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Esquizofrenia

Esquizofrenia
Lílian Aires
ago. 27 - 12 min de leitura
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SEXTA FEIRA, 21 DE AGOSTO DE 2020 - CAMPO GRANDE – MS

Caros colegas e professora amada mestre do Saber Sistêmico Olinda Guedes, esses escritos são depois de 57 anos de vida que eu, Lílian Aires Fontoura, em busca da própria essência encontro a cada aula nas quais estamos com a unicidade de um todo.  A promoção do referido tema por nossa colega, reúne como todos os outros temas uma oferta de luz e cura para as nossas vidas e as vidas dos nossos sistemas. Os registros acerca da esquizofrenia não são escritos meus, mesmo porque não tenho conhecimento sobre tão respeitável tema.

As situações, vivenciadas e experienciadas enquanto sujeito do sistema e pelo meus, demonstradas por entes do meu sistema foram as mais diversas ações de distúrbios do comportamento físico, social e humano, entre: avó, tia, e primo, em que a convivência não foi por vínculo afetividade e nem construída desde a tenra idade e sim pela brusca perda repentina de nosso pai: Pedro Argemiro Fontoura. Atitudes como: diferenças afetadas na forma de pensar, sentir, ver, viver, participar, agir e perceber diante o mundo.

O sintoma característico da avó materna era sentada em uma rede balançando nos impulsos com o pé, mascando a língua a boca e os lábios murmurando falações, alucinações auditivas (vozes) e delírios (crenças falsas fixas), nas quais eu não entendia, fugia no exatidão que não era percebida pelos demais, caminhava pelas ruas dias e dias até ser encontrada por minha mãe que a retornava para casa e logo veio a falecer. Sua filha, minha tia: Antonia Benedita Aires, linda, cabelos cacheados vermelho brilhantes, magra, alta, elegante, carinhosa, amável, cuidadosa, sábia, gentil, trabalhadora, extremamente organizada, trabalhava de doméstica no retorno da tarde, além disso, era responsável pelos afazeres da casa, cuidava criteriosamente do único filho, de um casamento não assumindo, mas que honrou até seu último suspiro, com o fato do único filho ser a semente de seu amor incondicional por esse casamento que existiu só no seu coração.

Lutou uma vida e que demonstrou honrar esse fruto - filho de um homem no qual até hoje abandona seu único varão e por demonstrações de dores ou honra a sua mãe carregando essa prova de adesão, acometido com a esquizofrenia, sem que nenhum dos familiares o auxilie sobre seu fragilizado momento, que vêm acompanhados dos vícios da falta de afeto, alucinações, dores, questionamentos e delírios. E acredito que até o exato momento não aceitou ou não entende a passagem da mãe, para o outro plano, com a qual sempre foi agressivo, violento, exatamente por ser excluído do sistema, tanto materno quanto paterno.

 As falas consultadas nas fontes citadas abaixo são para reflexões e atitudes sistêmicas, abordado pelos estudiosos no assunto dos comportamentos mentais. Como aluna da escola Real Sistêmica, escrevi esse relato sobre o respeitável tema, por aproximar uma parte do emaranhamento do meu sistema se assim posso dizer. E por estar abraçando essa oportunidade de cura e renovação.

Gratidão Colegas, Prof. Olinda Guedes, e toda família sistêmica do curso, pela mão estendida neste fraterno caminho que estamos percorrendo pelo amor sistêmico vamos percorrer durante muitos anos. Gratidão.

Consta no dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, a Esquizofrenia: “termo geral que designa um conjunto de psicoses, com grupo de distúrbios mentais que, basicamente demonstrem dissociação e discordância das funções psíquicas, perda de unidade da personalidade, ruptura de contato com a realidade.”

Acometeu a minha avó materna, Honorata Aires de Souza, minha tia materna Antonia Benedita Aires, e seu filho Augusto José Candido, nos quais conheci e passei a conviver aos 16 anos de idade, na época não entendi, e hoje eu vejo vocês. Minha avó e minha tia sofreram arrastados longos anos, excluídas do sistema, perambulando pelas ruas, casas de colegas, postos de saúdes, clinicas de saúde, sanatório, chacotas, comentários, piadinhas tachadas como louca e tantos outros preconceitos existentes na sociedade humana. Ela, minha tia encontrava conforto era na igreja Universal do Reino de Deus e veio a falecer em novembro de 2019. Uma morte trágica atropelamento numa BR por uma carreta. Viveu anos sem ser tratada e acolhida sistemicamente, nenhum de seus a compreendia.

