Fui criada numa rua de uma cidade pequena do interior da Bahia, onde os moradores são os mesmos da minha infância (a única família que mudou da rua foi do meu marido, que eu tive o privilegio de reencontrar anos depois).
Nessa nossa rua, nas sextas feiras, em todas as casas era dia de faxina, e a criançada, logo depois de chegar da escola, ia para rua brincar de esconde esconde, carrinho de rolimã, baleado... eram tardes alegres, esperadas por todos e que ficaram marcados em nossas vidas. Hoje aquelas crianças amigas se reencontramos nas épocas festivas, de natal e semana santa nas casas dos pais e adoram lembrar da infância feliz e cheia de vida.
Naquela rua havia várias ”regras invisíveis” e muitas delas, impregnaram na minha essência e me foram despertadas por meio do estudo de Ordens do Amor, no equilíbrio entre dar e receber.
No sábado, dia de fazer guloseimas, era dia de trocas de delícias produzidas nas casas vizinhas. Udi, nossa segunda mãe, passava a manhã preparando doces de leite, banana, bolo de aipim, separando as frutas e fazendo pequenos presentes para serem levados na casa das tias/vizinhas que tinham sempre o carinho de estar com algum “mimo” para mandar de volta e eram: cocadinhas, balinhas de jenipapo, flores do quintal... e assim minha mãe, Norma, e suas eternas vizinhas se equilibram nas suas relações de mais de 50 anos de amizades.
Eu levo isso para vida.
Adoro receber e dar “presentinhos” para vizinhos e amigos!