nada para o lado pessoal, ou seja, não levar em conta nenhum comentário, ofensa ou ação dirigido a você, sem antes fazer uma análise profunda. Ao se ofender com uma crítica destrutiva, por exemplo, você inconscientemente esta assimilando um pensamento negativo.
Pessoas que usam da ofensa estão olhando para outras pessoas através de um espelho e atribuindo a outras, erros que elas mesmas cometeram. Por isso, é preciso deixar as ofensas de lado, calando a voz das críticas destrutivas.
Mesmo quando uma situação parece pessoal, mesmo que os outros o insultem diretamente, não tem nada a ver com você, o que dizem, o que fazem e as opiniões que emitem estão de acordo com os compromissos que as pessoas possuem em suas mentes.
O ponto de vista deles provém de toda a programação que receberam ao longo de sua vida.
Você aceita o lixo emocional deles, que passa a ser o seu. Mas se você ignorar tais comentários, estará imune, mesmo no meio do inferno. Imunidade ao veneno no meio do inferno é a dádiva desse compromisso.
É preciso aprender a mudar nossas percepções, de forma que não levemos nada para o lado pessoal. Ao responder uma ofensa, você reagirá a uma ação expondo seus pensamentos como forma de defesa e isso é um grande gerador de conflitos. E entrar em conflitos, pelos motivos errados, como este, é um grande erro.
Se você conseguir criar um bloqueio contra ofensas e críticas destrutivas, você poupará muita energia e evitará vários aborrecimentos. Assim, sentimentos negativos como o ciúme, a inveja, a ira, a avareza, entre outros não irão lhe atingir.
3. Não tire conclusões
O terceiro compromisso é não tirar conclusões, ou seja, evitar colocar um ponto final ou ter verdades absolutas. Para estes filósofos, o conhecimento não tem fim e deve ser sempre revisto e alterado com a aquisição de novas experiências.
Temos a tendência a tirar conclusões sobre tudo. Presumir. O problema é que acreditamos que elas são verdadeiras. Poderíamos jurar que são reais. Tiramos conclusões sobre o que os outros estão fazendo e pensando — levamos para o lado pessoal — então os culpamos e reagimos enviando veneno emocional com nossa palavra.
Por isso, sempre que fazemos presunções, estamos pedindo problemas. Tiramos uma conclusão, entendemos errado, levamos isso para o lado pessoal e acabamos criando um grande conflito, do nada.
As pessoas sentem uma grande necessidade de tirar conclusões sobre tudo. E isso ocorre porque precisamos classificar as coisas que nos acontecem. O problema é que assumimos várias “verdades” que só existem em nossas cabeças. E, baseados nessas falsas conclusões, julgamos e culpamos a nós mesmos e a outras pessoas.
A forma de evitar tirar conclusões é fazer perguntas. Se você não compreende, pergunte. Tenha a coragem de perguntar até que as coisas fiquem tão claras quanto possível, e, mesmo assim, nunca imagine que sabe tudo o que há para saber numa determinada situação. Uma vez ouvida a resposta, não terá de tirar conclusões, porque saberá a verdade.
Da mesma forma, prepare-se para perguntar o que quiser saber. Todos têm o direito de responder sim ou não, mas você também tem o direito de perguntar. Se não compreende alguma coisa, é melhor perguntar e saber do que tirar
qualquer conclusão. No dia em que você parar de presumir, irá se comunicar com clareza e pureza, livre de veneno emocional. Sem tirar conclusões, sua palavra se torna impecável.
Com clareza de comunicação, todos os seus relacionamentos irão mudar. Não será necessário tirar conclusões, porque tudo se tornará claro. Se nos comunicarmos sempre assim, nossa palavra se tornará impecável. Se todos os humanos pudessem se comunicar com a impecabilidade da palavra, não existiriam guerras, violência ou mal-entendidos. Todos os problemas humanos poderiam ser resolvidos se tivéssemos uma comunicação boa e clara.
4. Dê o seu melhor!
Sob qualquer circunstância, sempre faça o melhor possível, nem mais nem menos. Porém, tenha em mente que o seu “melhor” nunca será o mesmo de um instante para outro. Tudo está vivo e mudando o tempo todo; portanto, fazer o
melhor, algumas vezes pode produzir alta qualidade e outras vezes não será tão bom.
Dar o melhor, significa fazer o máximo que conseguimos e nos dedicarmos a tudo o que fazemos. Assim, você pode realizar ações e colher seus resultados de acordo com o seu merecimento. Ao aplicar os outros três compromissos na sua vida, o seu melhor sofrerá alterações, a sua capacidade de atingir níveis mais avançados se expandirá.
Dando o melhor de si, você vai viver intensamente sua vida. Será produtivo, será bom para você mesmo, porque irá se doar à sua família, à sua comunidade, a todos. Mas é a ação que irá fazê-lo sentir a mais intensa felicidade. Quando você sempre faz o melhor, pode assumir a ação. Fazer o melhor é assumir a ação, porque você ama isso, não porque espera uma recompensa.
A maioria das pessoas faz exatamente o oposto: só age quando espera uma recompensa e não aprecia a ação. E esse é o motivo por que não fazem o melhor.
O melhor só é obtido quando há equilíbrio. Quer exemplos? Vamos lá! Quando ultrapassamos os nossos limites para realizar uma ação, não estamos dando o nosso melhor, porque ficamos cansados, esgotamos a energia do nosso corpo e da nossa mente. E se sentimos que não estamos nos dedicando o quanto sabemos que podemos conseguir, também não estamos dando o nosso melhor, porque estamos emitindo julgamento e culpabilizando a nós mesmos.
Quando você faz o melhor que pode, aprende a aceitar a si mesmo. Mas é preciso estar atento e aprender com os erros. Isso significa praticar, observar com honestidade os resultados e continuar praticando. Isso aumenta sua consciência.
É possível transformar os padrões comportamentais que possuímos e as crenças limitantes que tanto nos prejudicam. O primeiro passo é tornar-se consciente dessas crenças na própria mente. Você precisa entender que as tem. Reconhecer tudo isso que ocorre dentro de você. Apenas com essa consciência você tem a possibilidade de transformar essas dificuldades e melhorar sua vida.
Se você tem a consciência de que todo o drama de sua vida é o resultado do que você acredita, e o que acredita não é absolutamente real, então pode começar a mudar tudo. Entretanto, para mudar de verdade suas crenças, você precisa focalizar sua atenção sobre o que deseja transformar. Precisa saber que compromissos quer mudar, antes de mudá-los.
Portanto, o próximo passo é desenvolver a consciência sobre todas as crenças autolimitantes e baseadas no medo, que o tornam infeliz. Faça um inventário de tudo em que acredita, todos os seus compromissos, e por meio desse processo inicie a transformação. Isso é a Arte da Transformação, um campo inteiro de domínio. Você adquire o Domínio da Transformação alterando os compromissos baseados no medo, que o fazem sofrer, e reprogramando sua mente. Uma das formas de fazer isso é explorar e adotar crenças alternativas, como os Quatro Compromissos.
Se usarmos os fundamentos desta obra, aliada às terapias sistêmicas como a Constelação Sistêmica ou o Renascimento Sistêmico, potencializaremos os resultados de cura, pois os quatro compromissos tornam-se tarefas que podemos implementar na nossa rotina diária, para realizar aquilo que o Terapeuta identificou nas sessões como necessário, para sairmos do vitimismo e olharmos para nosso corpo de dor sob um viés neutro, de observador.
Se você percebe que tem crenças que o impedem de conseguir seus objetivos, que tal usar este conteúdo para transformar sua vida!?