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EU SOU O EU SOU

EU SOU O EU SOU
Simone Belkis
jul. 22 - 6 min de leitura
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Eu fui criada dentro de uma instituição religiosa de grande porte (a igreja católica), mas mesmo com seu grande alcance e influência sobre a consciência religiosa coletiva, ela não conseguiu me conquistar. Assim que completei 18 anos, caí fora (tive que completar a maior idade para que minha mãe não pudesse mais me obrigar).

Mas, não abandonei por ser atéia ou rebelde, eu queria respostas e a "filosofia" aplicada pelos padres da minha antiga paróquia não passam nem perto.

É bem verdade que eu também não tinha muita ideia do que buscava, era mais como um impulso interno me dizendo que (obviamente) tinha algo mais. Aos 16 anos, já era inspirada por temas bem mais profundos, embora não fosse capaz de decifrá-los, já que eu mesma falava de coisas que não sabia de onde vinham, mais tarde soube que eram da filosofia Taoísta, e que eu simplesmente canalizava.

Bom, mais não vim aqui falar de fenômenos ou teologia, vim mesmo para contar que aquilo que buscava, vinha "dando na minha cara" a muito tempo, mas eu simplesmente não tinha "olhos de ver". Foi preciso muitas voltas, algum ranger de dentes e muita negação por lealdade familiar para não enxergar o óbvio que estava bem em cima do meu nariz. E mais, entendi que eu já tinha me "familiarizado" com a verdade de diversas formas diferentes, mas não estava sendo capaz de compreender.

Os motivos foram muitos, culturais, familiares, mas principalmente, emocionais. Para os que ainda não se familiarizaram com a ideia de que a linguagem da alma são as emoções, pode parecer um pouco estranho o que vou dizer, mas não será difícil de entender.

Para quem ainda não souber, eu tive um trauma de choque (nome dado em casos de risco de morte), e essa experiência teve um impacto muito grande sobre meu sistema nervoso, isso tem um nome (TEPT), mas eu já estou conseguindo abrir mão de rótulos. Pois bem, isso trouxe um desequilíbrio para minha vida, de cunho físico (muscular), emocional e de padrão de pensamento. Sabemos, e senão, ficamos sabendo agora, que todos esses elementos são afetados quando se trata de sistema nervoso, então eu tinha (ainda tenho, mas bem menos acentuado) um bloqueio a nível muscular que comprometia minha capacidade natural de sentir e pensar. 

Mas, não creiam que me tornei insensível, antes muito pelo contrário, tornei-me hipersensível, e com uma tremenda dificuldade de conexão pelo excesso de medo. Seria muito complexo explicar tudo isso aqui. Qualquer pessoa que possa se interessar pelo TEPT, pode encontrar informações fidedignas na Internet*.

Aí vocês podem perguntar: O que tem isso tudo a ver com religião? Com a religião institucionalizada, nada. Mas, com a verdadeira religião ou o religare, conexão direta com o Divino, tudo.

Na Bíblia, em Êxodo 3:14 Disse Deus a Moisés: "Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês". Se me explicaram o significado real dessa frase no Catecismo, não me lembro, se bem que creio que não esqueceria se tivessem feito isso. Mas, era isso que Moisés deveria ter dito, naquele momento ele era o EU SOU em ação, ele era Deus personificado, como eu e vocês. Mas, só a conexão propriamente feita pode mostrar isso.

Pois bem, quando eu comecei um tratamento específico para a cura do TEPT, minha mente começou a mudar, quero dizer, os bloqueios causados pelo medo foram afrouxando, e eu comecei a perceber o mundo de uma outra forma.

Com o fluxo de emoções e pensamentos bloqueados pelo "congelamento" do sistema, causado pelo medo e pelo permanente estado de alerta, eu era incapaz de relaxar totalmente (ainda não cheguei lá), e portanto, não conseguia me conectar por tempo suficiente com frequências mentais mais sutis, dormia e acordava sempre com os pensamentos a mil.

A conexão com o Divino depende do estado vibracional do organismo, estados como Alpha e Theta são indicados para tal, já o Beta é para viver ligadinho na 3D. Em alguns raros momentos de relaxamento, minha mente entrava nesses níveis e então eu canalizava filosofias, tinha premunições, lia pensamentos e outras cositas mais, que além de não me fazer nenhum sentido, deixavam-me confusa e isolada (não era todo mundo que me levava a sério quando eu dizia as coisas que sentia ou via).

Mas, essa era a forma que conseguia captar a presença do Divino em mim.

Mas, indo direto ao ponto.

Minha conexão com o Divino estava sendo interceptada pelo desequilíbrio do sistema, muitas tentativas de cura simplesmente falhavam para mim, enquanto eu via colegas de grupos terapêuticos encontrando a cura ou resolvendo coisas simples, que eu era incapaz de conseguir.

Agora, finalmente, estou sendo capaz não apenas de entender o significado da passagem do Êxodo, como começo a ser capaz de senti-la. Acredite em mim, o estresse, o medo, a raiva e todos os seus derivados impedem a conexão. É claro que isso não é novidade, eu até entendia, mas nunca passaria disso se não tivesse conseguido relaxar.

Com isso, finalmente, entendi o que significa ser Uno com o Todo, não se pode compreender isso sem a capacidade de sentir a conexão que vem por meio do silêncio, da meditação, da compreensão que somos alma e unos com o EU SOU. Pude compreender também que sou Deus em ação, que esse é o siginificado de ser Uno e que essa "ação" se faz na "não-ação", ou seja, no silêncio meditativo, na contemplação e no estado permanente de amor quando se está conectado.

Portanto, experimentem parar de questionar e de correr atrás de respostas fora de vocês mesmos (eu fiz isso por tempo demais) e relaxem.

Deus está mais próximo do que vocês imaginam.

*Site: www.traumatemcura.com.br

 


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