>> Conclusão mod. 4 - Emaranhamentos e sintomas
Acredito que se pudéssemos fazer uma pergunta para Deus, a maioria das pessoas fariam uma das seguintes:
“Querido Deus,
- Por que há tantos sofrimentos no mundo?
- Por que tanta enfermidade?
- Por que tamanha dor?
- Por que tantos sofrem?”
Uma destas perguntas seriam feitas, pois as doenças e sintomas mudam os planos de vida de muitas pessoas, muda o rumo, muda o sentido da vida, mudam os objetivos...
Em alguns casos afasta a felicidade, a prosperidade, a motivação, a pessoa começa a vivenciar dias sem cores, mas em outros casos nos faz pensar, refletir e entender o que estes sintomas nos querem informar.
Foi exatamente isso que fiz.
Na terceira aula do módulo quatro nossa mestra orientou que fizéssemos uma lista de sintomas crônicos no sistema familiar, o que há de vinculo entre eles com a historia da família, o que eles querem de nós, pois as doenças crônicas são um lembrete de que algo do passado não foi resolvido que precisa ser olhado, curado e que muitas vezes devido a nossa ignorância e nosso modo de viver alienado não buscamos compreende-los e então os sintomas vão passando, de geração em geração.
Para realização desta tarefa pedi que meus pais me ajudassem e juntos encontramos três maiores causas:
No lado do meu sistema familiar paterno existem muitos casos de problemas cardíacos, meu avô e alguns tios faleceram com idade entre 30 – 40 anos devido a ataques cardíacos e isso me fez parar, refletir e perguntar sobre suas histórias, sobre o passado e... uau...
Quanta dor!
Os problemas de coração geralmente estão relacionados ao afeto, à forma de se sentir amado e amar.
Inclusive uma das minhas tias estava com muitas pontadas e dor peito quando foi orientada a buscar o médico, e enquanto estava na fila do hospital aguardando a consulta médica seu coração parou. Ali no corredor do hospital seu coração bateu pela última vez.
Sua vida foi um sopro repentino e rápido, assim como meu avô.
Percebi que foram vidas muito sofridas, muitos sentimentos eram reprimidos, muitos choros foram engolidos, muito amor não pôde ser demonstrado. Gostaria de dizer: “queridos antepassados a dor não precisa mais de um lugar no coração, agora aqui dentro de mim podemos demonstrar nossos sentimentos, aqui vocês podem pulsar!”
No lado da minha mãe muitos sofreram com problemas no pulmão, alguns tiveram câncer, asma, bronquite, falta de ar...
Quando parei para pensar nas histórias passadas e dos momentos que meus antepassados passaram eu compreendi estes sintomas, pois geralmente os problemas no pulmão podem está relacionados a uma grande tristeza, o ar da vida se torna pesado de mais para respirar.
Quanta tristeza carregada pela perda de pessoas na guerra.
Qual é o peso do ar daquele que vê seus filhos passar fome? Quanto custa respirar sozinho na cama após sua amada ter a vida levada para longe junto ao seu filho no ventre?
Quanto de ar um pulmão cheio de tristeza consegue carregar?
Hoje eu quero dizer à vocês “Queridos antepassados, a tristeza não precisa mais de um lugar nos nossos pulmões, agora, aqui dentro de mim podemos respirar a vida e inspirar momentos felizes, aqui nós podemos ser feliz, aqui nós podemos nos curar”.
Por último percebemos que há um sintoma semelhante relacionado tanto ao lado materno como paterno que seria os problemas sanguíneos como por exemplo: anemia, diabetes etc. Percebo que tudo o que provem de problemas do sistema circulatório (digestão, urinário, sangue) geralmente provém de uma emoção chamada medo.
Quando fecho meus olhos e refaço a minha linha do tempo eu me permito sentir como foi difícil. Havia medo de ser morto em um ataque de guerra, havia medo passar fome, havia medo de doenças, havia tantos e tantos medos, realmente era de gelar o sangue.
Hoje, queridos antepassados, posso ver quanta coragem vocês carregaram e saibam que neste tempo chamado agora não precisamos mais temer, o medo agora abre espaço para a vida, agora podemos desfrutar de momentos lindos sem temer.
Agora nós podemos ver aquele nascer do sol sem ser medo de ser atacado por uma bomba, podemos acordar e dormir de barriga cheia sem medo de faltar alimento, agora podemos ir adiante e curar nossos sintomas, nosso único medo profundo será aqueles guardados na lembrança.
O que esses sintomas me mostram?
Que ainda há muitos traumas a serem curados a muitas coisas que necessitam ser olhadas, vistas, reverenciadas e reparadas.
Após essas reflexões confirmei o que a mestra veio comentando durante as aulas:
Nosso corpo é sábio, ele sabe antes do nosso consciente, ele é mensageiro.
É a ponte que liga os anos com o plano terreno. Ele fortifica os laços da vida, nos diz os medos que carregamos as agressões que suportamos as palavras que engolimos o desamor que sentimos a raiva que acumulamos, eles nos dizem o tempo todo o que nos faz bem e o que nos faz mal e muitas vezes insistimos em curar através do tratamento alopático somente o efeito dos nossos sintomas e depois reclamamos quando eles voltam, mas ué o que você esperaria?
A mensagem não foi recebida, não houve mudanças, as coisas permaneceram iguais, é claro que ele vai voltar, ele é um mensageiro!
Nosso corpo é um organismo divino e nossos sintomas são a esperança de uma vida longa e saudável demonstrando que a cura é uma grande jornada e você pode escolher uma jornada de dor ou uma jornada cheia de recursos maravilhosos sabendo interpretar a mensagem que cada sintoma traz, levando na atitude e na ação novos hábitos de vida, de emoções, de sentimentos.
Podemos assim prosseguir a vida através de novos desafios pois os antigos já foram superados.
Como dizia Bert Hellinger “Só o imperfeito pode evoluir. O perfeito já se estagnou, cristalizou-se. Portanto, só o imperfeito tem futuro”.
Gratidão por este tempo que se chama agora!