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Educação Sistêmica - Como se falar de amor na educação?

Educação Sistêmica - Como se falar de amor na educação?
Isabela Falcon Magalhães Cardoso
dez. 4 - 5 min de leitura
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Educação Sistêmica - como se falar de amor na educação? 

Hoje meu coração apertou... Fui aluna, sou também mãe – e ser mãe não é uma das tarefas mais fáceis, não (“aff...” como diz meu filho) - e serei professora para sempre.

Estava no carro quando meu pequeno perguntou: "Mãe, é verdade que a prova é a vingança dos professores?" Pedi um minuto para pensar e responder... Questionei em seguida: “Quem lhe disse isso, meu filho?” E ele “A prof, antes de entregar as provas".

Logo de imediato, as lágrimas corriam em meu rosto, minha garganta doía e eu já estava chorando. Enquanto escrevo ainda choro...

O que aconteceu com o amor? Onde, em um professor, dói tanto para o sistema de avaliação manter-se punitivo? Será cansaço? Seria consequência da mercê pelas horas mal remuneradas? Ou é a sobrecarga das três ou quatro escolas com várias turmas e noites em claro, criando e corrigindo avaliações? Aliás, avaliar alguém nas atuais condições (salas superlotadas), faz sentido?

 Olhando bem para a carinha, lá no "carômetro" , se é que lembram direito de você, há o direito de arredondar ou diminuir nota conforme a vontade?

Triste! Aliás, me perdoem se algum dia eu já fiz algo assim, ou minimamente semelhante...

É tudo tão triste e tão distante do que acredito... Penso se deveria voltar à educação e dizer: está muito (muito) errado! 

Para não julgar quem exprime uma frase dessas, juro que faço um esforço mental exorbitante!

 Sou incapaz de não me doer por meu filho, por toda a turma de nove anos de idade - que antes de realizar uma prova ficou em silêncio - e aqueles que virão nos próximos anos... 

Pensei na imagem mental, em silêncio: uma cabeça atrás da outra, sentados perplexos, com um lápis e um papel nas mãos, prontos para receber o tiro de misericórdia! 

Misericórdia, meu Deus! A Educação precisa de amor! 
Amor de mães e pais (sejam quem forem, afinal, as famílias mudaram), amor de quem professar a educação, amor de mentes pensantes com corações disponíveis! 

Acho que Olinda Guedes, que me ensinou tantas coisas sobre a Pedagogia Sistêmica e Marianne Franke-Gricksch diriam que seus corações sangram ao saber disso também... “O que está além do aparente aqui?” 

É preciso amor, muito amor e mais amor!

Eu não tenho lado algum, mas sempre sonhei com uma escola diferente. Eu quero uma escola onde todos sintam-se acolhidos, amados, respeitados em suas capacidades, limites e sonhos. Um local onde seja possível reconhecer o outro e amar sem julgar, que se leve em consideração o histórico de cada ser humano ali presente.

 Oh, querida professora! Eu choro muito hoje, como dói em meu coração! Oh, querida professora, eu sinto muito! Sinto porque a minha lente de duas cores não é capaz de entender... 

Mas eu respeito todas as vezes em que você era aluna e apenas ouviu isso! Compreendo que ouviu, outrossim, de seus colegas educadores e dos seus superiores armados, descarregando impunemente tiros de cobrança e dor!

Oh meu amado filho, eu sinto muito e choro sua agonia de criança que não pode compreender (ainda bem), o quão forte e doente é a palavra vingança!

Meu estômago dói ainda mais, porque sou mãe e não sei digerir em silêncio nada disso.

Eu sinto muito muito por todos os pais e mães que nem sabem o que acontece nesse “campo de concentração” chamado sala de aula. 
Sala de aula é ninho e aconchego! 

Peço antecipadamente desculpas caso esqueço de alguém na citação que farei a seguir, estou realmente nervosa...

Obrigada aos meus bons professores: Kátia Nascimento, Luíz Fernando Pereira, Silvana Oliveira, Felipe Millani, Rosana Resende, Michelle Serena, Maria Lúcia Prado Sabatela e Olinda Guedes (https://sabersistemico.com.br/@olindaguedes), que me mostrou gratidão pelo cheirinho de bolo de fubá com sementinhas de erva doce, que jamais sairão de minha cabeça!

Gratidão aos meus colegas que lutam diariamente na missão de educar e só transmitem amor: Ana Raphaella, Cintia Joslin, Michelle do Carmo, Rosilda Mattos do Carmo, Carlos Azeitona, Edna Percegona, Eduardo Fabricio, Guga Cideral, Marcus de Moraes, Rosa Miriam, Santina Carnaval, Alcimira Barata e tantos outros que plantam as sementes do futuro. 

Não existe educação sem amor. Não existe educação sem condições dignas para alunos e professores. Não existe educação que seja apenas conteúdo!

 Embora seja forte, sistemicamente, o passado de guerras e dores, a escola é um lugar de cores, alegrias, música, conversas, convívio social, silêncio por encantamento e amor!

 Eu acredito que é possível mudar!

Pedagogia Sistêmica urgente! 
Pedagogia no amor, com amor para educar seres humanos capazes de reverenciar a vida! 

Quero muito que o texto se espalhe por aí, na velocidade que a internet é capaz de mostrar, pois precisamos de um lúdico amoroso e não desses conteúdos decorados para simplesmente adestrar. 

Isabela Falcón, nesse momento apenas mãe.


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