- Abertas inscrições para formação em constelação pela Escola Real -
O encerramento da Imersão Sistêmica com Olinda Guedes foi um show de sensibilidade e emoção. A noite começou com a apresentação do vídeo sobre a Escola Real, de tão aplaudido e bem aceito, precisou ser repetido.
O vídeo mostrou a comunhão, aprendizado, gratidão, conexão, leveza e amor que envolvem a missão da Escola Real. Ficou o desejo de “passe logo, pandemia” para as aulas presenciais retornarem. A sede da escola é um convite ao aconchego e ao excelente aprendizado.
Enquanto as aulas presenciais não chegam, é hora de aproveitar a oportunidade de ser aluno “virtual, porém real”: abertas matrículas para ser constelador pela Escola Real, com condições especiais de pagamento. Inscrições pelo http://constelacoes.sabersistemico.com.br/inscricoes.
Olinda convidou a Ir. Neiva Mattos para uma oração inicial. Popular e carismática, Ir. Neiva já iniciou dizendo que “Cada oração é uma constelação e cada constelação é uma oração”.
Jair Santos também apareceu logo no começo do encontro, harmonizando tudo com sua seleção musical primorosa, contribuindo para o estado de prece e bem- aventurança.
A mestra e consteladora Olinda Guedes estava visivelmente emocionada durante toda a aula. Contou sobre o que mais a encanta nas constelações. “É saber que não existe o eu sozinho, o que existe somos todos nós amando, vivendo, compartilhando, todos os sistemas têm por natureza a cooperação, inclusive o humano.
Isso enche meu coração de esperança e alegria, pois corresponde aos meus valores sagrados”.
Ela destacou a capacidade profunda da natureza em pensar enquanto coletivos, a vida do outro importa, todas as vidas importam. Olinda citou a importância de se viver em estado de amorosidade, comunhão, de fazer a nossa parte para o mundo.
“Não existe nada escondido, o tempo todo as informações estão disponíveis, o tempo todo, tudo informa. Elas não estão somente na nossa mente, elas estão em toda a natureza, por todo o cheio e pelo vazio”, ressaltou Olinda.
A percepção – Olinda falou sobre a importância da percepção, citando a capacidade das crianças perceberem as energias dos ambientes e destacou também sobre a existência de pessoas telepáticas, que captam com facilidade o que está acontecendo no mundo. “Não precisa de email, whats, elas simplesmente tem percepção corporal aguçada, percebem”, afirmou.
A professora associou a importância da percepção nas constelações, seja no individual ou em grupo. O tempo todo nada se perde e tudo se transforma, existe a possibilidade incrível de percebermos a informação do passado, perceber como estão no presente, um futuro de solução e de atendimento, para curar as situações.
Eliane Oliveira, a valente constelada – A constelação em grupo da última noite foi das mais emocionantes já realizadas. Eliane Oliveira, uma mãe com coração sedento em compreender mais sobre o diagnóstico recente de autismo do filho Guilherme, com menos de dois anos de idade.
A primeira filha de Eliane tem 16 anos e dificuldades motoras graves devido à má formação na coluna, a espinha bífida. Ela não se movimenta, não senta, precisa de cuidados especiais.
Com grande emoção, Eliane contou ter ficado “cega e surda” com o diagnóstico de autismo do filho Guilherme.
“Já busquei ajuda médica para compreender, quero encontrar algo para ajudar meu filho, o autismo é muito rotulado porque as crianças sofrem preconceito e as mães precisam ser fortes para encarar o tratamento, para ter qualidade de vida e dignidade.
Minha angústia maior é para conseguir ajudar a amenizar os sintomas e que meu filho tenha qualidade de vida.”, pediu Eliane.
Olinda foi muito tocada e emocionada pelo assunto, deixando clara a emoção que sentia por também ter uma filha especial, a querida Nina. O fato da família dela estar ali presente a mais um momento feliz da Escola Real contribuiu para o misto de gratidão e alegria da mestra encantadora de gente.
A descoberta do autismo – Eliane demonstrou em palavras e lágrimas como é a saga de uma mãe que descobre o autismo num filho com um aninho e seis meses de vida.
“Ele começou a andar na ponta dos pés, girava em torno de si, não olhava nos olhos da gente, nem quando o chamávamos. A fala não teve continuidade e parou a interação social, passou a viver para ele”, contou Eliane.
Ela disse ainda que o filho girava até cair e quando tentava tirá-lo disso, ele ficava muito desorganizado. Guilherme dormia pouco, varava noite. Ao descobrir a doença do filho, Eliane parou de trabalhar e o leva para as intervenções médicas necessárias. Com isso já houve evolução na saúde do pequeno Guilherme.
“Melhorou a fala e a interação social. A fala com função, continua não olhando quando chamado e continua tendo os giros, às vezes sai rodando pela casa, andando. Tem crises de muito choro, de não poder encostar nele, não pode tocar na pele”, compartilhou Eliane, com muita emoção.