Segundo André Biernath, esse transtorno psiquiátrico é mais comum do que se imagina. Manias de perseguição e teorias da conspiração são sinais típicos da esquizofrenia.  https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/o-que-e-esquizofrenia-sintomas-diagnostico-e- tratamento/ Atualizado em 25 fev 2019, 15h48 - Publicado em 14 set 2018, 09h56.

“Os cientistas do final do século 19 foram buscar inspiração na língua grega arcaica para caracterizar um transtorno psiquiátrico que, até então, ficava jogado no limbo da loucura. Por meio da junção dos termos esquizo, “dividir” no idioma dos filósofos clássicos, e frenia, algo próximo de “mente”, eles deram um nome perfeito para a doença. A esquizofrenia, ou distúrbio da mente... “

Os sintomas

“Geralmente a esquizofrenia se inicia com uma simples apatia no final da adolescência e no começo da vida adulta, na faixa dos 18 aos 30 anos. Aos poucos, o indivíduo abandona as atividades”...

  • Dificuldades no aprendizado desde a infância;
  • Apatia;
  • Pouca vontade de trabalhar, estudar ou interagir com os outros;
  • Não reagir diante de situações felizes ou tristes;
  • Vozes que surgem na cabeça e outras...

O que causa esquizofrenia e como diagnosticar? Ela é investigada há décadas, mas segue cheia de mistérios. Ainda não se sabe, por exemplo, o que acontece no cérebro desses sujeitos.

“Estudos apontam que ocorre algum defeito na produção ou na ação de um neurotransmissor chamado dopamina”, conta o psiquiatra Ary Gadelha de Alencar, da Universidade Federal de São Paulo. O especialista participou de uma conferência sobre o tema no último Congresso Cérebro, Comportamento e Emoções (Brain 2018), realizado em junho na cidade gaúcha de Gramado.

“Na busca por explicações mais certeiras para a doença, algumas pesquisas foram vasculhar o DNA dos pacientes à procura de mutações genéticas. Não acharam nada que fosse significativo. Levantamentos até mostraram uma relação entre infecções ao longo da gestação ou traumas no parto a um maior risco de desenvolver a esquizofrenia. Mas nenhum desses achados é considerado decisivo na gênese do problema.”

Tamanha falta de informação é um dos fatores que contribuem para um terrível atraso no diagnóstico.

“Há uma demora de sete anos entre os primeiros sinais e a detecção do transtorno”, calcula o psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo (IPq-HC). “Um flagra precoce leva à um tratamento mais efetivo e com um prognóstico favorável no longo prazo. Mas, infelizmente, essa não é a realidade na grande maioria dos casos. Ficar atento a algumas características, como uma repentina perda de vontade ou uma exagerada mania de perseguição, especialmente em jovens, é a melhor atitude para ir atrás da ajuda profissional, se necessário.”

O QUE SÃO ‘PSICOSES’ PELA VISÃO SISTÊMICA? Por Dr. Celso Scheffer

“Em primeiro lugar, as psicoses não são o sofrimento de um indivíduo. Elas são o sofrimento de um sistema familiar. Por trás da psicose existe um extenso cenário de sofrimento e dor que grita por socorro. Por trás de uma esquizofrenia, normalmente está uma morte encoberta ‘em segredo’. Quando a pessoa que sofre e a família como um todo fica desnorteada é porque é preciso incluir, ao mesmo tempo, tanto a vítima quanto o agressor em seu próprio sistema. A solução é que ambos, vítima e agressor, recebam novamente um lugar na família. Isso acontece na terapia pelo método da Abordagem Sistêmica das Memórias Inconscientes (ASMI), quando a memória é descortinada e o agressor e a vítima são colocados um em frente ao outro, onde é feito o ritual de respeito mútuo, e tomam o outro em seu próprio sistema. Esse é o movimento da alma que vai muito além do nosso entendimento, e ele nos conduz a outra dimensão, na qual quando se olha para o outro, todos têm o mesmo lugar e a mesma importância. Isso é especialmente difícil para nós que pensamos que deveríamos seguir a nossa consciência. Entretanto, se observarmos a vida do ser humano, de que pessoas partem o grande desafio? Quais são os que levam adiante o todo, de modo decisivo? São os bons? São os maus? São os mansos ou são os violentos? É o claro ou o escuro? O escuro é o que está mais próximo da origem. Essa é a experiência de aprendizado à qual somos levados quando estamos diante de psicoses”.

