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AQUI EU VI AQUELE QUE ME VÊ!

AQUI EU VI AQUELE QUE ME VÊ!
Susy Guedes
set. 6 - 21 min de leitura
040

 

Então Hagar passou a usar outro nome para se referir ao SENHOR, que havia falado com ela. Chamou-o de “Tu és o DEUS que me vê”, pois tinha dito: “Aqui eu vi aquele que me vê!” - Gênesis 16:13.

Nos processos terapêuticos é frequente o aparecimento das histórias de invisibilidade. Pessoas que não são ou não foram vistas em sua alteridade, quer seja pelas figuras parentais (pai, mãe, avós etc) ou por aquelas de representação significativa nos relacionamentos próximos, tais como professores, chefes, patrões etc. Ao relatar suas histórias, enumeram os episódios em que são ignoradas, deixadas de fora, excluídas. A invisibilidade e a exclusão sempre estão juntas. E a gente não sabe qual delas é a causa da outra. Isso não importa. O que importa é a dor, é o sofrimento que advém daí. Essa é a realidade do que vem acontecendo desde sempre nas relações humanas. 

Uma dor antiga manifesta desde sempre. 

No capítulo 16 do livro de Gênesis, encontramos uma história de invisibilidade - a história de Hagar, a egípcia, escrava de Sarai e Abrão. Porque, na Bíblia encontramos a história humana tal como é - o Espírito Eterno, inspirador das Escrituras judaico-cristãs, não esconde nem escamoteia os fatos, não cria super heróis - tudo é como é e pronto. O Criador, o Eterno, é também protagonista dessa história. Ele se envolve nela por inteiro, em total amor e gratuita entrega. E não pode ser de outra maneira, porque se não fosse pelo amor, seria pela força, pela imposição.

Não existe amor em relacionamentos forçados, impostos. Amor é gratuito e a reciprocidade deve ser igual: gratuita. 

Numa relação plena, equilibrada, o ver e ser visto são recíprocos. 

A história de Hagar, assim como todas as histórias bíblicas, não está ali por acaso. Ela nos apresenta lições preciosas e variadas. Uma dessas lições é sobre as dinâmicas que resultam em invisibilidade e exclusão e a intervenção do Eterno trazendo a proposta de cura e resolução. É nesta perspectiva que desejo conduzir a reflexão desse episódio.

No texto bíblico vemos em todo o tempo o Eterno intervindo na história para fazer o extraordinário - porque o ordinário, o previsto, o ser humano pode fazer. 

Abrão e Sarai constituíam um casal sem filhos e avançados em idade. Sabemos que o homem é fértil a vida inteira, porém a mulher, não. Abrão recebe o chamado do Eterno para sair de sua terra, do meio de sua gente, de sua parentela, para ir a uma terra que lhe seria mostrada e que ele seria o patriarca de uma nação numerosa. Isso, no mínimo, é contraditório. Um casal idoso recebe uma ordem de sair de seu local de origem para uma terra desconhecida com a promessa de que haveriam de se tornar uma grande nação.

Não sei o que Abrão e Sarai pensaram ao ouvir isso. Talvez tenham pensado que seus empregados, servos, agregados, com eles, em uma terra distante, haveriam de constituir uma grande tribo e se multiplicar muito e ser grande... Não sei o que pensaram, a Bíblia silencia em nos revelar como Abrão e Sarai receberam essa palavra do SENHOR na primeira vez que ouviram. O certo é que prestaram atenção nela e, conforme veremos, tentaram dar um jeito de viabilizar a realização da promessa. 

Quantas vezes ouvimos algo do SENHOR e pensamos que é apenas força de expressão, que não é literal, enfim... Damos nossa própria interpretação. E veremos que, neste aspecto da interpretação pessoal que a gente faz do que ouvimos, Sarai teve um procedimento próprio do que resulta do entendimento e raciocínios humanos, para dar conta de algo que se costuma chamar de "missão impossível". Pois bem. Sarai pensou: - Sou estéril. Passei toda minha juventude e idade adulta sonhando em ser mãe, em dar ao menos um filho a Abrão, mas isso não aconteceu. Não posso mais gerar, mas Abrão pode. Então... Você está pensando o mesmo que eu? 

