MÓDULO I: Escritos do módulo I
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS
Trata-se de uma abordagem fenomenológica terapêutica fundamentada nas descobertas do alemão Bert Hellinger. Em relação os fatos vivenciados por indivíduos, Constelação Familiar ao mesmo tempo conhecido como Constelações Sistêmicas e Constelações Familiares Sistêmicas, é um método pseudoterapêutico que se baseia em subsídios da terapia familiar sistêmica.
Bert Hellinger nasceu em 1925 na Alemanha, e formou se em Filosofia, Teologia e Pedagogia. Como missionário católico, estudioso alemão foi para a segunda guerra mundial ficou num campo de concentração, fugiu do campo com ajuda, escondido no caminhão de lenha. Foi para a África do Sul observou a comunidade local – ZULU. Estudou, viveu e trabalhou, ampliou sua própria Terapia Sistêmica e Familiar a qual nomeou: Constelações Familiares, (Brasil).
A Constelação Sistêmica é um método para trabalhar com os sofrimentos das pessoas nos sistemas das famílias. Esses temas Surgem conforme as dores do indivíduo. As dificuldades e os sofrimentos dos atuais sujeitos podem ser influenciados por traumas sofridos nos antepassados da família, mesmo que os comprometidos agora não tenham conhecimento da ocorrência original. Bert Hellinger se referia à relação entre sofrimentos presentes e passados que não são causados pela experiência pessoal direta como "emaranhados sistêmicos", sucedem quando traumas não resolvidos abrangem uma família. A Família de origem é o nosso primeiro sistema. Pai, mãe, irmãos e irmãs, avôs e avós maternos e paternos fazem parte dele.
“Os sofrimentos familiares são como elos de uma corrente que se repetem de geração em geração, até que um descendente tome consciência e transforme a maldição em benção.” Bert Hellinger
A outra serventia importante é em relação às organizações como empresas, escolas, etc... (são as Constelações Organizacionais). É possível fazer esta abordagem em sessões individuais ou em grupo com o constelador, e pessoas sem relação entre elas. Os elementos do grupo são escolhidos para representar os membros ou outros elementos da família. Na metodologia revelam-se comportamentos de relatos inesperados que atuam na profundeza do sistema e são ajustadas com técnicas em que se investiga o tema abordado a encontrar um lugar ou sentimentos respeitosos para os membros do sistema em demanda. Durante o processo da Constelação Sistêmica os participantes trazem clareza ligando um ao outro, que constelam, pois eles têm a chance de ampliar a visão de determinadas situações e passam a enxergar o que estava oculto, mas atuante, o que é chamado de campo.
O conceito de campo foi introduzido nos anos 40 por Faraday, segundo sua pesquisa por campos elétricos e magnéticos. Campo é aquilo que é imaterial, capaz de causar influência em outros corpos. Os gregos antigos chamavam isto de “a alma” da matéria.
Portanto “o campo é o que liga uma ao outro, que liga o mundo, o campo somos todos nós”.
Esse campo de energia também é capaz de influenciar na nossa saúde, bem-estar e sentimentos. Logo, as constelações familiares nos dão a chance de entender, compreender, os fatos em seu mais profundo nível. Assim sedo, o nosso campo é moldado por episódios marcantes, como a história dos relacionamentos dos nossos antepassados.
Constelações Familiares focaliza os problemas do indivíduo do ponto de vista sistêmico. Normalmente, pensamos que o que nos acontece é de nossa responsabilidade, de nossa culpa ou consequência de um passado pessoal. Porém, quando fazemos algo que na realidade não desejamos nem tínhamos a intenção de fazer ou quando deixamos de realizar ou agir como tanto gostaríamos, as constelações familiares e as representações nos mostram que isto em geral está ligado à influência de outros membros de nosso sistema familiar, em função do que eles fizeram ou deixaram de fazer.
Às vezes, são antepassados que nem conhecemos. No âmbito das representações sistêmicas, chamamos esta ligação de emaranhamento. É difícil observar estas influências de maneira direta no âmbito do quadro familiar. Porém elas podem ser a causa de doenças corporais graves como o câncer, distúrbios psicológicos como as depressões, bem como acidentes, fracassos ou dificuldades repetitivas na vida.
As constelações familiares representam um processo que torna visíveis estas energias invisíveis, permitindo encontrar uma solução adequada aos problemas extremos, afetivos, emocionais, psicológicos, profissionais ou de saúde. Este método se amplia em dois passos. A primeira consiste em desvendar estas influências no âmbito de nosso sistema familiar; a segunda em achar uma melhor solução ao problema trazido pelo cliente e até mesmo a cura.
O alemão Anton Suibert Hellinger – mais conhecido como Bert Hellinger, investigando as representações estudas na prática, observou que padrões de comportamento se repetem nos sistemas familiares ao longo de gerações. Nesses estudos, ele chegou a três princípios ou lei do amor, que regem a constelação familiar e as quais norteia nossas relações: do pertencimento, o da compensação, e da ordem.
Todos os sujeitos de um sistema possuem o direito de pertencer. Deste modo, segundo Bert Hellinger, todos tem direito a pertencer a uma família, independente De seus atos ou das escolhas que fizeram com antecipação. Ao menos duas consequências desse início são acentuadas.
“Exclusão”, esse fato acometeu nos três membros da minha família materna, a avó, uma tia, e um primo. Esqueceram-se, ou escolhemos esquecer, e até mesmo por faltar conhecimento esses membros esquizofrênicos, e aquela avó e tia que foram internadas por várias vezes, num hospital de pessoas com comportamentos psicóticos, foram excluídos do sistema. E esta inclusão não é alguma coisa que possa ser concedido ou negado. Os vínculos familiares e sistêmicos atuam nos membros atuais, provocando uma compensação. Por exemplo, alguém poderá ter uma disposição, inconsciente – poderá beber a mais o tão famoso chamado socialmente.
O princípio da ordem se faz referência a hierarquia. Quem faz parte do sistema há mais tempo tem adiantamento sobre os que chegam depois. Nos tempos antigos, isso acrescentava a esperança de sobrevivência do grupo, já que os mais antigos eram mais experientes e, deste modo, mais fortes. Isso determina a necessidade de consideração aos que vieram antes os ascendentes (pais, avós, bisavós), chamados, por Bert, de “grandes”. Os que vieram depois (filhos, netos, descendência) são ditos “pequenos”.
Os relacionamentos, unânimes, são geridos por princípios que são designados leis do amor. Bert Hellinger, o terapeuta alemão criou e, pois em prática a metodologia das Constelações Familiares percebeu que nossos relacionamentos ligam- se por meio de trocas entre o dar o tomar.
As leis do amor unificam todos os relacionamentos humanos, independente da cultura, crença gênero ou etnia, pois todos os relacionamentos estão em vibração a uma consciência universal, uma alma coletiva.