Eu passei muito tempo da minha vida fazendo terapias, buscando respostas para minhas questões filosóficas, tentando entender minha missão e meu papel nesse plano Divino. Comecei, na verdade, tentando curar minhas dores, buscando a tão sonhada felicidade e uma vida melhor. Mas, acredito que todos aqueles que buscam evoluir, começam assim.
Demorei bastante tempo para compreender que a dor é inevitável, mas o sofrimento (acredite se puder) é mesmo opcional. É claro que foi preciso ter amadurecido um pouco para entender isso. Para compreender e aceitar que não sofremos por castigo, mas porque simplesmente somos imperfeitos, e que a felicidade é a perfeição. E que só existe no Espírito. E, que aliás, espírito não tem nada a ver como alma penada.
Mas, isso é papo para outro artigo, quem sabe?
Também compreendi que existem muitos caminhos, mesmo, para se "chegar à Roma". Quero dizer que cada um terá que achar seu próprio jeito de evoluir, que as letras mortas das religiões não nos levam a nenhum lugar, como gostamos de acreditar, mas que têm como função apenas mostrar um caminho, mas só para bons entendedores. Cada um tem mesmo o seu próprio caminho e precisa viver sua própria experiência religiosa. Lembrando que esse conceito de religiosidade não representa dogmas, mas sim a sua própria e particularíssima forma de "ver" Deus.
O caminho, que recebe muitos nomes de acordo com cada cultura e cada mentalidade, embora seja único para cada um, leva-nos ao objetivo final, que nada mais é que reconectar com nossa própria essência Divina. Isso explica o papo de "somos todos um".
Nós enquanto humanos, dentro dos limites que a 3D nos impõe, acabamos por esquecer quem realmente somos, e confundimos nossa origem com uma imagem distante e personificada do Espírito que nos anima.
A dor fará parte do processo de evoluir, mas como o próprio título desse artigo indica, evoluir fará com que doa cada vez menos. Aceitar, concordar com a vida da forma como ela se apresenta, compreender que somos seres maiores do que aquilo que nos olhos físicos, às vezes, míopes, às vezes, astigmáticos, mas sempre iludidos (já que tudo o que vemos é uma ilusão ótica) nos mostram não é a realidade última, e que saber disso fará toda a diferença.
A dor que nos é imposta por nossas próprias escolhas nada mais é que a resposta a todas as nossas questões filosóficas, religiosas ou de existência. Não precisamos mais perguntar quem somos e de onde viemos, somos daqui mesmo e de todo o Universo, porque somos uma personificação do Espírito, como o Macro e o microcosmos.
Evoluir significa crescer em essência, saber quem somos por dentro, saber que o que nos cabe fazer nesse plano refletirá em outros planos e que nos fará compreender qual nossa verdadeira origem. Evoluir é apenas lembrar que somos um com Deus.
Mas, é preciso se despir de velhos conceitos, não apenas dos dogmas religiosos, mas do próprio conceito do que é físico, do que é espiritual. Parar de confundir e acreditar que tudo o que não vemos é espiritual ou superior a nós. Não é bem assim. Não existe superior ou inferior, iluminado ou não iluminado, Deus ou diabo. Só existe a essência Divina, distribuindo-se nas formas mais diversas para se experimentar.
Pois como disse Osho, sabiamente: " A existência não tem propósito". O propósito já é em si a existência.
Tudo bem, essa conversa pode estar parecendo um pouco diáfana, psicodélica, talvez. Mas, a vida é assim, existe em múltiplas dimensões, e nós só perdemos por duvidar disso. Acho, aliás, que esse tem sido o meu maior aprendizado do momento, o quanto eu perdi em duvidar daquilo que não consigo ver ou tocar com esse corpo.
E quantas provas tenho recebido de que não é assim.
Mas, enfim, como disse antes é preciso que cada um ache seu próprio caminho, é claro e certo que estamos aqui para sermos também guias uns dos outros, mas não para levarmos-nos pela mão, se tanto para abrirmos a porta.
Evoluir é a resposta que todos os seres procuram para sua felicidade, não importa como e nem o porquê, apenas busque evoluir, por que vai doer muito, mais muito menos.
