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ENSINAMENTOS - IPÊS AMARELOS

ENSINAMENTOS - IPÊS AMARELOS
Márcia Regina Valderamos
ago. 28 - 4 min de leitura
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Sai um pouco da "toca" onde me mantive escondida para caminhar, espairecer.

Estava ficando insuportável pensar, refletir, ver.

Me respeitei e estou dando um tempo.

Quanto mais me sinto, mais me preciso.

E aí, no caminho, encontrei os Ipês Amarelos que tanto amo.

Amo girassóis e margaridas. Gosto do amarelo, do branco, do lilás…, mas não os planto… 

Por quê?

Aliás, do que não gosto? Amo a natureza e amo viver. E por que então não viver?

Ah, pára! Não começa. Você saiu para saborear a vida e não para entender porquês!

Se dê um tempo.

Voltemos para os Ipês.

E no caminho encontrei essas lindezas. Sei que são árvores de todas as idades. Eu as vejo florescer há uns 30 anos.

Elas sabem de mim mais do que eu delas.

Reflito ao admirá-las com toda honra e respeito que merecem, como são testemunhas oculares das transformações de nós, os humanos desse lugar.

Gostaria de saber suas opiniões sábias de como vêem essa nossa "evolução" ou "regressão".

Lembrando que as vezes precisamos regredir do ponto que estamos, não por covardia ou falta de energia, mas devido a sabedoria de que temos que ter uma certa distância para pegar impulso para superar, pular os obstáculos.

Bem, acho que afinal percebo o que os ipês sentem a nosso respeito e em relação ao que fazemos da nossa vida.

Meu corpo estremece!

Meu coração dispara, bate na garganta.

Estou "ouvindo" meus amados ipês!

Assim, como toda a natureza, eles revelam como tudo é cíclico, nada é linear nesse nosso Universo.

Também sinto que sabem que só nós, os "racionais", achamos que podemos "controlar" as coisas e a nós mesmos.

Evidente que isso é medo, insegurança, memórias transgeracionais de escassez, de orfandade.

Concordo plenamente!

E o que vem?  Vem a necessidade de auto suficiência e, ao mesmo tempo, raiva, revolta por termos que nos virarmos sozinhos. Sempre.

Tanta dor em vão! Ninguém pode viver só!

Desrespeitar essas Leis do pertencimento, da ordem, do equilíbrio nos adoece!

É isso que faz a nós, seres humanos, os viventes desse mundo, sermos os que sofrem, os que não aproveitam com prazer a delícia de viver, do corpo físico que tanto pedimos para ter(que contraditório!):

Somos muito reativos! Não dizemos SIM ao que é, como é.

Até há menos de uma semana atraz essas árvores estavam secas, pareciam mortas. Agora essa exuberância, esse resplendor de vida!

Por quê? Porque elas não questionam. É o que para hoje? perguntam. Na verdade nem perguntam. Agem:

É outono? As minhas flores e folhas caem. Deixo cair. 

É inverno? Seco meus galhos. Deixo, permito, acolho secar.

Dói. Mas, sei que vai voltar, porque minhas raízes estão aqui e fortes!

O vento bate forte? Respeito.

A chuva não vem, o sol é escaldante? Espero.

A geada mata minhas energias?  Nem todas. Resisto.

Tudo tem seu tempo! Resiliência, esse é o meu nome.

Espero, faço o necessário e confio. Me entrego. Sou pequena. Tem um Ser Maior que me cuida, me serve e É o Único que Tudo Sabe.

Aguardo.

E aí, as flores vem, as folhas esverdeam e ficam fortes nos galhos resistentes, poderosos.

Com essas árvores, com tudo o que observo nesse lugar que Deus nos deu, eu aprendo.

A vida É! Ela se faz. É só não nos intrometermos.

É difícil olhar o sem vida, o seco, o sem cor, o mau, o perverso, principalmente em mim.

Mas, apesar dessa dor, penso que  a fé é o crer no invisível. Sei que vai voltar, vai reviver, vou recomeçar. Tem sempre uma saída.

Olho para a solução. Busco a solução.

É sempre assim e sempre será.

Quando eu acho que não creio mais em nada, nem em mim, me vem esses Ipês imponentes no meu caminho me dizendo:

Sê resiliente! Você pode! Para isso você veio.

Eu estou contigo! Diz o Ser Superior em mim.

Tudo flui e recomeça.

Propósito. Esse é o ponto.

O que tem que ser é e está tudo certo do jeito que está.

Gratidão a Olinda Guedes, Mentora que me inspira e motiva a quem hoje eu gostaria de estar abraçando com muito mais intensidade e amor.

Gratidão Escola Real.

O amor junta os pedaços e traz sempre de volta, abre caminhos e dá discernimento,

Mesmo quando tudo estiver tão escuro, sempre haverá o amarelo dos Ipês. 

 


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