Aos 16 anos fui trabalhar em uma loja como crediarista. Eu adorava pois conseguia comprar as roupas que eu tanto desejava e dava presentes aos meus irmãos pequenos.
Lembrei que não presenteava a minha irmã pois haviam dificuldades na nossa relação (sentimento triste ao lembrar disso).
Aos 17 fui trabalhar numa outra loja no mesmo cargo. Lá fiquei por pouco tempo porque a gerência não era humana. Mudei para outra loja, mesma função... gostava de lá, dos colegas, mas o gerente humilhava os funcionários.
Sai e demorei um tempo para voltar a trabalhar. Me tornei recepcionista em um hospital, adorava, conheci várias pessoas e fiz meu curso de auxiliar enfermagem.
Ao terminar o curso fui convidada a trabalhar como secretária em um consultório médico. Creio que esse tenha sido o melhor emprego que tive, me sentia em casa.
Sai para mudar de cidade. Abri uma lanchonete e trabalhei uma temporada de verão. Depois trabalhei como digitadora ajudando uma amiga a digitar trabalhos escolares, ministrei um curso de secretarias, trabalhei em um empresa de planos de saúde (novamente um gerente mal humorado humilhando as funcionárias, chegou a implicar com meu cabelo cacheado). Saí.
Trabalhei num lugar que tinha um dono que sofria de TOC... (gritava com as funcionárias) fiquei 3 meses e saí.
Noto agora que sempre tive gestores que humilhavam suas colaboradoras. Isso estaria vinculado à orfandade no meu sistema? Acho que sim. Pois só se humilha a quem não tem pais.
Fui trabalhar como auxiliar de enfermagem num hospital. Adivinha? O chefe de setor era crápula, mas eu não podia sair porque queria terminar a faculdade de psicologia.
Após terminar a faculdade eu abri o meu consultório. Trabalho até hoje ali como psicóloga e também presto assistência a empresas na área de gestão de pessoas.
Já trabalhei em posto de saúde, já trabalhei com grupo de Parkissonianos (adorava a eles).
Agora quero ser Consteladora e poder ajudar mais pessoas a serem felizes mas antes quero curar as minhas feridas.
Ao escrever essas linhas vejo o quanto evolui e o quanto sou grata a cada profissional que me humilhou, pois aprendi a ser o diferente deles acolhendo a cada pessoa que por mim passa.
Gratidão!