Fosse nos dias de hoje, o que você acha que Sarai haveria de fazer para que ela e Abrão pudessem ter um filho? Bingo! Vamos a uma clínica de fertilização e resolvemos nosso problema! - Ah, Sarai, mas você nessa idade tão avançada, não poderá sequer passar pelo implante do embrião em seu útero! O jeito vai ser arranjar uma "barriga de aluguel"! Não é assim que vemos as histórias em nossos dias? Pois então. 

Naquele tempo e naquele contexto, Sarai buscou a solução que se apresentava mais óbvia: ela era senhora de uma escrava egípcia, de nome Hagar, jovem e em idade própria para gerar. Pronto! Aí estava a saída para a missão impossível: Abrão ser pai de uma grande nação. Sarai, proprietária de Hagar, seria também proprietária do filho. Porque escravos não têm direitos, nem vez, nem voz. Perceba: Hagar nunca foi vista em sua alteridade, como um ser humano com sentimentos, vontade, emoções. Apenas não vista. Invisível. Mas todo ser humano pensa, sente, decide, age, independente de sua condição.

Sarai decidiu que Hagar seria concubina de Abrão para que ele pudesse ser pai e ele concordou. Achou a ideia razoável. Hagar ficou grávida. Estava gerando um filho para Abrão, coisa que sua senhora não pôde fazer. Hagar se sentiu melhor e mais importante, plena na condição que toda mulher de seu tempo almejava: gerar filhos. Afinal, agora, para todos os efeitos, era concubina de seu senhor, uma condição diferente das demais escravas da casa. Um sentimento de superioridade se agigantou em seu coração e ela teve uma atitude de desprezo para com Sarai. Esta, não fez por menos: afligiu de tal modo sua escrava gestante, que esta fugiu para o deserto e, lá pelas tantas, estava parada junto de uma fonte. 

Ali o Anjo do SENHOR a encontrou, falou com ela, lhe fez promessas de que seu filho haveria de gerar muitos descendentes e a mandou de volta para casa, recomendando-lhe mudança de atitude: respeitar sua senhora.

Quando ninguém mais vê, o DEUS Eterno vê e age! A expressão: "Eu vejo você!" é totalmente verdadeira quando dita pelo Eterno!  DEUS vê e se manifesta! Uma Palavra d'Ele, ouvida, muda tudo!

Hagar ouviu. Aquilo foi a maior surpresa de todas. Pois na casa onde era escrava, ninguém a via. E ela via seu senhor Abrão em um relacionamento íntimo com o Eterno que falava com ele, que lhe dizia o que fazer, sair daqui, ir para ali ... etc e tudo. Ah! Mas isso, de conversas entre DEUS e Abrão, não era para escravos. Não! Escravos não têm vez, nem voz, não são vistos. São objetos de uso. Hagar estava convencida disso. Ela era escrava. 

Porém, naquele caminho no deserto, somente ela e seu bebê no ventre, naquela fonte, eis que o Eterno lhe fala, de tal modo que ela não teve dúvidas de que era o mesmo de quem ouvia falar quando na casa de seus senhores! 

Que tão grande surpresa! O Eterno que fala com Abrão, está agora a falar comigo!!! Abrão não me viu. Sarai não me viu. Ninguém me viu. Mas o Eterno, que fala com meu senhor Abrão, está me vendo e falando comigo!!!

Hagar teve sua epifania, sua "visitação de DEUS"! Ah, essa experiência fez com que tudo mudasse para ela. Encontrou coragem para voltar. Seu filho nasceu e nunca saiu de junto de si - é isso que fica entendido quando se lê o seguimento da história. 

Você pode estar sofrendo pela invisibilidade, pelo não reconhecimento de sua alteridade. Assim é nas relações entre humanos. Relações permeadas por atitudes e sentimentos nada nobres: paixões, ciúmes, soberba, arrogância, desprezo, afronta, luxúria, decisões absurdas, atitudes desastrosas... O resultado: dores, sofrimentos perpassando gerações.  Pois tenha certeza de uma coisa: os olhos de DEUS estão sobre você! Se, como Hagar nessa estrada de fuga, você der uma pausa  junto ao poço, Ele vai lhe encontrar, vai se manifestar dizendo que lhe vê e tem algo extraordinário para sua vida! Enquanto, muitas vezes, nossas necessidades parecem invisíveis aos outros, mesmo para os que estão bem próximos...

o Eterno está a nos dizer: "Ei, desde o momento de sua concepção, desde que chegou aqui, não tirei os olhos de você!"

