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Defeito ou hábito que causa danos?

Defeito ou hábito que causa danos?
Simone Belkis
nov. 21 - 5 min de leitura
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Nas minhas andanças emocionais, acabei de aprender mais uma. Eu não tenho defeitos, tenho hábitos que causam danos. Primeiro, depois de muita resistência (eu juro que não sabia... Hehe.), comecei a admitir uma certa pitada de arrogância, uma prepotenciazinha de leve, uns bocadinhos de preconceito. Nada demais!!!! Afinal, ter defeitos é tão normal, né?

Mas, se você quer realmente ser alguém melhor, precisa olhar para si mesmo, e parar de refletir-se no espelho que é o outro. Então, finalmente eu entendi. Pessoas que me são muito caras me mostraram com suas atitudes e das mais variadas maneiras, o quanto EU sou arrogante, prepotente, preconceituosa, medrosa, intolerante, babaca até!!!

E como me senti?? Aliviada, pois isso só se tornou possível porque começo (depois de muita terapia) a ter bons sentimentos. Não que eu seja uma pessoa do mal, eu sou legal. Mas, se não começamos a encarar nossos defeitos, que realmente são hábitos que nos fazem muito mal, o "ser legal" acaba se perdendo.

Eu, por exemplo, terminei por descobrir que meus defeitos eram auto-sabotantes (essa palavra existe?), que eu me ferrava toda, só para agradar aos outros. Enquanto que há outras pessoas que ferram aos outros, só para se agradarem. Mas, isso no fim dá na mesma, o motivo é um só!!!

Mas, afinal, do que estou falando? Eu entendi que os defeitos que temos, nada mais são que expressões de desamor. O amor que não recebemos, o amor que não doamos.

Na Numerologia existe um conceito de Luz e Sombra, os números em si são considerados neutros, nem bons e nem maus, porém manifestam sombras como o excesso de suas qualidades, quando algo que é bom passa do limite e se torna um defeito ou hábito que causa dano. Um exemplo, liderança que vira autoritarismo. Esse conceito é baseado na teoria das frequências vibratórias, e se você considerar uma escala de zero a dez, onde zero é o máximo de desamor e dez, o máximo de amor, poderemos entender que oscilamos entre essas classificações. Porque ninguém é mau ou bom 100% de seu tempo.

O fato é que nossos defeitos são pequenos (ou imensos) hábitos que criamos inconscientemente para compensar nossas carências. E, dependendo do nosso contexto pessoal, seremos colecionadores de relacionamentos onde nos machucamos ou machucamos alguém. É impossível vibrar negativamente quando se está feliz, quando existe senso de valor ou o chamado amor  próprio. Não existe sombra que não sucumba a um pouquinho de luz.

Mas, você pode estar se perguntando: como é que eu percebi isso? No meu processo terapêutico, estou trabalhando traumas em diversos níveis. Quando temos um transtorno que causa o desequilíbrio do SNS (Sistema Nervoso Simpático), que é afetado pelo congelamento dos músculos quando o organismo entra permanentemente em estado de alerta (e o nome disso é TEPT, ou Transtorno de Estresse Pós-Traumático), não apenas os músculos enrijecem, como também os padrões de pensamento e as emoções, (falei um pouco sobre isso no texto "Transtorno de Ansiedade - A porta de entrada do Medo")*. E se você tem músculos, emoções e pensamentos "congelados", o que você vive na realidade é um padrão quase fixo dentro da escala entre 0 e 10. Você não tem controle real sobre seus pensamentos, como a mídia gosta de divulgar por aí com sua tese de pensamento positivo (mas isso é tema para outro artigo). De fato, você apenas repete padrões, que aliás é o modo de criarmos hábitos. E se vibramos em frequências baixas com pensamentos e emoções negativos (leia-se: de medos), só podemos criar hábitos que causam danos.

No processo da terapia, aos poucos fui mudando, sentindo-me diferente. E não foi por uma decisão consciente. Mas, apenas o resultado do fato de estar trabalhando com frequências vibracionais e lidando com memórias traumáticas,  que me fizeram perceber que o desamor que me foi imposto pelas circunstâncias do ambiente em que cresci (levando-se em consideração que desenvolvi o TEPT na primeira infância), era a causa dos meus defeitos ou hábitos que causam danos. 

Para resumir, costumamos classificar o defeito como algo ruim (e é mesmo), mas olhando-o de forma pejorativa, não nos damos a chance de compreender que ter defeitos não é uma fatalidade do destino, mas apenas a entrega involuntária ao medo. E quando  percebe que seus defeitos refletem falhas na construção de seu amor próprio, você pode criar um espaço de respeito por si mesmo e um desejo genuíno de se tornar perfeito, trabalho eterno, diga-se de passagem, mas que vale o sacrifício.

Transtorno de Ansiedade - A porta de entrada do Medo:

https://sabersistemico.com.br/manage.app#!/content/articles/5d54163da89cd115ae04058b


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