A inesquecível constelação – Com a valiosa informação da origem da família de Eliane vindo da Itália, Alemanha e de Portugal, aliada à origem indígena por parte do pai de Eliane, se descortinou o “enredo” da constelação.
A tataravó de Eliane foi “pega no laço”, numa aldeia de Mato Grosso do Sul. “Meu pai contava que a avó dele saiu muito contrariada da aldeia, foi obrigada a sair”.
As representantes da constelação de Eliane, todas mulheres, comprovaram pelas expressões faciais toda a dor sentida pela ancestral indígena da constelada. A proibição de falar ficou visível. Foram muitos segredos e mistérios no sistema.
Aí entra a força do Guilherme. Eliane contou que nunca viveu junto com o pai do filho, e que soube quando o bebê iria chegar.
“O Guilherme chegou sem ser planejado, só que eu sempre soube que ele viria, desde quando eu tinha sete anos. A vinda dele foi avisada, sentia uns meses antes que ele chegaria”, relembrou a mãe.
A angústia de uma mãe – Eliane contou que fica um conflito grande sobre as ações que faz em busca da cura do filho autista. “Há um conflito grande se estou fazendo a coisa certa, será que seria melhor deixar para lá? A falta de apoio gera solidão, começo a ficar com medo de pedir ajuda. O que me consola é que não sou a única, preciso fazer algo por mim, pelo meu filho e pelas outras mães. Às vezes dá vontade de ficar no quartinho, escondidinha”, contou.
A bisa indígena e a força do sistema – Olinda Guedes pediu aos público presente à constelação online, mais de mil pessoas, um movimento de arrependimento e gratidão em direção a avó de Eliane, que foi capturada.
“O sentimento que chega do campo para mim é que a bisa deixou um irmão bem pequeno na aldeia. Com a captura dela, essa criança pode ter enlouquecido”, disse Olinda.
A partir de então a constelação tomou contornos de resgate, emoção e cura profunda.
“Por mais difícil que seja para nossos filhos especiais, fomos contemplados para seguirmos, transmutando sentimentos. Famílias com filhos especiais são sistemas especiais, são divisores de água dentro de seus grandes sistemas. São pessoas que oferecem para o sistema humano a oportunidade de ir além, a oportunidade do altruísmo, da compaixão, da verdade”, compartilhou Olinda.
E a constelação prosseguiu com relatos dos representantes de sentirem dores que não poderiam ser faladas, falta de ar, arrepios, calor, tontura.
A música trouxe sorrisos de volta – No meio da constelação foram ouvidas batidas na porta do quarto onde a mãe Eliane estava. Com a sensibilidade exacerbada que tem, Olinda perguntou o que seria o barulho.
A mamãe Eliane contou que era o Guilherme querendo entrar. Claro que Olinda autorizou a participação mais que especial dele na constelação. E então a magia aconteceu.
O que se viu então foi um espetáculo de sensibilidade e cura ao som divino das músicas divinamente escolhidas por Olinda e tocadas por Jair.
A musiquinha “Alecrim Dourado” trouxe Guilherme para o campo, e o menino arredio do começo se transformou em um sorridente e participativo convidado.
A música em guarani “Acalanto”, que fala do curumin, deu o tom final à constelação. Desde que começou a ser tocada, vimos o Guilherme ensaiando dança (tipicamente indígena) e até cantando. Houve uma hipnose geral entre as representantes, a calma foi voltando, a harmonia predominando.
O sorriso nos lábios e olhos de Eliane chegou também, e foi lindo de se ver.
“Ele quer bater o pé junto com a música”, celebrou a mamãe Eliane. Assim foi acolhido e abraçado o “curumin” mais amado da noite, ao vivo, para mais de mil pessoas que vibram agora com Guilherme e com a mamãe Eliane.
Quem vai se esquecer do menino forte, que jogou beijo, passou maquiagem virtual na parente indígena Olinda?
Com os olhos fechados, se balançando, ao ritmo da natureza, que a alma dele reconhece tão perfeitamente, Guilherme entrou em nossas vidas, por meio da sagrada constelação online de Olinda Guedes.
Quem viu a constelação sempre se lembrará dos risinhos que remetem às brincadeiras na aldeia e a impressão clara de um Guilherme brincando dentro do rio com mais crianças, com os raios de sol batendo na água, criando uma atmosfera de encantamento. E ele? Louvando a vida junto com outras lindas crianças.
Para a imagem ficar ainda mais eterna, é lindo lembrar do sorriso da valente mamãe Eliane em êxtase com a alegria do filhote amado.
Com essa imagem terminou mais uma Imersão Sistêmica com Olinda Guedes, validando a preciosidade da constelação familiar como forma de entendimento e evolução humana.
E então, você vem com a gente conhecer o fabuloso e transformador mundo sistêmico?
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