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Era uma vez um manco emocional...

Era uma vez um manco emocional...
Julio Lussari
out. 11 - 2 min de leitura
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Ele pensava que não conseguia caminhar sozinho. Por ser manco emocional, pensava ter apenas duas opções: pular ou se escorar.

Pular dava trabalho, exigia concentração, esforço, ficava mais suscetível a tropeços e quedas.

Escorar era mais fácil, era uma zona de conforto tranquila, quentinha, que gerava alguns pequenos estresses às vezes, mas na maior parte do tempo dava a impressão de ser a melhor forma de seguir em frente.

Essa zona de conforto exigia um preço inicial: encontrar uma companhia igualmente manca emocional para se escorar e gerar uma dependência.

Uma vez que ambas as partes se escoravam, eles seguiam essa vida a dois caminhando cada qual com a sua melhor perna.

Vez ou outra rolava um tropeço, uma queda, nada complexo o suficiente a ponto de abrir mão da escora.

Certa vez, algo curioso ocorreu com um casal de manquinhos emocionais: um deles começou a ler, estudar, se desenvolver, curar seu passado e seu sistema. O parceiro, que mantinha-se na zona de conforto disse que tudo aquilo era bobagem. A parceira não deu ouvidos e continuou seu processo. Aí veio o descompasso. Os pulinhos e o caminhar começaram a ter ritmos diferentes, foi inevitável as brigas, as cobranças e a descompensação entre o dar e o receber.

Ela, que tanto se empenhou em si mesma, concertou a sua perna e agora pôde caminhar sozinha. A auto estima melhorou, o empoderamento aumentou, o término do relacionamento foi superado. No entanto, o coração  daquela bela e jovem mulher ansiava por companhia. A busca não mais era por um escoro, agora era por alguém completo em si.

Então, em uma tarde de primavera, caminhando no parque ao entardecer, mal se deu conta, e quando percebeu, dois destinos se cruzaram. Ele, completo em si. Ela,
completa em si. Ele sorriu para ela... ela sorriu para ele. Deram-se as mãos e caminharam juntos, nem atras nem à frente. Ao lado, como dois inteiros devem caminhar. Continuaram seu processo, buscando a evolução, aprendendo, aproveitando o caminho e a jornada. E o que aconteceu depois disso é apenas história...

Julio Lussari - 10/10/2017


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