Hagar estava ali sob o peso dessas atitudes e sentimentos, não somente de seus senhores, mas também sentimentos seus, atitudes suas. E estava caminhando para a morte, sua e de seu filho. Sua decisão de fugir impediria de levar a vida adiante. No deserto, naquelas condições, solitária com sua dor, haveria de perecer. Quem sabe Hagar esperasse ser encontrada, apanhada por alguma caravana e seguir, mas as caravanas poderiam também representar um sério perigo para uma mulher desacompanhada. Seus senhores não viam nela nada mais que um instrumento a serviço. Todavia, não era essa a visão do Eterno para Hagar. Ele tinha planos também para ela!

- Volte, Hagar! Assuma seu lugar. Há uma ordem que precisa ser respeitada. Você não pode ocupar o lugar de Sarai ao lado de Abrão. Fique no seu lugar. Eu, o Eterno, estou dizendo que há solução para seu problema. Apenas me ouça. Se você ficar aqui, vai morrer no deserto e seu filho não viverá! Mas Eu, o Eterno, lhe digo que, se você voltar e ocupar o seu lugar, seu filho nascerá, viverá e você também, Hagar, será a matriarca de uma descendência numerosa! Será que você pode, Hagar, atender o que lhe digo e confiar em Mim?

Perceba: a decisão estava agora com Hagar. Ouvir o Eterno e voltar para a casa de seus senhores ou, então, dizer que jamais retornaria, que seguiria em frente, ainda que fosse para morrer no deserto. Poderia dizer: 

- Senhor!!! Mas nem morta eu volto àquela casa. Nunca mais quero ver Sarai nem Abrão! Nem pintados de ouro!! Nem por nada!! Olha o que fizeram comigo! Quanto abuso! Quanto!... Voltar para a casa de meus abusadores? Nunca, nunca mais!! E isso faz todo sentido quando é apenas o humano decidindo, sem a intervenção divina, sem o agir sobrenatural do Amor que faz milagres! Sim, porque o Amor sempre vence!! 

O Eterno é total Amor!! Amor que nosso entendimento por vezes não alcança. É um Amor inexplicável, Amor sem medida, Amor totalmente gratuito e demonstrado em ações concretas.

A gratuidade desse Amor aqui na história de Hagar, está em que não há registro de que ela tenha feito alguma oração, alguma súplica ao Eterno. Nada disso. Foi o Ele que veio até ela, ali naquela fonte. Ouvir a voz inconfundível do Eterno lavou sua alma totalmente. Lavou seu ser e transbordou em confiança plena.

Hagar, então, deu um nome àquele poço, ficou como um marco em sua vida. O nome dado ao poço revela a experiência que Hagar teve e a sua resposta ao que experimentou: "O DEUS de meus senhores prestou atenção em mim, me viu para além de minha condição de escrava estrangeira". As escrituras registram que Hagar disse: "Não vi eu neste lugar aquele me vê?” - Gn 16.13. Ou seja, eu estou vendo, estou percebendo, estou consciente de que Ele me vê. 

A essa experiência eu gosto de chamar de "A Epifania de Hagar" - sua experiência com DEUS, sua visitação de DEUS! 

O Eterno diz: - Eu vejo você, Hagar! 

Hagar responde ao Eterno: - Eu também lhe vejo, SENHOR!

O Eterno vê! E nos chama para que olhemos para Ele! O que veremos se olharmos para Ele, se correspondermos a esse olhar?

Há algo mais que Ele quer nos mostrar. Não apenas nos ver, mas nos mover à ação. Por isso, é preciso olhar para Ele!

O que significa ver aquele que está nos olhando?

