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Eu, tu, ele, nós e emaranhamentos...

Eu, tu, ele, nós e emaranhamentos...
Claudiani Chaves
nov. 4 - 3 min de leitura
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A cada dia, a cada post, a cada aula somos convidados a pensar em nosso sistema, nesse momento colocarei sobre os emaranhamentos com os meus pais...

Em 13 de julho de 1974, nasceu uma menina de quase 4 kg e com 51 cm que resolveu abrir seus braços no momento do parto, utilizaram-se de fórceps para "auxiliar" no seu nascimento; dessa forma nasceu de "peito aberto para o mundo  e nariz para cima, empinado". Forma até poética para definir esse momento.

Bebê aguardado ansiosamente por todos!

Principalmente pela jovem mãe com seus dezoito anos. De forma inconsciente essa jovem mãe sentia ciúmes de ter que dividir a atenção do seu esposo agora com sua filhinha.

Que bebê lindo, parece uma boneca, nem chora...

Ainda tem lembranças de quando tinha uns 2 aninhos, onde viu seus pais brigando e discutindo no quintal.

Essas cenas foram constantes.

Essa menina, já crescida foi criada com zelo e mimo e também com a responsabilidade de ser perfeita, pois a irmã mais velha deve ser um exemplo e modelo de perfeição.

Num momento de grande confiança e amizade por sua mãe ela conta sobre seus sentimentos e amor que teve com seu namorado, com noivado marcado para há alguns dias.

A jovem mãe, descontente porque a filha queria adiar o noivado, esperou o calar da noite onde todos dormiam para acordar a jovem filha e ameaçar contar o segredo da filha a ela confiado, dessa forma obrigando a manter o compromisso firmado, pois o pai da moça era extremamente severo e machista de forma a não admitir tal vergonha.

A moça, aos 18 anos casou-se, apaixonada... (nesse momento não vou colocar os detalhes do relacionamento, pois trata-se de emaranhamentos com os pais).

Numa discussão, ciúme do esposo, um momento de violência, a jovem com 20 anos busca seu pai para lhe amparar, e esse, com a sabedoria que tinha naquele momento e exemplos masculinos que teve, lhe disse: - "Se ele lhe agrediu, algum motivo você deu." 

A jovem ainda sentiu-se culpada por sofrer agressão!

Deste dia em diante a jovem, que hoje é uma mulher, descobriu que estava sozinha, que tentar partilhar suas mazelas e sofrimentos com aqueles que ela julgava serem seus protetores não era opção, pois perdeu a confiança e a esperança.

Descobriu-se sozinha no mundo tendo que encará-lo com o "peito aberto e nariz para cima..."

 


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