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Ela calou-se para dar voz a dor de sua mãe

Ela calou-se para dar voz a dor de sua mãe
Valeska Bottini
out. 28 - 4 min de leitura
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Como uma linda boneca ela adentra ao consultório. Não estava mais falando já há alguns dias, calou-se. A pequenina criança lançou-se a brincar com as miniaturas que na caixa encontrou. Posicionou um casal e a frente de cada um deles um outro casal menor, naquele momento era possível visualizar “mamãe e filhinha”, “papai e filhinho”. A pequena criança insistia em grudar mamãe e filhinha...

Violet Oaklander em seu livro Descobrindo Crianças, apresenta ferramentas como: brincar, dramatização, desenhos, etc. Onde a criança revela seus pensamentos e sensações sobre a fantasia que teve, ela diz seus conflitos internos, seus sentimentos de culpa, confusão, tristeza, ansiedade. Nesses mecanismos não há censura, nem punições.

No brincar daquela menina que velava “algo”, estava o desejo do “amor gratuito”, o sentimento de pertencer, de ser cuidada. Olinda em nossa primeira aula do módulo três, fala de maneira doce da necessidade desse sentimento (amor gratuito) até os três anos de idade para que pessoa possa seguir em frente.

A criança não conseguia “sentir” o amor de sua mãe, os vínculos interrompidos eram apresentados nas repetições em seu brincar. Naquele momento o campo informava claramente que havia entre essa criança e sua mamãe uma outra criança, a qual não permitia o amor ser “pleno” entre elas.

Olinda pontua a necessidade de “recuperar” esse vínculo de amor, nesse espaço, o amor que está à espera.

Durante o movimento em que estava brincando, a menina tira o boneco pequeno de frente do boneco pai e apresenta para uma nova boneca que estava dentro da caixa.

Assim, o terapeuta fala para que o casal se olhem e que a criança menina seja colocada à frente do papai e da mamãe, esse lugar é um lugar de amor, um lugar de muito amor. A pequenina então olha para o terapeuta e sorri, logo em seguida consegue colocar a boneca criança no colo da boneca mamãe, logo boneco papai está dentro de um carro... então coloca mamãe e filhinha dentro do carro e fica realizando o movimento de passeio, construção da própria felicidade.

(...) Essa sensação de alegria aparece quando tomei meus pais e eles podem estar vivos dentro de mim como um todo, do jeito que são. Tomar a vida, Bert Hellinger.

Contudo, a mãe daquela pequena criança, apresenta logo depois que sempre se sentiu substituída por sua prima mais nova, sua mãe precisou cuidar da criança pois era ainda uma bebê quando sua tia veio a falecer. Quando tudo aconteceu ela estava com a mesma idade atual de sua pequenina filha.

Em Além do Aparente Olinda apresenta: "somente a mãe pode permitir que o filho sinta-se poderoso e capaz, que o filho viva. Somente a mãe pode permitir que o filho veja o pai, que o outro, portanto, é a mãe que libera o caminho para o sucesso, porque o sucesso é o pai. E o que leva o sucesso é o tempo”. (pág. 115).

Assim, a pequena criança foi tomada pelo amor gratuito, pelo olhar de sua mãe, os braços de seu pai e assim sentir-se uma princesa. Na manhã seguinte daquele encontro, um encontro de ajustes, Amor, de almas, cantarolando baixinho a princesa acordou seus pais. “Amor é o movimento, o fluxo de energia entre os elementos conectados do sistema”. (Além do Aparente, pág 55).

Assim a vida segue... Constelar é completar. 

#amor #constelar #criança #resiliencia #lugardooutro 


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