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Sandy Duwe dos Santos
fev. 3 - 3 min de leitura
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Ultimamente venho refletido sobre duas perguntas que em algum momento das nossas vidas somos obrigados a responder, e são auspiciosamente levianas.

A primeira delas é: “O que você quer ser quando crescer?”

Nos perguntam o que queremos ser quando crescer como se ainda não fôssemos algo, esquecem que nunca paramos de crescer e dificilmente deixamos de sonhar e na grande maioria das vezes nós só queremos ser, sem estar ou pertencer. Apenas ser.

Perguntamos a uma criança ou a um adolescente o que ele quer ser quando crescer, mas não perguntamos aos setes octilhões de átomos que existem no nosso corpo o que eles querem ser quando crescer. Eles já são, nada os define a não ser eles mesmos.

E então, refletindo sobre essa pergunta a minha resposta seria estar viva. Quando crescer eu gostaria de estar viva, viver de verdade uma vida que vai além do que é ensinado na mente coletiva das pessoas. Planejar o que devo ser durante toda minha vida é algo que me espanta, quero ser protagonista do meu destino todos os dias, quero ser autora da minha história a todo instante e não escolher em um dia o que quero ser pelo resto da minha vida ou qual caminho seguir até o fim. Quão insano isso seria?!

A segunda pergunta é: “Quem é você?”

Houve um tempo da minha vida que eu fiquei desesperada por não saber quem eu era, onde estaria meu lugar no mundo, qual era meu propósito. E então compreendi que devemos parar de buscar definições para o “eu”, afinal estamos conectados há algo além de onde as palavras podem alcançar.

Como diria Eckhart Tolle: "Usar um pensamento para nos definir é algo que nos limita”. Somos muito mais do que as projeções que vemos do mundo exterior, sobre a matéria, sobre as palavras, sobre os  pensamentos. Conhecemos quase nada sobre o universo e temos consciência que ainda existem tantas coisas que ainda não foram descobertas, exploradas e vivenciadas, então como podemos limitar nosso “eu” nas palavras que somente nossa psique conhece?

Se procurarmos a biografia de Leonardo da Vinci, vamos encontrar as áreas que ele se destacou: “cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico”. Mas você acredita que ele seria somente isso? Que o seu “eu” se limitaria apenas a essas simples definições? Ou que Van Gogh era apenas um ótimo pintor? Que Mozart foi apenas um grande compositor clássico? Que Shakespeare foi apenas um profundo poeta? Que madre Teresa foi apenas uma pessoa caridosa? Que Frida Kahlo foi apenas um prestigio artístico? Devemos concordar que algumas coisas não precisam de definições, elas são como são, a vida é como é.

Que possamos permitir que nossa alma seja leve igual a um barco que veleja a mar aberto, não com medo de estar perdido, mas com a graça de estar dentro de um oceano de possibilidades, nos permitindo voar sabendo que não temos nada a perder, senão nossas correntes.

Este plano terreno é muito limitante para que eu possa responder a sua pergunta de quem sou eu. (Sandy Duwe)

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