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CRIANÇAS ESPECIAIS

CRIANÇAS ESPECIAIS
OLINDA GUEDES
fev. 25 - 3 min de leitura
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Então, ainda há pouco, eu dirigia.

Voltava do hospital para casa, fui levar a Nina numa emergência devido a uma crise convulsiva - estado de mal epilético, ficou aproximadamente meia hora em crise. Só saiu após medicação, graças a Deus.

No caminho de volta para casa, passou como um flash nossos quase cinco anos de luta.  Nina é um bebê prematuro extremo.  Vinte e quatro semanas, pouco mais de seiscentos gramas e muita vontade de viver.  Lutamos, lutamos e lutamos.

Enquanto as mães iam com seus filhos fazer book, que é uma coisa muito natural, maravilhosa da vida incrível dos bebês e das famílias, eu levava Nina em clínicas, médicos, especialistas.  Máquinas, radiografias, eletro, ressonâncias, tudo era uma rotina para nós.  Rotina difícil, desafiante. Fiquei tantas vezes extenuada que pensava: "Deus, dai-me forças!".  

Ainda fico, mas agora já agradeço a Deus pela força. Sei que Ele me ampara.

Nina ficou três longos e maravilhosos anos sem convulsionar. Teve outras situações, hidrocefalia, troca de válvula (craniotomia), internação por infecção importante (até hoje não sabemos o foco). Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicomotricidade Aquática, Musicoterapia, Equoterapia. 

A vida vai seguindo.

Ela ainda usa fraldas.  Seu cérebro não tem controle sobre o lado esquerdo. Tem agenesia do corpo caloso. Então, as únicas sandálias que servem são aquelas dos meninos, tipo franciscana. A gente chama a órtese do pezinho esquerdo de botinha. Tentamos o desenho de um cavalinho, mas nem parece. 

Claro que eu adoraria que minha filhinha fosse na aula de balé, como todas as outras crianças dessa idade.  Sapatilhas cor de rosa, sandálias lindas...   

Dói o coração, sim!

Coisa rara na pandemia, mas esses dias estiveram algumas crianças aqui e um garotinho um pouco mais velho, ali por sete ou oito anos, ao perceber que a Nina babava, se afastou e se chateou totalmente, fez uma cara de nojo, fez alguns comentários que partiram meu coração.  Sim, ele é apenas uma criança. Mas, Nina não escolheu esse destino. 

Ela apenas toma a vida todos os dias.

Pensei nos antepassados, nos nossos. Há assassinatos, homicídios.   Orei por todos, pela paz, que se faça a paz, que tudo cesse. Que o amor traga de volta a paz. Agora eu sei. Amém.

Ops!  Estou cá, contando histórias.

Mas o que gostaria de dizer é apenas que...

...a vida vai para diante e que o nosso amor, quanto maior for, mais abençoa nossos filhos. Coloquemos diante de Deus nosso pedido sincero de milagres. Deus ouve a prece do coração de seus filhos.  Creio, experiencio isto.

Tudo ajuda, Constelações, os princípios sistêmicos me mantem em pé e com fé.  Tenho certeza de que já temos tantas vitórias e Deus vai completar este milagre em nossa vida.  Temos especialistas incríveis, e nosso bom Deus opera por meio deles também.

Agora, estimada aluna, respondendo finalmente, suas perguntas:

Creio que as convulsões tenham sim, total vinculação com memórias transgeracionais.

"Sintoma: Convulsões

Dinâmica Sistêmica: Memórias traumáticas transgeracionais de vida e morte, vítima de assassinato." (1)

Nosso amor, estimada aluna, há de abençoar nossos filhos. Eles haverão de testemunhar os milagres. O amor sempre traz de volta.

Um abraço de mãe para mãe e de professora para uma estimada aluna.

Olinda Guedes

 

 

 

 


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