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Do que devo tomar consciência na vida?

Do que devo tomar consciência na vida?
Abjan Gomes/ Wallace Gomes
dez. 31 - 6 min de leitura
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Do que eu preciso tomar ciência na minha vida? E para que vivo?

Como uso minha energia para exalar vida?

Como ter uma percepção de relacionamento com o universo?

Como alinhar minha vida para tornar-me receptador do que quero do universo (sonhos)?

Buscando compreender esse processo, fazendo uma reflexão a partir das ciências, a divisão da mente. Em seu livro "O Ego e o Id" escrito por  Freud em 1923, ele expôs uma divisão da mente humana em três partes como veremos a seguir sua divisão:

1) O ego que se identifica à nossa consciência; a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente.

2) O superego, que seria a nossa consciência moral, ou seja, os princípios sociais e as proibições que nos são inculcadas nos primeiros anos de vida e que nos acompanham de forma inconsciente a vida inteira; Sendo  a parte moral da psique e representa os valores da sociedade

3) O id, isto é, os impulsos múltiplos da libido, dirigidos sempre para o prazer. O id seria a fonte da energia psíquica.

Em alemães os três termos são conhecidos e usados por Freud, como:"Ich", "Es" e "Überich", sendo sua tradução: eu, isso e supereu.

A concepção que algumas pessoas tem sobre libido, é pequena, isso restringe a sua amplitude de compreensão, quando Freud fala sobre libido como comando da psique.

Freud definiu libido como aquela energia que provém das pulsões ou instintos e que afeta nosso comportamento, direcionando-o, sendo possível afirmar isso diante de dois tipos de pulsões afirmada por ele: pulsão de vida e pulsão de morte.

Como seria essa pulsão?

A pulsão da vida se referia a todos aqueles impulsos que têm a ver com sentimentos ou nossas emoções. Como as  que nos convidam a nos apaixonarmos a reproduzirmos, a nos conectarmos com outras pessoas. Freud disse que isso poderia estar associado ao que ele definiu como “Ego” e “Id”.

E a pulsão de morte entendida como aquele que se opõe à vida ou que implica algum desgaste para a mesma. Nessa está inserida padrões de repetições, onde sempre vivemos o que nos prejudica.

Para Freud a libido não era apenas um desejo por obter prazer sexual, mas esse prazer estava implícito em outras áreas de nossas vidas, como aos sonhos e projetos de vida.

Assim sendo, a libido vai além do ato sexual, está intrinsecamente ligada, e permeia todos os nossos desejos, onde o mesmo campo que flui desejo para coisas boas, flui também coisas ruis, o que faz a diferença, seria a inclinação do desejo.  

Como alinhar a inclinação desse desejo para as coisas que nos fortaleça?

Para Freud a libido é uma especulação teórica, de valor apenas heurístico, ou seja, útil para explicar determinados fatos psíquicos, então a sexualidade não é a libido, assim a libido seria para Freud uma suposta energia psíquica

Surgiu assim, JUNG com uma amplitude de olhar. Uma visão com uma extensão de definições, para a energia que move a todos nós, e permeia todos os nossos desejos, tantos os bons, quantos os maus, tantos os desejos que permite prazer, quanto dor.

Para JUNG, 2002, a libido é uma energia que não se restringe apenas ao campo sexual, ela engloba todos os aspectos da vida, que se estende desde a fome, o sexo, emoções, e outros, manifestando-se através de esforços, desejos e determinações conscientes que levem em consideração a vontade do indivíduo.

Envolvendo- o em todos os momentos, chegar a dominar o homem, e impulsionar a realização de ações. Carl Gustav Jung, olhar para a libido com uma visão no campo mais amplo, deixando de ser apena energia sexual para a energia vital à vida humana.

Assim podemos visualizar como uma árvore que vai desenvolvendo seus ramos por toda parte. Para alguns estudiosos, o que sugeriu a Freud adotar esse conceito foi o conjunto de fatores que possibilitou esse olhar para o libido.

É certo que não podemos medir essa energia, entretanto podemos observá-la em sua expressão. Identificando- as em nossas atitudes, ou melhor, na prática de nossas ações, quando nos voltamos para a realização de alguma ação, tarefa e pensamentos, estamos utilizando e direcionando energia.

Aqui, estamos falando de energia direcionada para a tarefa que estamos executando, com isso não afirmo que as outras área estão sem energia, mas sim que a nossa maior conexão está centralizada no que estamos praticando no momento.

Para buscar resposta para sua afirmação, JUNG discorre sobre a libido como energia psíquica, falando do princípio da equivalência.

Por meio do princípio da equivalência, afirma-se que nada diminui ou desaparece, apenas se transfere. A perda de interesse num ponto faz surgir esse interesse noutro, e para fortalecer mais esse ideal, voltou o olhar para o princípio da entropia, dito que, no aparelho psíquico, tudo visa a busca do equilíbrio.

Partindo dessa premissa, o conteúdo que tiver maior valor irá promover trocas com conteúdos de menor valor energético. E como podemos identificar isso? Assim, quando verificamos uma atitude valorizando por demais um lado, uma característica da Psique. 

Logo, se ignoro partes do meu inconsciente, ele irá reivindicar certa quantidade de energia da consciência afim de promover o equilíbrio. Também é possível revelar isso em uma atitude de alguns fanáticos, que começam a deixar visíveis características de seu ceticismo (JUNG, 2002).

No movimento de progressão, permitir que o indivíduo tenha relações com o mundo que o rodeia afim de promover uma harmonia entre eu e o outro, atua no sentido de uma adaptação ao meio externo.

Já no movimento de regressão promoverá esta harmonia entre o indivíduo com ele mesmo, ocorre então uma adaptação ao meio interno (JUNG, 2002). E as duas visam o desenvolvimento do indivíduo como um todo.

Assim penso ser possível criar uma energia, para uma tomada de consciência e prática de atitudes de mudanças, para atrair, proporcionar e promover coisas boas para minha vida e todo meu entorno  

Descobrindo assim, uma maneira de relacionar- me com o universo, tornando- me receptor desse universo para o realizar de sua boa obra em mim.


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