No hebraico, o modo como Hagar se referiu ao Eterno é "El-Roi - O SENHOR que me vê"- os estudiosos bíblicos afirmam que esta é a primeira menção nas Escrituras, desse atributo divino. Ela reconheceu um dos atributos de DEUS: Ele vê todas as coisas, todas as pessoas. As Escrituras afirmam que os olhos do SENHOR: "passam por toda a terra" - II Cr 16.9; "estão atentos" - Sl 11.4; "viram nosso corpo ainda em formação" - Sl 139.16; "estão em todo lugar" - Pv 15.3. 

Talvez, para muitos de nós, não seja novidade alguma saber que DEUS tudo vê e seus olhos estão em todo lugar. Entretanto, será que vemos, percebemos, os olhos de DEUS sobre nós? E que resposta damos a esse olhar?

Ser surpreendido pelo olhar de alguém pode causar tanto constrangimento quanto surpresa. Pedro, ao negar Jesus por três vezes e ouvir o galo cantar, seu olhar cruzou com os olhos do Mestre. Não precisou mais nada para que Pedro chorasse amargamente, lembrando de que há poucas horas prometera lealdade total ao seu Mestre, mas agora afirmava não conhecê-Lo! 

Zaqueu desejava tanto ver Jesus. Era homem de baixa estatura, por isso, quando Jesus estava passando, subiu numa árvore para ver o Mestre. Todo esforço seria recompensado por uma vista privilegiada, por cima de todos, sem ninguém à sua frente obstruindo a visão. Mas Zaqueu não esperava ser visto por Jesus. Um homem como Jesus, seguido pela multidão, olha para os lados, mas não para cima, para os galhos de uma árvore. Mas Jesus olhou, porque "os olhos do SENHOR estão atentos, estão em todo lugar". Tal não foi a surpresa quando, além de ser visto pelo Mestre, ainda ouviu d'Ele que desejava ser seu hóspede.

- Zaqueu, você parece estar satisfeito em apenas me ver, mas eu quero mais, eu quero que você me conheça! Desce depressa, porque hoje me convém pousar em sua casa!

Você sabe a diferença que faz a gente se empenhar totalmente para ver de perto alguém que admiramos muito e, nesse empenho, ser surpreendido com a total atenção dessa pessoa, a ponto de ir com você pra sua casa e ali passarem umas horas em atenção exclusiva. Então você e eu podemos imaginar a alegria, a satisfação de Zaqueu recebendo Jesus na sua casa. O evangelista Lucas relata que Zaqueu desceu rápido da figueira e recebeu Jesus com muita alegria. Entretanto, Zaqueu poderia ter dito:

- Não, Senhor, imagina! Eu não sou digno de lhe receber. Sou um cobrador de impostos, um vida torta, lucrando abusivamente sobre as taxas que Roma me autoriza a cobrar. Por isso aqui sou um excluído. Sabe, Jesus, minha reputação aqui é tão ruim que nem fica bem o SENHOR frequentando a minha casa. Olha, se um dia eu endireitar de vida, então vai ser legal receber o SENHOR lá em casa. Mas agora, não! Lá em casa não é lugar para um homem tão distinto, tão santo, tão especial como o Senhor! 

Que nada! Zaqueu nem se lembrou de sua condição! Ele queria ver Jesus e teve mais: foi visto por Ele, que se propôs a ir em sua casa - over delivery, como diz o meu amigo Jonas Kaz. Abundância total! Sim, eu afirmo que Jesus é assim, surpreedente sempre, sempre!

Zaqueu não esperou mais! - Pois é pra já! Bora, lá, Senhor! Vamos! 

E os religiosos de plantão, os certinhos da cidade, vendo Zaqueu, o publicano, o excluído, o corrupto nas taxas de impostos, o renegado, o não visto, indo e levando Jesus pra ser seu hóspede! Escandalizados com Jesus.

- Que tipo! Olha com quem esse homem se associa! Zaqueu, esse perdido, e Jesus de braços dados com ele! Nessa oportunidade, Jesus os acalma: 

- Eu vim buscar e salvar o perdido! 

Simples, assim! Aqueles que estão certos de que não estão perdidos, não precisam ser salvos, não precisam de Jesus - já estão com seu bilhete de justiça própria carimbado por seu ego, certos de que são bons o suficiente para ir morar no Céu de Jesus! 

