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Dinâmicas Sistêmicas – Traumas e Origens de Algumas Patologias

Dinâmicas Sistêmicas – Traumas e Origens de Algumas Patologias
Carla Duran
nov. 17 - 9 min de leitura
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O Livro Renascer - um processo de amor, traz em seu conteúdo duas temáticas: a técnica de renascimento e algumas dinâmicas sistêmicas e origens de alguns traumas e patologias.

Neste post trago algumas informações do autor sobre a origem de alguns traumas e e os possíveis sintomas.

  • Aborto:

A criança que sobrevive ao aborto, mesmo que seja apenas em pensamento, tende a viver como se uma ameaça constante estivesse presente em sua vida, além do medo, culpa, rejeição. O indivíduo precisa de permissão e autorização para viver e essa permissão vem da concepção até os seis primeiros meses de vida. Mesmo que a gestação tenha sido traumática, se a fase de nascimento e amamentação da criança for suprida com cuidados e amor o trauma possivelmente será dissipado.

  • Claustrofobia:

Pode estar relacionado a memórias de traumas do nascimento, aonde o feto queria nascer e o colo do útero da mãe estava fechado.

  • Distúrbios da sexualidade:

Estão relacionados a traumas causados durante o nascimento devido a falta de cuidados apropriados no primeiro contato com o mundo fora do útero e no período da amamentação.

Pessoas com esses traumas tornam-se insatisfeitas e são capazes de ter incontáveis relações sexuais sem vivenciar o orgasmo.

Desenvolvem hipersexualidade, compulsão sexual, além de poder desenvolver alcoolismo, compulsão por masturbação, suicídio, gagueira, neurose obsessivo-compulsivo.

Para sentir prazer também podem desenvolver distúrbio sadomasoquista.

Predispõem da tendência a viver relações abusivas e são movidas por um sentimento extremo de autoafirmação.

Crimes envolvendo maníacos sexuais, estupros, sadismo, necrofilia e assassinatos violentos seguidos de estupro também estão relacionados a traumas do nascimento e a vítima é simbolizada pela mãe do agressor. Transtornos emocionais causados pelo estupro encontram explicação no fato de trazer de volta traumas do nascimento arquivados na memória, tanto da vítima quanto do agressor.

O autor não exime a culpa do agressor, só traz uma reflexão para a origem do comportamento. Em nenhum momento o intuito é retirar ou eximir a culpa de quem agride.

  • Enjoos marítimos e aéreos:

Pode estar relacionado ao trauma do contato que a criança teve com os resíduos no nascimento (liquido fetal, fezes, urina, muco, sangue).

  • Enxaqueca:

Indivíduos com enxaqueca revivem na memória inconsciente a cena do nascimento com todas as sensações que envolvem o sofrimento, pressão na cabeça, náusea e desarranjo intestinal. A enxaqueca é um sintoma que manifesta o desejo de terminar uma fase interrompida.

Pessoas com tendências homossexuais tendem a sofrer enxaquecas por temerem ser rejeitadas pelo meio social e sentem a pressão familiar. Com a terapia de renascimento esses traumas são dissolvidos e essas pessoas passam a se aceitar como são e tornam-se mais fáceis de se entregar aos relacionamentos afetivos, além de ganharem liberdade e autonomia.

Em momento algum o autor aborda a técnica de renascimento com a finalidade de "curar a homossexualidade" e este tampouco é o objetivo da terapia. Busca-se contribuir para que o indivíduo, através da terapia de renascimento, possa melhorar a sua qualidade de vida. Reitera-se que cada ser humano é único e que a sua construção de vida deve ser respeitada, inclusive as suas escolhas.

  • Medo de engravidar:

Durante a gravidez, homem e mulher revivem as suas próprias gestações. Renascem junto, cuidando do filho e repetem inconscientemente aspectos de sua própria infância (amor, carinho, desaprovação).

A gravidez é um ato de amor e de sucessivas recordações. A maioria dessas memórias vem carregadas de imagens, sensações, dor e sofrimento que fazem com que a mulher tenha medo e evite a gravidez, além da cultura social de sempre interferir nas decisões dela.

Os métodos contraceptivos podem representar essa fuga, o medo de reviver esses traumas.

Esse medo pode levar a mulher a ter dificuldades no orgasmo e ao homem o sentimento de rejeição. O medo de engravidar é tão impactante para a mulher que pode afetar o seu ciclo menstrual, tensão pré-menstrual, e desencadear outros sintomas. O medo de engravidar, mesmo com a mulher já tendo filhos, também afeta na forma como os pais se relacionam com os filhos, ou tendem a ser superprotetores ou ainda extremamente agressivos.

  • Parto:

Muitos traumas advêm das impressões ocorridas no parto, desde a forma/tipo do parto, o toque do médico, além dos estímulos luminosos e auditivos dos hospitais.

