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É dando que se recebe?

É dando que se recebe?
Simone Belkis
out. 3 - 4 min de leitura
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É, é dando que se recebe sim. Quanto a isso não há o que questionar, afinal as escrituras dizem que nós amamos a Deus porque ele nos amou primeiro (até porque ele é Deus e é o único em condições de fazer isso plenamente). E também porque tem uma Lei Universal que nos prova isso todos os dias.

Então, por que a pergunta? Minha dúvida vem da qualidade do que andamos dando por aí. Eu recebi no meu whatsapp a seguinte frase: "Cada um dá o que tem no coração e cada um recebe com o coração que tem". E como nada é por acaso nessa minha vida (e nem na sua), eu estou mesmo lidando com essa questão, o que eu tenho dado? E como tenho recebido? O que tenho no coração?

Posso dizer que no meu coração existe um misto de sentimentos nobres e pobres (ou podres). Temos corações cheios de mágoa, ressentimentos, dós e penas sem fim, mas também os temos cheios de esperança, doçura, boa vontade. Isso é o ser humano, aí vem na cabeça a lenda dos dois lobos, o bom e o mal e a quem alimentamos todos os dias. Essa é a questão! A quem estamos alimentando todos os dias? Com notícias negativas, gente morrendo, gente fazendo o mal e também com boas notícias, gente nascendo e gente fazendo o bem.

Ou seja, temos os dois no coração, o bem e mal. Mas, não podemos resumir isso apenas com 2 conceitos, até porque o homem nem foi capaz ainda de defini-los de forma absoluta. Então, quem somos nós para julgar algo que nem sabemos ao certo o que é? Afinal, por que os lobos precisam ser uma ou outra coisa? Onde essas duas coisas se encontram e acham um equilíbrio?

Eu penso que o equilíbrio está no conceito de que o mal é a ausência do bem, do mesmo jeito que escuridão é só falta de luz, até porque um simples fósforo pode aplacar o escuro, não é mesmo?

Bom, o que quero dizer com tudo isso de verdade? 

Quero dizer que é muito difícil dar. Quando somos imaturos é muito difícil dar algo bom, assim como quando somos maduros nos é impossível dar algo de mal. O "grande problema" que eu vejo aí é que a Lei citada no começo da conversa é implacável, você recebe o que dá e não tem conversa. Então, resta-nos questionar: - O que eu estou dando? O que estou recebendo? E o que eu quero dar? E o que quero receber?

Nosso livre-arbítrio só chega até aí, podemos nos esforçar muito para darmos o bem e ao final recebê-lo ou podemos avacalhar com tudo e sermos naturalmente avacalhados (e às vezes antes do final, hehe). Só que essas escolhas não são tão simples de fazer como jogar uma moeda de cara ou coroa, e torcer para que caia a escolhida.

Dar implica em se fazer melhor, em crescer como ser humano, em aprender a obedecer as leis que são não- negociáveis. E receber, por incrível que pareça, exige o mesmo. E é difícil fazer isso, não só porque somos imperfeitos, mas também porque desconhecemos o verdadeiro sentido das coisas.

Mas, tem que ser assim. Como dizem por aí: - Deus sabe o que faz (eu gosto de chamar a Consciência de Deus, não deixei que esse conceito se poluísse na minha mente, mas você pode chamar como quiser). 

Então o que resta? Acenda o seu "simples" fósforo e siga adiante. Sem julgamentos, mas com consciência. Porque a Lei está de olho. E mais ainda, porque no fundo aquilo que podemos dar é exatamente o queremos receber.


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