Logo, não há necessidade de se ocupar de Jesus, nem nada, nem ficar com sua religiosidade atravancando o caminho e atrapalhando o Salvador em seu trabalho de salvar o perdido! Fico imaginando que ao ouvir Jesus declarar que veio exatamente para isso, Zaqueu deve ter pensado:

- É lá em casa mesmo, Jesus, que todos nós estamos precisando muito do Senhor! Só o SENHOR pra trazer mudança e solução na bagunça, na desordem que estamos vivendo! É verdade que, em termos materiais, a gente tem abundância, dinheiro não falta. Mas a paz, a harmonia, a alegria, a satisfação, essas coisas que o dinheiro não compra, isso não temos! 

Jesus, o Amigo dos pecadores, recebido por eles, os salva e transforma-os em santos!

Quem quiser ser santo para depois ser amigo de Jesus, nunca alcançará isso, porque Ele afirmou: "Sem mim, vocês não podem fazer coisa alguma" - João 15:5b. Isso mesmo: sem Jesus você não pode nada, não pode ser agradável a DEUS, não pode ser e nunca será santo!

Desde o dia em que recebeu Jesus, a vida de Zaqueu foi transformada.

Ele passou pelo arrependimento e começou a devolver o dinheiro que havia roubado nos impostos. Fez o movimento de reparação possível. Cumpriu-se, então, a palavra dita por Jesus:  "hoje a salvação entrou nesta casa!" - Lc 19.5-6. Jesus é a salvação! 

A presença de Jesus é irresistível: 

"E, quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim” - João 12:32.

A presença de Jesus pode ser experimentada, vivenciada hoje, aqui e agora! 

"Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada" - João 14:23.

Não importa onde estivermos, fazendo o que fizermos, acompanhados de quem for ou desacompanhados, os olhos do SENHOR estão sobre nós. Basta olharmos para Ele e nossos olhares se cruzarão!

"Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou DEUS, e não há outro" - Isaías 45:22. 

Tanta confusão na vida de Hagar. Mas a chave virou quando ela viu que os olhos do DEUS de Abrão estavam também sobre ela, a estrangeira. Finalmente ela sentiu o Amor de graça a envolvê-la de um modo como nunca dantes experimentou. Então foi possível o movimento de reconciliação, o retorno à vida, pra vida seguir adiante! 

Os relacionamentos humanos somente são restaurados quando antes é restaurado nosso relacionamento com o Eterno. Porque a questão não era entre Hagar e seus senhores, mas entre Hagar e o Senhor! 

Hagar concebeu de forma imprópria, errônea. Sarai e Abrão erraram feio quando quiseram dar um jeito humano para que se cumprisse a promessa que DEUS lhes fizera de que Abrão se tornaria pai. Em meio a tantos erros, DEUS viu e agiu. Ele interviu amorosamente na vida de Hagar, não a deixou desamparada, mas a acolheu, a orientou e não deixou que perecesse com seu filho. 

Quando seu olhar cruzou com o olhar do DEUS que a via, seu pertencimento foi restaurado, ela entendeu que pertencia ao mesmo DEUS de seu senhor Abrão, porque, antes de tudo, nosso pertencimento está relacionado àquele que nos criou. A ordem foi restabelecida - encontramos nosso lugar quando Ele toma seu verdadeiro lugar em nós. A compensação justa, o equilíbrio entre o dar e o receber se verifica quando correspondemos ao Amor que de graça recebemos - amando Aquele que nos amou primeiro e, esse amor é expresso pelo Sim dado à Sua Palavra.  

Bendita hora em que Hagar parou junto ao poço - ali recebeu refrigério e orientação de DEUS. Parou de andar errante e em perigo, tomou o rumo certo! Cristo é a Fonte de Água Viva e está a esperar todos os que estão cansados, para levá-los de volta para casa, para que tenham esperança e futuro.  

Fico tão contente pela resposta de Hagar! Ela verdadeiramente viu aquele que olhava para ela. Ela correspondeu a esse olhar. Ela atendeu às instruções que recebeu. Sua história começou mal, mas o El-Roí - o Senhor que me vê - a encontrou e fez com terminasse bem. 

JESUS está olhando para você! 

Corresponda a esse olher.

Olhe você para Ele!

 


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