Por exemplo, pessoas intratáveis, que não se dão bem com ninguém, que sempre se frustram nas tentativas de encontrar felicidade e cujos casos amorosos são sempre um fracasso, que são tensas, mal-humoradas, negativistas, provavelmente tiveram partos traumáticos onde foram arrancados de forma cruel de dentro do útero, ou de forma violenta por fórceps ou as mães sofreram violência obstétrica.

A pessoa nascida através de cesárea pode passar a vida se preocupando com os outros sem se preocupar consigo mesmas pelo fato da vida da mãe ter estado em risco, por isso o parto de risco menor.

Podem desenvolver simbioses amorosas patológicas onde ou cuidam em excesso ou precisam ser cuidadas pelo parceiro.

Do ponto de vista psicológico o parto normal é o mais indicado e melhor para a criança pois o seu desenvolvimento físico e mental é mais rápido e harmonioso e a recuperação da mãe tende a ser mais tranquila, além de liberar naturalmente adrenalina e corticoides que fortalecem o aparelho respiratório da criança e contribuem para um melhor preparo para a vida, já que participou ativamente do seu nascimento, ou seja, lutou pela vida.

Já a cesárea pode gerar um padrão de comportamento de acomodação na criança, além de efeitos da anestesia que causam amortecimento de forma que na fase adulta deixem o indivíduo confuso, indeciso, sem concluir seus projetos. Outro fator traumático da cesárea é que os indivíduos tendem a ser tensos e a temer a aproximação das outras pessoas, tendendo a viverem na expectativa que o mundo resolva as questões por eles.

  • Problemas de ouvido, garganta, sinusites, visão deficiente, tensão crônica nas pernas e no corpo, doenças respiratórias e de pele, entre outras:

Estão relacionadas à traumas do ciclo gestação-parto, especialmente no 1º estagio que a vida é intrauterina. Mães tensas e ansiosas que mantém o mesmo ritmo de vida na gestação tendem a submeter o bebê a esses estímulos negativos e a incidência desses sintomas.

  • Problemas com a inibição da sexualidade:

Podem estar relacionados a abortos anteriores sofridos pela mãe, negação da sexualidade da criança pelos pais (a preferência pelo sexo do bebê).

Quando as queixas são das mulheres, geralmente os parceiros sofrem de impotência sexual ou ejaculação precoce. Quando são os homens que reclamam, as mulheres apresentam a indisponibilidade para manter a relação sexual.

Também apresentam enxaquecas crônicas, sentem-se deprimidos, tensos, mal-amados, rejeitados, com baixa autoestima e desentendem com o mundo.

  • Rejeição ao sexo do bebê:

Culturalmente, o filho primogênito deveria ser do sexo masculino já que significava a continuidade da linhagem e a prosperidade da família. Quando nasciam meninas, estas eram rejeitadas, recaindo sobre elas a derrota familiar. Hoje isto ainda acontece, mesmo que inconsciente e sutilmente quando o sexo do bebê não é o mesmo preferido pelos pais, sendo menino ou menina.

Essa rejeição, mesmo que inconsciente, gera danos no psiquismo da criança, podendo manifestar-se inclusive em futuras gerações e, enquanto não identificado e curado, o dano tenderá a aumentar. Esses traumas podem justificar algumas tendências ao homossexualismo, rejeição, disfunções sexuais, tendências suicidas, sensação e sentimento de desajuste.

  • Síndrome do pânico:

Pode estar relacionado a soma de vários traumas revividos ao mesmo tempo.

  • Suicida não violento:

Indivíduos com tendência suicida, no caso os não violentos (aqueles que não agridem as pessoas e nem atentam contra a vida dos demais mas depois cometem o suicídio), podem ter sido bebês que lutaram desesperadamente para evitar passar pelo estreito canal. Este tipo de suicida manifesta o desejo de não existir, de dormir e não acordar nunca mais.

  • Vida intrauterina:

Uma vida tranquila do feto dentro do útero da mãe proporciona ao indivíduo conhecer o sentimento de unidade cósmica. Quando os pais se amam de verdade o bebe participa dessa emoção, recebe todos os benefícios dessa troca de amor. O contrário poderá deixar o indivíduo sempre com a sensação de desencontro, terror e medo. Esses traumas podem refletir no indivíduo em muitos aspectos da sua vida, inclusive na vida sexual.

Recomendo a leitura da obra já que é um guia para todo terapeuta, juntamente com a obra da Olinda Guedes - A verdade sobre o sofrimento humano, dado que ambas se complementam e auxiliam muito no campo da investigação e leitura dos processos terapêuticos.

"E conhecereis a verdade e ela vos libertará..."

Bom estudo a todos!


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