Fenômeno e diagnóstico

“No contexto profissional da Psicanálise Sistêmica, as “psicoses” (literalmente traduzida por ‘doenças da psique’) são diagnosticadas a partir dos seguintes sintomas: percepções de vultos, audição de vozes, pensamentos delirantes, nível de agitação elevado ou de apatia total, perda da noção da realidade, fracassos constantes nos variados níveis da vida.”

OS DIAGNÓSTICOS PSICANALÍTICOS RELACIONADOS COM SINTOMAS PSICÓTICOS SÃO:

  • ESQUIZOFRENIA (PARANOICA DESORGANIZADA, CATATÔNICA, SIMPLES);
  • PERTURBAÇÕES DELIRANTES (CONTÍNUAS, AGUDAS, PASSAGEIRAS);
  • PERTURBAÇÕES ESQUIZO-AFETIVAS (MANÍACO-DEPRESSIVAS);
  • INCAPACIDADE PARA PERCEBER E SAIR DOS FRACASSOS (APÁTICO CONFORMISMO),
  • NECESSIDADE COMPULSIVA DE INGESTÃO DE PSICOATIVOS (DROGAS E ÁLCOOL).

CASO CLÍNICO

Amor à beira do precipício - As psicoses

"Uma psicose, principalmente a esquizofrenia, manifesta-se em famílias onde ocorreu um crime, um crime dentro da família. Frequentemente, este evento ocorreu muitas gerações atrás. E claro, não resta nenhuma lembrança do evento. Mas, no campo do espírito desta família está preservada a memória do evento." Bert Hellinger

A FALA DE BERT HELLINGER PARA UM GRUPO SISTÊMICO: QUE É QUE LEVA À PSICOSE?

BERT HELLINGER PARA O GRUPO: “Gostaria de dar alguns esclarecimentos a respeito da minha experiência atual, referente à psicose, uma psicose, principalmente a esquizofrenia, manifesta-se em famílias onde ocorreu um crime, um crime dentro da família. Frequentemente, este evento ocorreu muitas gerações atrás, e claro, não resta nenhuma lembrança do evento, mas no campo do espírito desta família está preservada a memória do evento e vem à luz”.

PARA O GRUPO: “Por que alguém se torna psicótico? Bem, quando está intrincado (emaranhado), ao mesmo tempo, com duas pessoas em oposição, que estão sem se reconciliar. na minha experiência atual, sempre se trata de um assassino e de sua vítima, não estão ainda reconciliados com amor. Na constelação que acabamos de ver, conseguiram, por fim, reunir-se. o que não estava reconciliado foi reencontrado, e o problema que não estava resolvido, foi solucionado”.

A PSICOSE, UM PROBLEMA FAMILIAR

“Depois do acontecimento desencadeador, em cada geração um membro da família deve tornar-se psicótico, este membro se encarrega do que pertence a outros, assim que se torna psicótico, o resto da família fica aliviado. Por conseguinte, os demais membros temem que a pessoa psicótica se cure e se unem secretamente contra uma cura bem sucedida de sua psicose, porque correm o risco de que outro membro se torne psicótico. Pudemos mais que tudo, perceber este medo no pai ou na mãe, a pessoa que se encarrega deste destino, demonstra o maior amor, mas em segredo. Quando, apesar da resistência por parte de muitos psicoterapeutas e psiquiatras, dei meu primeiro seminário para clientes psicóticos, me comoveu profundamente o amor desses clientes. Por isto, intitulei o livro que eu escrevi sobre o tema “amor à beira do precipício”. isso é o que podemos observar nos casos de psicose”. “O AMOR.”

Este trecho encontra-se: Amor à beira do precipício. Revista Hellinger Sciencia, março 2008

Hellinger, B. - Liebe am Abgrund. Ein Kurs für Psychose-Patienten (O Amor à beira do abismo. Um curso para pacientes de psicose), 2001, Heidelberg (Carl-Auer-Systeme)


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